Luiz Paulo Pinto

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Luiz Paulo Pinto
Luiz Paulo Pinto
Luiz Paulo em 1993
Nome completo Luiz Paulo de Souza Pinto
Nascimento 24 de abril de 1962
Belo Horizonte
Morte 13 de março de 2022 (59 anos)
Belo Horizonte
Nacionalidade brasileiro
Educação Universidade Federal de Minas Gerais
Ocupação ambientalista e biólogo

Luiz Paulo de Souza Pinto (Belo Horizonte, 24 de abril de 1962[1]Belo Horizonte, 13 de março de 2022[2]) foi um biólogo e ambientalista brasileiro. Ao longo de mais de três décadas, promoveu a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, por meio do trabalho com organizações não-governamentais e formação de parcerias multissetoriais[1].

Cursou graduação em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre 1983 e 1987[3]. Casou-se com a também bióloga Cláudia M. R. Costa e, em 1989, foram morar na Reserva Biológica Augusto Ruschi, em Santa Teresa (ES), para estudar a ecologia dos primatas, especialmente o muriqui (Brachyteles hypoxanthus)[1]. Fez mestrado em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre da UFMG (1990–1994), sob orientação de Anthony B. Rylands, quando analisou a distribuição geográfica e situação do mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas)[1] nas florestas do sul da Bahia.

De 1996 a 2014, trabalhou na organização não-governamental Conservação Internacional, onde foi diretor e coordenador de projetos[4]. Ao longo deste período, coordenou iniciativas envolvendo a proteção de espécies ameaçadas de extinção, criação e implementação de unidades de conservação e formação de parcerias para a conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável, principalmente voltadas para a Mata Atlântica[3]. Também apoiou diversos inventários biológicos e geração de informações sobre a biodiversidade brasileira e colaborou para a introdução da abordagem dos corredores de conservação da biodiversidade[3]. Merece destaque sua participação na coordenação do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos para a Mata Atlântica (CEPF-Mata Atlântica), que investiu cerca de 10 milhões de dólares em mais de 300 projetos de conservação em áreas-chave da Mata Atlântica[2]. Desempenhou papel relevante na criação de unidades de conservação importantes da Mata Atlântica, como o Parque Nacional do Descobrimento, o Parque Nacional da Serra das Lontras, e o Parque Estadual da Serra do Conduru, no sul da Bahia; o Parque Estadual do Alto Cariri, em Minas Gerais; o Parque Estadual dos Três Picos no Rio de Janeiro, além de dezenas de Reservas Particulares do Patrimônio Natural na Mata Atlântica[3].

Nos últimos anos, contribuiu com a Fundação SOS Mata Atlântica na produção de um relatório sobre os 30 anos de conservação da biodiversidade da Mata Atlântica com todo trabalho realizado desde o primeiro Plano de Ação para a Mata Atlântica até os dias de hoje[4]. Desde 2017, atuava como consultor pela sua empresa: Ambiental 44 Informações e Projetos em Biodiversidade[4]. Era um torcedor apaixonado do Cruzeiro Esporte Clube[1]. Faleceu aos 59 anos em Belo Horizonte, após uma luta contra um câncer no cérebro[5].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e «Estamos sentados numa bomba relógio». Museu da Pessoa. Consultado em 26 de maio de 2022 
  2. a b «Morre Luiz Paulo de Souza Pinto, pioneiro na luta pela preservação da Mata Atlântica». ((o))eco. 14 de março de 2022. Consultado em 26 de maio de 2022 
  3. a b c d «Luiz Paulo de Souza Pinto». Plataforma Lattes. 16 de janeiro de 2018. Consultado em 26 de maio de 2022 
  4. a b c «Nota de pesar pelo falecimento de Luiz Paulo Pinto». www.wwf.org.br. Consultado em 26 de maio de 2022 
  5. «Nota de falecimento: Luiz Paulo Pinto». CRBio-04. 15 de março de 2022. Consultado em 26 de maio de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]