Operação Serpente Gótica

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Operação Serpente Gótica
Guerra Civil da Somália

B Company, 3º Batalhão, 75º Regimento Ranger na Somália, 1993.
Data 22 de agosto de 1993 – 13 de outubro de 1993
Local Mogadíscio, Somália
Casus belli Operação Restore Hope
Resolução 837 do Conselho de Segurança das Nações Unidas
Emboscada das tropas paquistanesas em 5 de junho de 1993.
Desfecho Vitória tática do UNOSOM II; vitória estratégica da Aliança Nacional Somali
  • Retirada dos EUA em 3 de março de 1994
  • Retirada da ONU em 28 de março de 1995
Beligerantes
 Estados Unidos
Aliança Nacional Somali
Comandantes
William F. Garrison Mohamed Farrah Aidid
Forças
30.000+ todas as cinco nações da ONU Cerca de 4.000-6.000 + milícias misturadas com combatentes civis
Soldados americanos do 75º Regimento Ranger retornam a base após uma missão

Operação Serpente Gótica foi uma operação militar conduzida em Mogadíscio, Somália, pelas forças de operações especiais dos Estados Unidos de codinome Task Force Ranger durante a Guerra Civil Somali em 1993. O objetivo principal da operação era capturar Mohamed Farrah Aidid, um líder de clã da Somália que era procurado pela UNOSOM II em resposta a seus ataques contra as tropas das Nações Unidas. A operação ocorreu de agosto a outubro de 1993 e foi supervisionada pelo Joint Special Operations Command (JSOC).

Em 3 de outubro de 1993, a força-tarefa executou uma missão para capturar dois tenentes de Aidid. A missão finalmente culminou no que ficou conhecido como a Batalha de Mogadíscio de 1993. A batalha foi extremamente sangrenta e a força-tarefa infligiu baixas massivas às forças da milícia somali, enquanto elas próprias sofriam pesadas perdas. As tropas malaiaspaquistanesas e convencionais do Exército dos Estados Unidos sob a UNOSOM II, que ajudaram na extração da Task Force Ranger da cidade, também sofreram perdas, embora não tão pesadas. No geral, a Aliança Nacional da Somália alcançou uma vitória estratégica como a batalha resultou na retirada das tropas americanas em 1994. As consequências desse confronto mudaram a política externa americana e levaram ao término da missão das Nações Unidas na Somália em 1995.[1] Na época, a Batalha de Mogadíscio foi o tiroteio mais intenso e sangrento envolvendo tropas americanas desde a Guerra do Vietnã.[2][3]

Retirada estadunidense[editar | editar código-fonte]

Após a batalha, o presidente Clinton ordenou que tropas adicionais fossem enviadas para proteger os soldados estadunidenses e ajudar na retirada. Todas as ações militares foram encerradas em 6 de outubro, exceto em casos de autodefesa. Clinton pediu uma retirada completa até 31 de março de 1994. Conforme este pedido, a maioria das tropas deixaria o país em 25 de março de 1994. Algumas centenas de fuzileiros navais estadunidenses permaneceram no mar, mas foram completamente removidos da área em março de 1995. A ONU também se retiraria.[4]

Referências

  1. Cori Elizabeth Dauber, "The shot seen 'round the world': The impact of the images of Mogadishu on American military operations." Rhetoric & Public Affairs 4.4 (2001): 653-687 online.
  2. Dauber, Cori Elizabeth (2001). «The Shot Seen 'Round the World: The Impact of the Images of Mogadishu on American Military Operations». Rhetoric & Public Affairs. 4 (4): 653–687. doi:10.1353/rap.2001.0066 
  3. Olson, Bryan W.; Ortega Sr., Gary L. (30 de junho de 2009). «The Battle of Mogadishu, 3 Oct 93» (PDF). Defense Technical Information Center. United States Army Sergeants Major Academy. Cópia arquivada (PDF) em 9 de agosto de 2022 
  4. Stewart, Dr. Richard W. (24 de fevereiro de 2006). «The United States Army in Somalia, 1992–1994». United States Army Center of Military History. United States Military 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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