Joy as an Act of Resistance

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Joy as an Act of Resistance
Joy as an Act of Resistance
Álbum de estúdio de IDLES
Lançamento 31 de agosto de 2018
Gravação 2017-2018
Gênero(s) Punk rock
Post-punk
Post-hardcore
Duração 42:14
Idioma(s) Inglês
Gravadora(s) Partisan
Produção Space
Cronologia de IDLES
Brutalism
(2017)
A Beautiful Thing: Idles Live at le Bataclan
(2019)

Joy as an Act of Resistance é o segundo álbum de estúdio da banda de rock britânica Idles, lançado em 31 de agosto de 2018 pela Partisan Records. O álbum alcançou a 5ª colocação no UK Albums Chart em 7 de setembro de 2018.

Produção e composição[editar | editar código-fonte]

A banda iniciou o processo de gravação do álbum em 2017. Talbot na ocasião declarou que "este álbum é uma tentativa de ser vulnerável ao nosso público e encorajar a vulnerabilidade; um sorriso corajoso e nu neste novo mundo de merda."[1]

De acordo com Talbot, "Muitas músicas foram descartadas porque havia uma pressão que estávamos carregando mas não falamos sobre isso. Estávamos tentando sustentar o sucesso de 'Brutalism', basicamente refazê-lo. Então, meio que descartamos todas as músicas e compomos sobre por que não estávamos gostando de escrevê-las."[2]

O álbum foi produzido por Space e mixado por Adam Greenspan e Nick Launay. A arte da capa do álbum apresenta uma fotografia de uma briga em um casamento em 1968 que Talbot viu no Instagram.[3] A frase do título é semelhante ao título do poema de 2008, "Joy is an Act of Resistance" (parte de uma série de poemas chamada "The Telly Cycle") do poeta Toi Derricotte,[4] vencedor do Prêmio Pushcart, cujo trabalho como uma mulher negra explora raça e identidade.[5]

Letras[editar | editar código-fonte]

As letras do álbum lidam com masculinidade tóxica, amor, amor próprio, imigração, Brexit e classes sociais.[2] "June" trata da morte no parto da filha de Talbot, Agatha.[2][6] O álbum também inclui uma versão cover do hit de Solomon Burke "Cry To Me".[6]

Bob Boilen, escrevendo para a NPR, sentou-se com o cantor Joe Talbot para uma análise faixa por faixa do álbum, onde Talbot descreveu por que escolheu escrever sobre seu passado conturbado, a inseparabilidade do retrato humano e a música política, o amor, a morte de sua filha natimorta e o que significa chamar a si mesmo de pai, masculinidade tóxica, Brexit, seu ódio ao jornalismo tablóide e muito mais[7]. Boilen afirmou que "as histórias em "Joy as an Act of Resistance" são tiradas da vida real: um olhar humano sobre a imigração através do amigo do cantor Joe Talbot, Danny Nedelko; a importância do direito dos pais enlutados de se chamarem de mães e pais; os 'cantos sombrios' do passado de Joe Talbot o tempo todo apontando as falhas humanas e professando amor com uma profunda urgência". Completou que "'Joy as an Act of Resistance' é uma tentativa ponderada de amar a si mesmo, ao mesmo tempo em que entende a importância da comunidade e da confiança". [7]

Lançamento e performance comercial[editar | editar código-fonte]

Quatro das faixas do álbum foram disponibilizadas para download antes de seu lançamento: "Colossus", "Danny Nedelko" (em homenagem ao amigo de Talbot de mesmo nome e cantor da banda Heavy Lungs), "Samaritans" e "Great".

Para promover o álbum, a banda anunciou uma turnê mundial no Japão, América do Norte e Europa.[1] Um dia antes do lançamento do álbum, uma exposição de arte em Londres foi aberta, exibindo e vendendo obras de arte inspiradas no álbum, com a renda sendo revertida para a caridade dos samaritanos.[2] Uma entrevista com Talbot foi ao ar no ITV News at Ten, discutindo o álbum.

Em 20 de dezembro de 2019, mais de 1 ano após seu lançamento, "Joy as an Act of Resistance" ganhou o Disco de Prata pelo BPI por vender 60.000 cópias no Reino Unido.[8]

Recepção da crítica[editar | editar código-fonte]

"Joy as an Act of Resistance" foi recebido com aclamação generalizada da crítica. Jordan Bassett, analisando o álbum para a NME, concedeu ao álbum cinco estrelas, chamando-o de "um clássico instantâneo".[9] Dave Simpson, para o The Guardian, deu quatro estrelas, descrevendo-a como "11 músicas de raiva catártica e focada, enraizada em suas próprias experiências", e chamando os Idles de "a banda mais necessária da Grã-Bretanha".[10] Mark Beaumont, do The Independent, também deu quatro estrelas.[11] Dom Gourlay, para a revista eletrônica Drowned in Sound, chamou-o de "um dos lançamentos mais ansiosamente esperados de 2018", concedendo-lhe uma pontuação de 9 em 10, e continuando dizendo que é "tudo o que alguém poderia querer ou esperar que fosse: Idles lançou o álbum mais relevante e às vezes doloroso do ano."[6] A revista Classic Rock deu a mesma pontuação, chamando-o de "uma exploração comovente mas jubilosa de alegria, honestidade, fragilidade e expressão como nosso mais poderoso meio de resistência humana".[12]

