Manucu

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Classificação científica
Reino: Plantae
Género: Manucu
Espécies
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Manucu (pronúncia em português: [mə'nukʊ] [1]) é um gênero descrito como uma semente nativa da Floresta Amazônica. [2] [3]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Seu nome provém do tupi-guarani, tendo manucu o significado de raio de sol. [4] A origem desse nome está relacionado ao fato da semente possuir uma coloração predominantemente alaranjada, que se assemelha a cor dos raios de Sol durante o período do amanhecer e do anoitecer (período conhecido como crepuscular). [5] [6]

História[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que os povos indígenas que habitavam a região amazônica foram os primeiros seres humanos a ter contato com a semente. Os índios, ao estudar e manipular o manucu, passaram a usá-lo para fazer chás medicinais, pois acreditavam que o chá feito a partir dessa semente teria poder de desintoxicação. Por consequência, elas eram recorrentemente utilizadas pelos pajés como um remédio natural para injúrias como uma intoxicação alimentar. [7] Como a maioria das sementes, o manucu também era muito utilizado na produção de tinturas para tingir tecidos e para pinturas faciais. [8]

Extinção[editar | editar código-fonte]

Com o advento da colonização portuguesa, principalmente a partir de 1530, o manucu passou a ser muito explorado, e sua extração aumentou demasiadamente nesse período. No século XVI, este era considerado uma iguaria para a produção de tintas na Europa, e foi utilizado em larga escala. A exploração colonial foi extremamente prejudicial ao manucu. Atualmente, a semente está praticamente extinta. Foi considerada uma das riquezas brasileiras. [9]

Características[editar | editar código-fonte]

A semente possuía cerca de 1 centímetro de diâmetro tinha um formato ovalado, com tonalidade predominantemente alaranjada. [9][10]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Dicionário fonético da Língua Portuguesa
  2. «Sementes nativas». Instituto Brasileiro de Florestas (IBF). 27 de Janeiro de 2015. Consultado em 7 de Janeiro de 2016 
  3. Santos, Fernando Santiago dos (2010). Coleção Ser Protagonista. Biologia. Col: Ser Protagonista. 2. São Paulo: Edições SM. ISBN 978-85-76-75526-5 
  4. Dicionário de Tupi-Guarani da UNIOESTE
  5. Sementes da Amazônia
  6. Dalton Roberto Schwengber; Oscar José Smiderle (2015). «Cupiúba e outras sementes» (Impresso e digital). Informativo Técnico da rede de sementes da Amazônia. ISSN 1679-6500. Consultado em 7 de janeiro de 2016 
  7. «Terra Indígena Andirá-Marau recebe feira focada na soberania alimentar dos Sateré-Mawé». Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. 15 de Junho de 2015. Consultado em 8 de Janeiro de 2016 
  8. Lista das Espécies Florestais e Arbustivas de Interesse Econômico na Amazônia Ocidental
  9. a b Lopes, Sônia; Rosso, Sérgio (2010). Editora Saraiva, ed. BIO. Biologia. 2. São Paulo: Editora Saraiva. ISBN 978-85-02-09435-2 
  10. «Weird plants: How does this iris walk?». Consultado em 8 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 15 de junho de 2010 
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