Peter Mandelson

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Peter Mandelson
Peter Benjamin Mandelson, Barão Mandelson
Peter Mandelson
Peter Mandelson no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 26 de janeiro de 2008
Primeiro Secretário de Estado
Período 5 de junho de 2009
até 11 de maio de 2010
Antecessor(a) John Prescott
Sucessor(a) William Hague
Primeiro-ministro Gordon Brown
Dados pessoais
Nome completo Peter Benjamin Mandelson
Nascimento 21 de outubro de 1953
 Inglaterra, Hampstead Garden Suburb, Middlesex
Alma mater St Catherine's College, Oxford
Partido Trabalhadores

Peter Benjamin Mandelson, Barão Mandelson PC (South London, 21 de outubro de 1953) é um político britânico. Serviu como secretário dos Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória do gabinete de Gordon Brown. Também atuou no gabinete de Tony Blair, como secretário de Estado para a Irlanda do Norte e secretário de Comércio e Indústria.

É deputado eleito pelo Partido Trabalhista do Reino Unido, por Hartlepool. Em 13 de outubro de 2008, foi feito Barão Mandelson e ingressou na Casa dos Lordes.[1] Entre 2004 e 2008 foi Comissário Europeu do Comércio na Comissão Barroso.

É um dos principais protagonistas das transformações internas dos trabalhistas britânicos e de sua caminhada rumo ao "New Labour".[2] É apelidado popularmente como "Mandy" pela imprensa e pelo público britânico.[3][4][5]

Vida Pessoal[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 1998, durante seu primeiro período no Gabinete, Peter Mandelson foi o centro de grande atenção da imprensa quando Matthew Parris (ex-membro do parlamento abertamente homossexual e então escritor sobre assuntos parlamentares do The Times) mencionou durante uma entrevista ao vivo através do Newsnight, na sequência da demissão de Ron Davies, que "Peter Mandelson certamente é gay".[6] A homossexualidade de Mandelson era bem conhecida, mas não amplamente divulgada, exceto nas primeiras páginas do jornal The People, e Mandelson não queria discutir isso.[7] Depois do comentário de Parris, a imprensa sentiu-se livre para discutir sua vida pessoal (em especial sua relação com o brasileiro Reinaldo Avila da Silva), em uma amplitude muito maior.

A reputação de Mandelson pode ter sido prejudicada em vez de ajudada pela decisão inicial de Anne Sloman, conselheira política chefe da BBC sobre política editorial,[8] de bloquear qualquer menção à sua vida privada na BBC. Foi sugerido que o diretor-geral da BBC naquela ocasião, John Birt, teve atuação direta nessa proibição. O popular programa de TV da BBC Have I Got News For You recusou-se a cumprir a determinação e discutiu este assunto quase abertamente - Ian Hislop disse, "Não estamos autorizados a dizer que Peter Mandelson é um hom … eowner", ao que Paul Merton respondeu, "O que há de errado com pessoas gays que possuem casas?".[9]

Mandelson também adquiriu a alcunha "Mandy" em referência ao seu sobrenome.[10]

Em abril de 1999, Peter Mandelson apoiou a sua biografia por Donald Macintyre do The Independent, e discutiu sua homossexualidade, saindo do armário.[11] Em 2000, Peter Mandelson reconheceu publicamente sua relação de longa data com Reinaldo Avila da Silva, permitindo fotografias deles juntos.[12]

Tam Dalyell, enquanto mais antigo membro da Casa dos Comuns, afirmou que Mandelson fazia parte da cabala judaica de Blair em maio de 2003. Em resposta Mandelson, afirmou: "Para além do fato de que eu não sou realmente judeu, quero usar o parentesco do meu pai com orgulho".[13]

Mandelson foi, até 8 de outubro de 2008, o presidente da Central School of Speech and Drama.[14] Ele foi substituído neste cargo não remunerado pelo dramaturgo Harold Pinter, que morreu algumas semanas mais tarde.

Referências

  1. (em inglês) Baron Mandelson joins the Lords
  2. (em inglês) Perfil na BBC
  3. (em inglês) UK Politics. How Mandy might have done it
  4. (em inglês) Lord Mandy dismisses hangover from holiday drink
  5. (em inglês) Even Mandy does not deserve exile in Brussels
  6. «Mandelson is gay, says former MP». The Mirror. 28 de outubro de 1998. p. 3  "Os telespectadores ficaram chocados na noite passada, quando um ex-parlamentar alegou que o supremo do comércio Peter Mandelson era homossexual. O colunista Matthew Parris - ex-membro conservador do parlamento por West Derbyshire - disse à BBC Newsnight que Mandelson foi um dos dois gays no gabinete de Tony Blair. A afirmação veio durante uma discussão sobre a crise sobre Ron Davies."
  7. «Ian McKellen ranked most influential gay man» (em inglês). Pink Notícias. Consultado em 11 de junho de 2009 
  8. Sandra Laville archive/1998/10/31/ndavy131.html "BBC blackout on questions about Mandelson's sexuality", Daily Telegraph, 31 de outubro de 1998. Acessado em 3 de outubro de 2008.
  9. homeowner = proprietário de casa
  10. «UK Politics. How Mandy might have done it.» (em inglês). bbc.co.uk. 15 de junho de 1999. Consultado em 10 de outubro de 2008 
  11. Paul Eastham (21 de abril de 1999). «The prince rips off his mark; A new book, written with his help, reveals the truth about Peter Mandelson's private life and how he spent the night he resigned from the Cabinet with his homosexual lover and the Blairs at Chequers». Daily Mail 
  12. Martin Smith (23 de abril de 2000). «The Graduate; So here's to you Mr Mandelson, as the Ulster Secretary and his partner go public…». The Mail on Sunday. p. 7  "Dificilmente poderia ter sido uma declaração mais pública de sua amizade. Peter Mandelson, 46, e seu parceiro de longa data, Reinaldo Avila da Silva, 28, estavam na plateia do Gielgud Theatre para assistir a adaptação do estágio West End do clássico filme dos anos 1960 The Graduate … Reinaldo agora partilha da mesma casa londrina no ministro em Notting Hill. Recentemente, vizinhos avistaram-nos comprando juntos velas perfumadas e incenso e supervisionando a ampla renovação da casa que Mr. Mandelson comprou por cerca de 250 mil libras no ano passado."
  13. «Fury as Dalyell attacks Blair's 'Jewish cabal'». 4 de maio de 2003. Consultado em 13 de abril de 2008 
  14. [The House of Commons - Register of Members' Interests http://www.publications.parliament.uk/pa/cm200102/cmregmem/memi19.htm]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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