Konoe Motohiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Konoe Motohiro
Konoe Motohiro
Nascimento 28 de abril de 1648
Japão
Morte 13 de outubro de 1722
Sepultamento Daitoku-ji
Cidadania Xogunato Tokugawa, Japão
Progenitores
Cônjuge Tsuneko-naishinnō
Filho(a)(s) Konoe Iehiro, Ōinomikado Nobuna, Konoe Hiroko, Konoe Shūshi
Ocupação Daijō Daijin

Konoe Motohiro (近衛 基熈, 16481722) foi um nobre japonês do período Edo, pertencente ao ramo Konoe do Clã Fujiwara, e foi regente (Kampaku) do Imperador Higashiyama no período de 1690 à 1703.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Motohiro perdeu seu pai Hisatsugu e sua mãe ainda jovem; seu avô era um irmão mais novo do Imperador Go-Mizunoo, que fora adotado pela família Konoe. [2]

Quando Motohiro tinha 16 anos (1664) se casou com Shinanomiya Tsuneko, então com 22 anos, filha do Imperador Go-Mizunoo. Nos primeiros dois anos após o casamento, não foram para a mansão de sua esposa, ao invés disso continou a morar na residência da família Konoe, até arranjar uma nova casa dois anos após o casamento. Ele teve com ela três filhos: sua filha Hiroko (n. 1666), que depois se casaria com o sexto shogun, Tokugawa Ienobu, Iehiro seu filho mais velho (1667) se casou com a filha mais velha do Imperador Reigen, e passou a ocupar vários dos cargos de mais alta patente na Corte; seu terceiro filho, Nobuna (1669-1684), esteve doente durante toda a sua vida e morreu com 15 anos de idade. [3]

Na corte[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 1654 Motohiro entrou para a corte durante o governo do Imperador Go-Mizunoo como Shōgoi (funcionário da Corte de quinto escalão sênior) e nomeado Sakonnoe-gon-shōshō (subcomandante da ala esquerda da guarda do palácio). Em 1655 já durante o governo do Imperador Go-Sai, foi promovido diretamente para Jusanmi (funcionário de terceiro escalão júnior). Em 1656 foi nomeado Chūnagon e em 1658) passou a ser Dainagon. Em junho de 1665, aos 18 anos já no reinado do Imperador Reigen, Motohiro foi nomeado Naidaijin, [4] em 1671 Udaijin [5] e em 1677 Sadaijin.[6]

Em 2 de maio de 1687 o Imperador Reigen abdica em favor de seu quinto filho, o futuro Imperador Higashiyama. E começa a governar como imperador aposentado; após a abdicação, Reigen passa a morar no Sentō-gosho (o palácio do ex-imperador). [7] Iniciou-se uma disputa entre Reigen que desejava reconquistar a administração da Corte o mais rápido possível e Motohiro que desejava manter a política tradicional, enquanto cooperava com o governo do shogun Tsunayoshi. A Investida de Reigen não acabou dando resultados e em 1690 Motohiro foi nomeado Kampaku do Imperador Higashiyama [8] [9] cargo que ocupa até 1703, quando abdica em favor de Takatsukasa Kanehiro.

Em maio de 1709, quando o Shogun Tsunayoshi faleceu, Ienobu se tornou o novo shogun. Houve um aprofundamento do relacionamento entre Motohiro e o shogunato (uma filha de Motohiro casou-se com Ienobu). [10]. Em junho Motohiro foi o responsável pela passagem do trono do imperador Higashiyama para o imperador Nakamikado e em outubro foi nomeado Daijō Daijin cargo que estava vago desde 1632 quando foi ocupado por Tokugawa Hidetada. [11]

Motohiro veio a falecer em 1722 deixando como herdeiro seu filho Iehiro

Precedido por
Hisatsugu
-- 21º Líder dos Konoe Fujiwara
1653 - 1711
Sucedido por
Iehiro
Precedido por
Tokugawa Hidetada
Daijō Daijin
1709 – 1711
Sucedido por
Konoe Iehiro
Precedido por
Ichijō Kaneteru
Kampaku
1690 – 1703
Sucedido por
Takatsukasa Kanehiro
Precedido por
Kujō Kaneharu
Sadaijin
1677 – 1691
Sucedido por
Takatsukasa Kanehiro
Precedido por
Kujō Kaneharu
Udaijin
1671 – 1677
Sucedido por
Ichijō Kaneteru
Precedido por
Kujō Kaneharu
Naidaijin
1665 – 1671
Sucedido por
Tokudaiji Sanefusa


Referências

  1. «Konoe Motohiro». Konoe-Ka (Sekke). (em japonês) 27 de setembro de 2007. Consultado em 19 de outubro de 2020
  2. Joyce Ackroyd (1979), Told Round a Brushwood Fire: The Autobiography of Arai Hakuseki, University of Tokyo Press, (em inglês) p. 313
  3. Cecilia Segawa Seigle, (2002) Shinanomiya Tsuneko: Portrait of a Court Lady, in Anne Walthall , The Human Tradition in Modern Japan,(em inglês) Scholarly Resources, Inc. , p. 3-24
  4. Lillehoj, Elizabeth (2003). Critical Perspectives on Classicism in Japanese Painting,. 1600-1700 (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press, p. 161 
  5. Ferretti, Valdo (2012). L'impugnatura del ventaglio: un affare di stato nel Giappone del '700 (em italiano). [S.l.]: Edizioni Nuova Cultura, p. 60 
  6. Ferretti (2012). L'impugnatura del ventaglio. [S.l.]: , p. 66 
  7. Ponsonby-Fane, Richard. (1956). Kyoto: The Old Capital of Japan, 794–1869, Ponsonby Memorial Society, p. 342.
  8. Walthall, Anne (2002). The Human Tradition in Modern Japan (em inglês). [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers, p. 14 
  9. East and West. Volume 46,Edições 1-2 (em inglês). [S.l.]: Istituto italiano per il Medio ed Estremo Oriente, pp 170-172. 1996 
  10. Allen, Louis; Watanabe, Shoichi (1989). The Peasant Soul of Japan (em inglês). [S.l.]: Springer, p. 162 
  11. Nakai, Kate Wildman (1988). Shogunal Politics:. Arai Hakuseki and the Premises of Tokugawa Rule (em inglês). [S.l.]: Council on East Asian Studies, Harvard University, p. 386