Ged Babey, escrevendo para o site Louder Than War, chamou-o de "Um dos álbuns mais inspiradores que ouvi há muito, muito tempo. Punk Rock reinventado e não usando uma máscara de masculinidade ou jugo de tradição, mas um sorriso perverso e seu coração partido exposto, mas ainda batendo em seu peito. Punk rock que em vez de gritar por anarquia e dizer 'eu não me importo' está gritando UNIDADE! e AMOR É TUDO."[13] Jake Kennedy, para a Record Collector, deu quatro estrelas, chamando-o "um álbum que consegue combinar tristeza, auto-aversão e uma percepção de que a vida é melhor tocada honestamente, com um som brutal e afinado: algo como chapas de metal dobradas sendo marteladas em linha reta."[14] Ava Muir da revista Exclaim! aplaudiu o álbum, dizendo: "IDLES transforma trauma e raiva em lições afirmativas sobre 'Joy As an Act of Resistance', criando uma obra-prima catártica que usa seu coração - partido, mas ainda batendo - como uma carta na manga."[15] Ryan Drever, para a revista The Skinny, deu três estrelas, afirmando que "muitas dessas músicas causam sérios problemas", considerando as faixas muito semelhantes.[16] Paul Carr, do PopMatters, deu 09/10, comentando sobre o que ele viu como "uma profunda sensação de alegria no álbum".[17]

Na crítica para AllMusic, Liam Martin concluiu que "No geral, 'Joy as an Act of Resistance' consegue sondar novas profundezas para os Idles - que eles alcançaram outro recorde em um espaço de tempo tão curto é admirável, muito menos um que brilha na cabeça e ombros sobre a maioria de seus pares - e certamente mantém seu status como um dos novos artistas mais empolgantes do Reino Unido."[18]

Faixas[editar | editar código-fonte]

N.º Título Duração
1. "Colossus"   5:39
2. "Never Fight a Man with a Perm"   3:48
3. "I'm Scum"   3:09
4. "Danny Nedelko"   3:24
5. "Love Song"   3:05
6. "June"   3:35
7. "Samaritans"   3:30
8. "Television"   3:12
9. "Great"   2:44
10. "Gram Rock"   2:29
11. "Cry to Me"   2:14
12. "Rottweiler"   5:25
Duração total:
42:14

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

IDLES

Production

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «IDLES announce new album 'Joy as an Act of Resistance,' plus world tour dates». NME (em inglês). 5 de junho de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  2. a b c d «The Big Read – Idles: "Music and unity, community, love and mindfulness will help you get over anything"». NME (em inglês). 24 de agosto de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  3. «In Conversation: IDLES». Clash Magazine (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  4. Dericotte, Toi (2008). «Joy is an act of resistance, and: Special ears, and: Another poem of a small grieving for my fish Telly, and: On the reasons I loved Telly the fish». Prairie Schooner (3): 22–27. ISSN 1542-426X. doi:10.1353/psg.0.0107. Consultado em 12 de março de 2022 
  5. Foundation, Poetry (12 de março de 2022). «Toi Derricotte». Poetry Foundation (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  6. a b c «Album Review: Idles - Joy as an Act of Resistance». DrownedInSound (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  7. a b Boilen, Bob (31 de agosto de 2018). «IDLES Explain 'Joy As An Act Of Resistance,' Track By Track». NPR (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  8. BRIT Awards (20 de dezembro de 2019). «@idlesband's second album 'Joy as an Act of Resistance' is now #BRITcertified Silver!». Twitter 
  9. «Idles – 'Joy As An Act Of Resistance' review». NME (em inglês). 30 de agosto de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  10. «Idles: Joy As an Act of Resistance review – angular rage from Britain's most necessary band». the Guardian (em inglês). 31 de agosto de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  11. «Idles place vulnerability and empathy front and centre on their new album 'Joy as an Act Of Resistance' - review». The Independent (em inglês). 5 de setembro de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  12. «"Idles - Joy as an Act of Resistance"». Classic Rock: p. 88. Setembro de 2018 
  13. Babey, Ged (14 de agosto de 2018). «Idles: Joy As An Act Of Resistance - Album review». Louder Than War (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  14. «Joy As An Act Of Resistance - Record Collector Magazine» (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  15. «IDLES Joy As an Act of Resistance | Exclaim!». exclaim.ca (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  16. «IDLES album review: Joy as an Act of Resistance - The Skinny». www.theskinny.co.uk (em inglês). Consultado em 12 de março de 2022 
  17. «Idles' 'Joy As an Act of Resistance' Extols the Virtues of Inclusion, Community, and Love, PopMatters». PopMatters (em inglês). 30 de agosto de 2018. Consultado em 12 de março de 2022 
  18. Joy as an Act of Resistance - Idles | Songs, Reviews, Credits | AllMusic (em inglês), consultado em 12 de março de 2022