James Elphinstone, 1.º Lorde Balmerino

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James Elphinstone
Nascimento 1553
Morte 1612 (58–59 anos)
Balmerino
Progenitores
  • Robert Elphinstone, 3.º Lorde Elphinstone
  • Margaret Drummond
Cônjuge Sarah Monteith, Marjory Maxwell
Filho(a)(s) John Elphinstone, 2.º Lorde Balmerino, Marjory Elphinstone, James Elphinstone, 1.º Lorde Coupar, Margaret Elphinstone
Ocupação juiz

James Elphinstone, 1.º Lorde Balmerino (c. 1553 – Balmerino, Fife, julho de 1612) foi um nobre e político escocês, que caiu em desgraça em 1609.

Vida até 1605[editar | editar código-fonte]

James foi o terceiro filho de Robert Elphinstone, 3.º Lorde Elphinstone, com sua esposa Margaret, filha de John Drummond de Innerpeffray, e nascido por volta de 1553. Foi nomeado juiz do Tribunal de Sessões em 4 de março de 1586, e em 1595, era um dos comissários do Tesouro, conhecidos como otavianos. Em 1598 foi nomeado secretário de Estado do Reino da Escócia e nos cinco anos seguintes foi assessor de Jaime VI.[1][2]

Jaime VI tinha por ele grande apreço, e quando em 1603, sucedeu a Isabel I de Inglaterra como o monarca da Inglaterra e Irlanda, levou-o consigo para Londres. Em 20 de fevereiro de 1604, James recebeu o título de Lorde Balmerino e tornou-se um membro da Câmara dos Lordes. As terras da abadia cisterciense de Balmerino em Fife tornaram-se sua propriedade. Nesse mesmo ano, Lorde Balmerino foi escolhido como um dos comissários escoceses para tratar da união com a Inglaterra. Em março de 1605 ele foi eleito presidente do Tribunal de Sessões, e enquanto se manteve no cargo fez oposição a George Home, 1.º Conde de Dunbar.[1][2]

Queda em desgraça[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que Jaime VI pretendia nomeá-lo secretário de Estado para a Inglaterra, mas uma perda de confiança acabou com qualquer possibilidade de promoção. Em 1599, o Papa Clemente VIII recebeu uma carta assinada por Jaime VI, na qual ele pedia para que o papa promovesse a cardeal o bispo de Vaison, William Chisholm (um parente de Balmerino), e elogiava tanto o papa quanto a fé católica. Patrick Gray, o Mestre de Gray enviou uma cópia desta carta para Isabel I, que exigiu de Jaime VI uma explicação. Ele garantiu que a carta era uma falsificação e Balmerino, como secretário de Estado, negou também sua autoria.[1][2]

Em 1607, quando Jaime VI publicou sua Triplici nodo triplex cuneus durante a controvérsia sobre o juramento de fidelidade, o cardeal Belarmino citou a carta escrita em 1599 como prova do favoritismo de Jaime VI em relação ao catolicismo. Jaime VI convocou então Lorde Balmerino, que explicou que havia escrito a carta e que a havia colocado entre outros documentos oficiais para o rei assinar. Ele foi julgado e, embora não tenha se defendido, isentou o rei de qualquer responsabilidade sobre a carta escrita ao papa, que ele disse ter sido enviada por ele mesmo como uma questão política.[1][2]

Balmerino foi julgado e sentenciado em 10 de março de 1609 para ser decapitado e esquartejado por ser um traidor. No entanto, a sentença não foi executada. De acordo com um segundo relato de Balmerino, Jaime VI não era avesso à correspondência com o Papa Clemente, mas tinha escrúpulos em se referir a ele por seus títulos apostólicos, que eram, portanto, prefixados por Balmerino à carta que Jaime VI, que tinha conhecimento de seu conteúdo, assinou sem hesitação. Quando o assunto surgiu novamente à tona em 1606, uma grade pressão foi colocada por Dunbar e Robert Cecil, 1.º Conde de Salisbury em Balmerino para induzi-lo a assumir toda a culpa, e com a promessa de que sua vida e propriedades estariam asseguradas caso ele aceitasse em inocentar o rei.[1][2]

Permaneceu prisioneiro no Palácio de Falkland até outubro de 1609, quando, depois de pagar uma fiança de 40 mil libras, teve acesso livre à cidade e aos terrenos situados até dois quilômetros ao redor. Pouco depois, ele foi autorizado a retornar a sua propriedade em Balmerino, onde morreu em 1612.[1][2]

Família[editar | editar código-fonte]

Casou-se, pela primeira vez, com Sarah, filha de John Menteith, com quem teve um filho, John, 2.º Lorde Balmerino; pela segunda vez com Marjory, filha de Hugh Maxwell de Tealing, com quem ele teve um filho James, que recebeu o título em 1607 de Lorde Coupar, e duas filhas, Anne e Mary.[1][2]

Notas

  1. a b c d e f g Chisholm, Hugh;. «Balmerino, James Elphinstone, 1st Baron». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3. Cambridge: Cambridge University Press. p. 283 
  2. a b c d e f g Vian, Alsager Richard. «Elphinstone, James». Dictionary of National Biography, 1885-1900 (em inglês). 17 1885 ed. Londres: Smith, Elder & Co. pp. 322–323 

Referências