Jim Folsom

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Jim Folsom
Jim Folsom
Jim Folsom
42° Governador do Alabama
Período 17 de janeiro de 1955
a 19 de janeiro de 1959
Vice-governador William G. Hardwick
Antecessor(a) Gordon Persons
Sucessor(a) John Malcolm Patterson
Período 20 de janeiro de 1947
a 15 de janeiro de 1951
Vice-governador James C. Inzer
Antecessor(a) Chauncey Sparks
Sucessor(a) Gordon Persons
Dados pessoais
Nome completo James Elisha Folsom
Nascimento 9 de outubro de 1908
Condado de Coffee, Alabama, EUA
Morte 21 de novembro de 1987 (79 anos)
Cullman, Alabama, EUA
Alma mater Universidade do Alabama
Universidade Samford
Universidade George Washington
Cônjuge Sarah Carnley (c. 1936–44)
Jamelle Moore (c. 1948)
Filhos(as) 9 (incluindo Jim)
Partido Democrata
Serviço militar
Lealdade  Estados Unidos
Serviço/ramo Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos
Marinha Mercante dos Estados Unidos
Anos de serviço 1930-1933

James Elisha Folsom, Sr. (9 de Outubro de 1908 - 21 de Novembro de 1987), mais conhecido como Jim Folsom ou Big Jim Folsom, foi um político americano que exerceu como o 42° Governador do estado americano do Alabama, tendo exercido de 1947 até 1951 e novamente de 1955 até 1959.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Nascido no Condado de Coffee, no sudeste do Alabama, Folsom foi um dos primeiros governadores do sul a defender uma posição moderada na integração e melhoria dos direitos políticos dos afro-americanos. Em sua mensagem de Natal no dia 25 de Dezembro de 1949, disse: "Enquanto os Negros forem retidos por privação e falta de oportunidade, os outros pobres serão mantidos ao lado deles".[1]

Após servir na Marinha Mercante dos Estados Unidos no início dos anos 30, Folsom tornou-se corretor de seguros. Frequentou a Universidade do Alabama, Universidade Samford, em Birmingham, e Universidade George Washington, em Washington, D.C.; no entanto, nunca obteve um diploma universitário.

Antes de suas campanhas governamentais, venceu uma candidatura apenas uma vez: como delegado à Convenção Nacional Democrata de 1944. Era um forte defensor da manutenção do Vice-Presidente Henry A. Wallace, em vez de substituí-lo por Harry S. Truman, do Missouri, como se desenvolveu.

Folsom como governador[editar | editar código-fonte]

Folsom foi eleito governador pela primeira vez em 1946. Fez uma campanha pitoresca com uma banda de hillbillies, brandindo um esfregão e um balde que, segundo ele, "limpariam" o Capitólio.

No dia 3 de Março de 1948, o nome de Folsom estava nas manchetes em todo o país quando Christine Johnston, 30 anos, viúva que conheceu Folsom no final de 1944 enquanto trabalhava como caixa no Hotel Tutwiler em Birmingham, entrou com um processo de paternidade contra o Governador, alegando que era o pai de seu filho de 22 meses.[2] Destemido, nove dias após o processo ter sido aberto, Folsom apareceu na calçada em frente à Barbizon Modeling School, em Nova York, onde beijou uma centena de lindas modelos que o votaram como "o solteiro número um do ano bissexto da nação", atraindo uma multidão de 2500 espectadores e causando um engarrafamento. Johnston desistiu do processo em junho por um acordo em dinheiro de Folsom, que anos depois admitiu a um entrevistador que era de fato o pai do filho de Johnston.[3]

No dia 5 de Maio de 1948, sem publicidade prévia, Folsom casou-se com Jamelle Moore, 20 anos, secretária do Departamento Estadual de Rodovias, que conheceu durante sua campanha de 1946 e namoravam e viam-se "quase diariamente" desde então.[4]

No entanto, apesar do processo de paternidade e outros escândalos que surgiram durante seu governo, foi facilmente eleito para um segundo mandato não consecutivo em 1954. A Constituição do Alabama na época proibia um governador de suceder-se, então uma disposição comum na maioria dos estados do sul. Folsom tinha 1,83m e usou o slogan "o grande amigo do homenzinho".

Em 1958, o Governador Folsom comutou uma sentença de morte imposta a James E. Wilson, um afro-americano condenado à morte por um assalto de 1,95 dólares. O caso Wilson provocou protestos internacionais, mas alguns segregacionistas pediram que Folsom não desse a sentença.[5]

Folsom não interveio em outro caso controverso, o de Jeremiah Reeves, que foi eletrocutado no mesmo ano, também provocando protestos.[6][7]

Duas candidaturas sem sucesso[editar | editar código-fonte]

Em 1962, Folsom novamente concorreu a governador contra seu ex-protegido George C. Wallace, mas foi derrotado. Um slogan sarcástico emergiu durante a campanha, referindo-se à reputação de Folsom de receber suborno: "Algo para todos e um pouco para Big Jim". Às vezes, Folsom se referia aos "emolumentos do cargo" e uma vez disse a uma multidão da campanha: "Eu me declaro culpado por roubar. Essa multidão da qual eu peguei, você teve que roubar para conseguir.... Roubei para você e você, e você."[8]

A campanha de Folsom também foi prejudicada por uma aparição na televisão, onde parecia estar seriamente embriagado e incapaz de lembrar os nomes de seus próprios filhos.[9] Tanto a aparência quanto o suposto "slogan" prejudicaram-o com a imagem sob a classe média.

