João Mendes Rosa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Mendes Rosa
Nascimento 14 de fevereiro de 1968
Guarda
Morte 7 de dezembro de 2021
Oeiras
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação escritor de ficção científica, poeta, museólogo, arqueólogo, historiador, escritor

João Mendes Rosa (Freguesia da Sé, Guarda, 14 de fevereiro de 1968 - Oeiras, 7 de dezembro de 2021) foi um ensaísta, ficcionista, poeta, dramaturgo, historiador, museólogo, arqueólogo e artista plástico português. Foi diretor do Museu Arqueológico do Fundão,[1][2][3][4][5][6] diretor do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro entre 2007 e 2015, diretor do Museu Regional da Guarda de 2016 a 2020 e, a partir de 2020, foi também o responsável pela Divisão de Cultura e Artes da Câmara de Oeiras.[2]

Início de vida e formação[editar | editar código-fonte]

Mendes Rosa nasceu na Freguesia da Sé, na Guarda, no dia 14 de fevereiro de 1968. Formado em História e em Ensino de Educação Visual e Tecnológica, foi mestre em Arqueologia pela Universidade de Salamanca, onde também foi investigador a partir de 2005 e a sua tese foi aprovada pelo júri com nota máxima por unanimidade e louvor.[1][2][4] Em 2010 torna-se doutor pela mesma universidade, apresentando uma tese denominada "A Sociedade Romana na Beira Interior através da Epigrafia Latina".[4]

Arqueologia[editar | editar código-fonte]

Na área da arqueologia, Mendes Rosa trabalhou em prospecções arqueológicas sobre o período romano em Portugal, e colaborou na elaboração de uma Carta Arqueológica do Fundão, juntamente com a arqueóloga Joana Bizarro. Entre 2007 e 2010, co-dirigiu as escavações da villa romana de Ervedal, também no Fundão.[4]

Literatura[editar | editar código-fonte]

Publicou mais de três dezenas de livros em diversas áreas como poesia, romance, ensaio, crónica, teatro, investigação histórica, paleografia, estudos arqueológicos e artísticos. Mendes Rosa faz parte da geração de poetas nascidos sob Mário Cláudio, sendo um dos autores escolhidos para integrar o ciclo de Poetas do Centro de Estudos Mário Cláudio. Coordenou também, com Maria José Gil Sánchez, a Antologia de poesia amorosa castelhana e portuguesa.[1][2][3][4] Uma das suas obras mais conhecidas, “A Imensidão Insubmissa dos Abismos”, teve o prefácio escrito pela poetisa Ana Luísa Amaral.[3]

Organizou a partir de 2007 vários encontros de literatura e recitais de poesia de a nível ibérico. Organizou e dirigiu também três edições de oficinas de poesia visual em 2017, 2018 e 2019 de homenagem a João Cutileiro, Paula Rego e Sophia de Mello Breyner Andresen, respectivamente. Em 2014 fundou a editora Editorial Capitulum.[1]

Fundou, juntamente com alguns poetas e escritores, a revista literária Praça Nova. Criou o roteiro literário Percurso Unamuniano (Guarda) e foi coautor da Cartografia Literária da Guarda. Foi também coordenador, com Maria Andresen, das comemorações do centenário da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen na Guarda.[1][2]

Museologia e outras áreas[editar | editar código-fonte]

Colaborou com a Diocese da Guarda na área da Arte Sacra e, em 2010, foi nomeado comissário diocesano do Centenário da República.[4]

Autor e director do primeiro programa museológico do Museu Arqueológico do Fundão e diretor do Museu Regional da Guarda entre 2016 e 2020, a partir de junho de 2020 passou a dirigir a Divisão de Cultura e Artes da Câmara Municipal de Oeiras, município onde também presidiu ao júri do Prémio de Poesia de Oeiras na vertente de Revelação.[1][2]

Foi director do Museu Arqueológico do Fundão, do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro entre 2007 e 2015, do Museu Regional da Guarda de 2016 a 2020 e, a partir de 2020, foi também o responsável pela Divisão de Cultura e Artes da Câmara de Oeiras.[2][4]

Foi também colaborador regular da RTP em documentários sobre a temática patrimonial e colaborador das Revistas “Munda” (de Coimbra) e “Cielo Salamanca” (de Salamanca). e teve passagem por diversos meios de comunicação, através de artigos de opinião, como no Correio da Manhã, Jornal do Fundão, Notícias da Covilhã, entre outros.[4]

Prémios[editar | editar código-fonte]

Como museólogo, recebeu os seguintes prémios:[4]

  • Prémio de Melhor Museu Nacional (Menção Honrosa) – Museu do Fundão, 2008;
  • Prémio de Melhor Revista científica Portuguesa – Eburobriga (1.º Prémio), 2010;
  • Prémio Nacional de Melhores Serviços Educativos – (1.º Prémio), 2011;
  • Prémio Incorporação (1.º Prémio), 2013.

Referências

  1. a b c d e f «João Mendes Rosa». wook.pt. Consultado em 9 de junho de 2023 
  2. a b c d e f g «Morreu João Mendes Rosa, antigo diretor do Museu Arqueológico do Fundão». SIC Notícias. 8 de dezembro de 2021. Consultado em 9 de junho de 2023 
  3. a b c «O Lado Corpóreo das Palavras - Homenagem a João Mendes Rosa». O Lado Corpóreo das Palavras - Homenagem a João Mendes Rosa. Consultado em 9 de junho de 2023 
  4. a b c d e f g h i «JOÃO MENDES ROSA. In Memoriam.» (PDF). repositorioaberto.uab.pt/. Consultado em 9 de junho de 2023 
  5. Lusa, Agência. «Morreu antigo diretor do Museu Arqueológico do Fundão João Mendes Rosa». Observador. Consultado em 9 de junho de 2023 
  6. HMMC, www mun-guarda pt- (10 de dezembro de 2021). «Voto de Pesar - João Mendes Rosa». Município da Guarda. Consultado em 9 de junho de 2023