Grêmio Recreativo Guamaense Arco-Íris

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Grêmio Recreativo Guamaense Arco-Íris
Características
Classificação escola de samba
Data/Ano 1982
Localização
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A Sociedade Recreativa Cultural e Carnavalesca Arco-Íris foi uma antiga escola de samba (agremiação carnavalesca) da cidade de Belém (estado brasileiro do Pará), criada em 1983 e extinta na década de 1990.

Foi campeã do carnaval paraense em 1983, 1986, 1987 e 1989.

História[editar | editar código-fonte]

O desfile carnavalesco de Belém viveu seu apogeu na década de 1980, sendo considerado o terceiro melhor do Brasil na época, devido em 1983 a fundação da agremiação Arco-Íris no bairro belenense do Guamá.[1] Esta foi apoiada pela mídia e por empresários da região para então reproduzir o desfile carnavalesco do Rio de Janeiro na avenida Doca de Souza Franco e assim realizar um grande evento.[1]

Em 1982 foi fundada por Mário Couto Filho (bicheiro e ex-senador da República) e Vetinho no bairro do Guamá.[1][2][3] Nascendo através de alto investimento em uma estrutura de potência e integrando o grupo principal, disposta a acabar com a supremacia da escola Rancho Não Posso Me Amofiná.[2][3][4] A agremiação contou ainda com o apoio de dois nomes de proa da Beija-Flor de Nilópolis (do RJ): o carnavalesco Joãozinho Trinta e diretor de harmonia Laíla.[1][5] (diretores artísticos da escola carioca Beija-Flor de Nilópolis[1]). Esta agremiação estreou no desfile em 1983 como campeã, ano que não contou com a participação do Rancho e também do Quem São Eles.[4]

Neste ano o samba-enredo da agremiação trouxe uma temática nacional, sendo assim chamado "Um grande Coração Chamado Brasil",[1][4] uma composição de Vetinho, tornou-se o samba mais tocado e o que mais vendeu exemplares vendidos em toda a história do carnaval paraense (foram 54 mil cópias).[1] Um enredo que falava sobre a pluralidade da formação do povo brasileiro (floresta, índios, brancos, negros).[4]

Em 1984, foi inaugurado o sambódromo na cidade do Rio de Janeiro, junto à criação da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) que administrou o evento como um negócio, tornando-o auto-sustentável e com grande crescimento através de: venda de ingressos, CD com os sambas-enredo, direitos de transmissão televissiva.[1] Mas Belém não acompanhou esse crescimento do carnaval que ocorreu no Rio de Janeiro, pois a partir da década de 1990, ocorreu o fim da agremiação Arco-Íris e o carnaval paraense começou a perder força.[1] Mesmo com dificuldades, algumas agremiações resistiram com o apoio da comunidade.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Gordo, Margarida do Espírito Santo Cunha; Silva, Herivelto Martins e (6 de outubro de 2017). «A Escola de Samba Bole-Bole em Belém/PA: história, comunidade e identidade». Novos Cadernos NAEA (2): 168–184. ISSN 2179-7536. doi:10.5801/ncn.v20i2.1677. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  2. a b Alfredo Oliveira (2006). «Carnaval Paraense». Fragmentos de Belém. Consultado em 2 de fevereiro de 2016 
  3. a b José do Espirito Santo Dias Junior (2009). «Cultura Popular no Guamá - Um estudo sobre o boi bumbá e outras práticas culturais em um bairro de periferia de Belém» (PDF). Fragmentos de Belém. Consultado em 2 de fevereiro de 2016 [ligação inativa]
  4. a b c d Rodrigues, Carmem Izabel Rodrigues; Palheta, Claudia Suely dos Anjos (21 de março de 2016). «Escolas de samba de Belém: do principio ao meio». MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944 (43): 170–186. ISSN 0104-0944. doi:10.18542/moara.v1i43.2639. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  5. Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPA (2013). «Livro de estudos linguísticos II - Fronteiras linguísticas e literárias na America Latina» (PDF). IV Congresso Internacional de Estudos Linguísticos e Literários na Amazônia - CIELLA. ISBN 978-85-67747-01-9. Consultado em 2 de fevereiro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 13 de abril de 2015 
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