Folsom voltou a candidatar-se a governador em 1966, quando enfrentou outros três democratas importantes na primária, o ex-Representante dos EUA Carl Elliott, o ex-Governador John Malcolm Patterson e o Procurador-Geral Richmond Flowers, Sr.. No entanto, o vencedor das primárias não foram nenhum desses candidatos, mas o substituto do Governador George Wallace: sua primeira esposa, Lurleen Burns Wallace. Nas eleições gerais, Lurleen Wallace derrotou facilmente o candidato Republicano James D. Martin, um representante dos EUA de Gadsden.[10]

Folsom nunca mais foi eleito para um cargo público.

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Folsom concorreu várias vezes para cargos públicos, mas não foi levado a sério por seus oponentes políticos. O ex-governador foi atormentado por problemas de saúde nos últimos anos de sua vida. Um artigo de 1976 da revista People relatou que Folsom era legalmente cego, com apenas 5% de visão e quase surdo. Folsom morreu em 1987 em Cullman. Sua sobrinha, Cornelia Wallace, filha de sua irmã, Ruby Folsom Ellis, foi de 1971 até 1978 a segunda esposa de seu ex-rival, George Wallace.

Um documentário sobre Folsom, intitulado Big Jim Folsom: As Duas Faces do Populismo, foi produzido em 1996 pelo documentarista do Alabama Robert Clem e ganhou o Prêmio de 1997 da Associação Internacional de Documentários / ABCNews VideoSource e o Prêmio de Documentarista do Sudeste em 1997 no Atlanta Film Festival.

No filme de 1997 da TNT, George Wallace, dirigido por John Frankenheimer, Jim Folsom é interpretado por Joe Don Baker, que foi indicado ao prêmio CableACE por sua atuação. Gary Sinise interpretou Wallace.

O filho de Folsom, James E. Folsom, Jr. (apelidado de "Little Jim", embora seja fisicamente grande, por causa do apelido de seu pai) também é um político conhecido do Alabama. Exerceu como vice-governador do Alabama de 1987 até 1993. Assumiu o cargo de governador quando o Governador Republicano H. Guy Hunt foi afastado do cargo depois de ter sido condenado por violações das leis de ética do estado. Folsom, Jr. concorreu a um mandato como governador em 1994, mas foi derrotado pelo ex-Governador Republicano Fob James. Decidiu re-entrar na política do estado em 2006, qualificando-se e finalmente conquistando o cargo de vice-governador mais uma vez, exercendo de 2007 até 2011.

Folsom teve nove filhos, dois de sua primeira esposa, Sarah, e sete de sua segunda esposa, Jamelle Folsom. A primeira esposa de Folsom, Sarah Carnley, morreu em 1944 devido a complicações na gravidez.[11] Folsom fugiu e se casou com sua segunda esposa, ex-Primeira-dama do Alabama Jamelle Folsom, em 1948. Permaneceram casados até a morte dele.

Referências[editar | editar código-fonte]

Específica
  1. New York Times, 4 de Maio de 1974
  2. «Unwed Mother Sues Gov. Folsom of Alabama; Tells Affair». Chicago Daily Tribune. 3 de Março de 1948. Consultado em 14 de Novembro de 2014 
  3. Grafton, Carl; Permaloff, Anne (1985). Big Mules and Branchheads: James E. Folsom and Political Power in Alabama Paperback, 2008 ed. Athens, Georgia: University of Georgia Press. pp. 113–114. ISBN 0820331880. Consultado em 14 de Novembro de 2014 
  4. Hammond, Ralph (18 de Janeiro de 1955). «Jim and Jamelle - a Love Story». The Gadsden Times (Inaugural Edition). Consultado em 14 de Novembro de 2014 
  5. Jet, Edição do dia 9 de Outubro de 1958
  6. Virginia Foster Durr, Patricia Sullivan, Freedom Writer: Virginia Foster Durr, Letters from the Civil Rights Years, Routledge, 2003, ISBN 0-415-94516-X, 9780415945165
  7. Jet. Edição do dia 10 de Abril de 1958
  8. Grafton, Carl; Permaloff, Anne (1 de Setembro de 2008). Big Mules and Branchheads: James E. Folsom and Political Power in Alabama. [S.l.]: University of Georgia Press. p. 170. ISBN 9780820331881 
  9. «George Wallace». The Telegraph. 15 de Setembro de 1998 
  10. Billy Hathorn, "A Dozen Years in the Political Wilderness: The Alabama Republican Party, 1966-1978", Gulf Coast Historical Review, Vol. 9, No. 2 (Spring 1994), p. 22, 28
  11. Bullard, Benjamin (30 de novembro de 2012). «Former first lady Jamelle Folsom remembered (Updated with 2004 Times interview)». Cullman Times. Consultado em 30 de dezembro de 2012 
Geral

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