Lilo Ramdohr

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lieselotte Fürst-Ramdohr
Nascimento 11 de outubro de 1913
Aschersleben, Alemanha
Morte 13 de março de 2013 (99 anos)
Starnberg, Alemanha

Lieselotte "Lilo" Fürst-Ramdohr (Aschersleben, 11 de outubro de 1913 — Starnberg, 13 de maio de 2013)[1] foi uma membro do ramo de Munique do grupo de resistência estudantil Rosa Branca (Weiße Rose) na Alemanha Nazista.

Início de vida[editar | editar código-fonte]

Ramdohr era descendente de uma família de comerciantes de Aschersleben. Depois de meio ano na Inglaterra e um ano no colégio interno do Dr. Fritz Weiß em Weimar, onde começou sua longa amizade com Falk Harnack, ela se mudou para Munique em 1934 para se tornar cenógrafa.[2] De março de 1935 a fevereiro de 1936, ela aprendeu ilustração de livros na Württembergische Kunstgewerbeschule em Estugarda. Em 1936, ela se mudou para Dresden para frequentar a escola de dança até que os nazistas a fecharam. Ramdohr mudou para uma escola estatal em Stuttgart, e mais tarde dirigiu uma escola particular em Heilbronn. Ela acabou se casando com Otto Berndl, filho de um arquiteto bávaro.[3] Sua preferência religiosa era luterana.[4]

A Rosa Branca[editar | editar código-fonte]

Em 1941, ela fez amizade com Alexander Schmorell,[5] Christoph Probst e Hans Scholl, e mais tarde Traute Lafrenz, Sophie Scholl e Willi Graf.[6] Depois que seu marido foi morto na Rússia em maio de 1942, ela começou a armazenar documentos e um aparelho de duplicação em seu apartamento em Neuhausen-Nymphenburg. Em novembro de 1942, ela expandiu as atividades clandestinas do grupo unindo forças com grupos mais poderosos em Berlim, como o Círculo de Kreisau e o líder da resistência cristã Dietrich Bonhoeffer, com a ajuda de Falk Harnack.[7]

Fuga de Munique[editar | editar código-fonte]

Em 2 de março de 1943, Ramdohr foi presa, mas foi soltapor falta de provas.[8] Mais tarde naquele mês, Heinrich Himmler ordenou que ela fosse presa novamente e condenada à morte, mas ela conseguiu escapar.[9] Ramdohr casou-se com o estudante de medicina Carl Gebhard Fürst (1920–2010), nascido na Alemanha e criado no Brasil, em fevereiro de 1944 em Munique, e fugiu para sua cidade natal, Aschersleben, usando o nome Lieselotte Fürst.

Era pós-guerra[editar | editar código-fonte]

Ramdohr sobreviveu à guerra e em 1948 fugiu com sua filha de quatro anos, Doma-Ulrike, da zona de ocupação soviética de volta à Baviera, onde se tornou instrutora de esportes em internatos na Alta Baviera.[10] Em 1995, ela publicou suas memórias "Amizades na Rosa Branca". Até sua morte, ela viveu em uma pequena cidade fora de Munique.[11] A BBC a descreveu como uma "ágil pessoa de 99 anos".[11]

Documentários[editar | editar código-fonte]

  • Em 1996, Bavarian Broadcasting, BR, televisionou uma biografia de Ramdohr como parte de sua série Lebenslinien. O diretor era Hans-Sirks Lampe.
  • Em 1995, Geschichtswerkstatt Neuhausen transmitiu entrevistas televisivas com Ramdohr no documentário Davon haben wir nichts gewusst...Neuhausen unter der Nazi-Zeit.
  • Em 2008, as entrevistas com Ramdohr foram apresentadas no documentário Die Widerständigen - Zeugen der Weißen Rose.

Obras de Lilo Fürst-Ramdohr[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «May 31, 2013» 
  2. White Rose History, Volume I. [S.l.: s.n.] Consultado em 4 de fevereiro de 2012. Cópia arquivada em 28 de novembro de 2015 
  3. «Full text of "Die Kunst: Monatsheft für freie und angewandte Kunst"». Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  4. Sachs, Ruth Hanna (1 de novembro de 2003). White Rose History, Volume I [Academic Version]: Coming Together (January 31, 1933 – April 30, 1942). [S.l.]: Exclamation! Publishers. ISBN 9780971054196 – via Google Books 
  5. Annette Dumbach, Jud Newborn. Sophie Scholl and the White Rose. [S.l.: s.n.] Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  6. «p. 139». Scribd.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  7. Ruth Hanna Sachs. White Rose History, Volume II (Academic Version): Journey to Freedom (May 1... [S.l.: s.n.] Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  8. p.65 et seq.[ligação inativa]
  9. Gottfried Hamacher, Andrι Lohmar. Gegen Hitler: Deutsche in der Resistance, in den Streitkräften der... [S.l.: s.n.] Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  10. Simkin, John. «Lilo Ramdohr». Spartacus Educational. Spartacus Educational Publishers Ltd. Consultado em 4 de outubro de 2016 
  11. a b Burns, Lucy (21 de fevereiro de 2013). «White Rose: The Germans who tried to topple Hitler». BBC World Service. Consultado em 22 de fevereiro de 2013 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Bassler, Sibylle: Die Weiße Rose, Zeitzeugen erinnern sich. Rowohlt, Reinbek near Hamburg 2006. ISBN 3-498-00648-7
  • Dumbach, Annette & Newborn, Jud. "Sophie Scholl & The White Rose". Oneworld Publications, 2007. ISBN 978-1-85168-536-3. Page 95, 149.
  • Ruth H. Sachs: White Rose History, Volume I [Academic Version]: Coming Together (January 31, 1933 – April 30, 1942). Exclamation! Publishers, Lehi (Utah, USA) 2003. ISBN 0-9710541-9-3 (Regular Edition: ISBN 0-9710541-4-2).
  • Die Weiße Rose – Gesichter einer Freundschaft (Brochure by Kulturinitiative e.V. Freiburg; S. 12)
  • Shareen Blair Brysac: Resisting Hitler. Mildred Harnack and the Red Orchestra. Oxford University Press 2000. ISBN 0-19-515240-9
  • Barry Pree: White Rose. Trinity Press International 1999. ISBN 0-340-39436-6
  • Corina L. Petrescu: Allen Gewalten zum Trutz sich erhalten": models of subversive spaces in National Socialist Germany University of Wisconsin-Madison, 2006, p. 49 et seq.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]