Planisfério

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Planisfério é a representação do globo terrestre no papel, porém em forma plana, embora sua cópia mais fiel seja no globo, pelo fato de o planeta ser esférico. Também conhecido como mapa-múndi, o planisfério tem a finalidade de exibir todo o seu conteúdo de forma cômoda para seu estudo em diversas disciplinas. Em planisférios mais completos, podem ser observadas as correntes marítimas e de ar, as diferentes linguagens, etnias e religiões, entre outras informações.

Um planisfério é uma esfera celeste planificada que deixa à mostra apenas a parte do céu que é visível ao longo do ano em uma determinada região da Terra.

A aparência do céu visível em um determinado lugar depende da hora do dia, da época do ano e da latitude do lugar. Uma carta celeste simples não consegue mostrar, ao mesmo tempo, todas essas combinações, sendo necessárias várias cartas para incluir todas as possibilidades. O planisfério combina em um único dispositivo as cartas celestes de um ano inteiro para uma determinada latitude. Consiste de um mapa do céu inteiro, coberto por uma máscara que deixa à mostra apenas o céu visível de um determinado lugar, em uma determinada hora e época do ano. Girando a cobertura, podemos ver como varia a aparência do céu visível nesse lugar com o passar do tempo. Esse instrumento é de grande utilidade como auxiliar na localização dos astros.

Geralmente os planisférios mostram todas as estrelas mais brilhantes do céu; a Lua, o Sol e os planetas não aparecem nele, pois esses astros mudam de posição em relação às estrelas em pouco tempo.

Como a parte do céu visível ao longo do ano não muda muito para latitudes próximas, o mesmo planisfério construído para uma determinada latitude pode ser usado em lugares de latitudes vizinhas. Por exemplo, o mesmo planisfério feito para Porto Alegre (latitude de 30ºS), serve para grande parte do Brasil, Argentina, Austrália e sul da África.

Por que a aparência do céu noturno depende da hora, do dia e da data do ano?

Devido ao movimento de rotação da Terra, todos os astros que são visíveis em um determinado lugar executam uma volta completa em torno de si mesmos em 24 horas, de forma que as suas alturas (elevação em relação ao horizonte) e os seus azimutes (os ângulos em relação à direção norte-sul) variam constantemente. Como durante o dia as estrelas são ofuscadas pelo Sol, em uma determinada data só vemos aquelas estrelas que estão na direção oposta ao Sol e que ficam acima do horizonte durante a noite.

À medida que a Terra gira em torno do Sol, muda a posição deste entre as estrelas e, consequentemente, muda a parte do céu que está acima do horizonte durante a noite.

A cada dia a Terra se move aproximadamente 1º em sua órbita. Como reflexo disso, o Sol se move 1° por dia em relação às estrelas, no sentido contrário ao movimento de translação da Terra. Consequentemente, se no inicio da noite observarmos a mesma estrela em meses sucessivos, veremos que a cada dia ela nasce aproximadamente quatro minutos mais cedo que no dia anterior. Em quinze dias ela já fica 15º para leste em relação ao Sol, o que significa que ela já estará nascendo e se pondo uma hora mais cedo.

Devido a isso, o céu visível em uma determinada data à meia-noite, quinze dias mais tarde será visível às 23h, e dali a mais quinze dias às 22h, e assim por diante. No ciclo de um ano as estrelas voltam a ocupar a mesma posição no céu à mesma hora do dia.

Por que um planisfério não serve para qualquer latitude?

Em qualquer lugar que estejamos na Terra, ao olharmos para o céu conseguimos enxergar apenas uma parte dele, aquela parte que está acima de nosso horizonte.

Como o eixo de rotação da Terra tem uma orientação fixa, quando a Terra gira em torno desse eixo, de oeste para leste, vemos as estrelas se mover, de leste para oeste, em trajetórias paralelas ao Equador da Terra (esse é um movimento aparente, um reflexo do movimento de rotação da Terra). O tamanho das trajetórias diurnas das estrelas, assim como sua orientação em relação ao horizonte, depende da posição da estrela no céu e da latitude do observador na Terra. Pessoas que vivem perto dos polos geográficos veem apenas as estrelas que pertencem ao hemisfério celeste correspondente, pois as trajetórias diurnas das estrelas são paralelas ao horizonte e, portanto, as estrelas que estão no céu são sempre as mesmas. Pessoas que vivem perto da Linha do Equador veem estrelas dos dois hemisférios, pois estas descrevem trajetórias perpendiculares ao horizonte — o tempo todo existem algumas estrelas que estão se pondo e outras que estão nascendo, mudando a aparência do céu. Pessoas que vivem em latitudes intermediárias, como Porto Alegre (no sul do Brasil), veem ao longo do ano todas as estrelas do hemisfério sul e parte das estrelas do hemisfério norte. Portanto a parte da carta celeste que é visível em um determinado lugar depende da latitude desse lugar. As vantagens são: ótimo para dar aulas e apresentar rotas marítimas e aéreas. A desvantagem é que exagera os extremos, como a Ilha de Groelândia, e o aumento exagerado do continente da Antártida.

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