Rafael Chirbes

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Rafael Chirbes
Rafael Chirbes
em Colônia, lendo na Kulturkirche, 2008
Nome completo Rafael Chirbes Magraner
Nascimento 27 de junho de 1949
Tabernes de Valldigna, Espanha
Morte 15 de agosto de 2015 (66 anos)
Beniarbeig, Espanha
Nacionalidade Espanha Espanhol
Ocupação Escritor e crítico literário
Prémios Prémio Nacional de Narrativa (2014)
Magnum opus Os disparos do caçador: romance

Rafael Chirbes Magraner (Tabernes de Valldigna, Valencia, 27 de junho de 1949 - Beniarbeig, 15 de agosto de 2015) foi um escritor e crítico literário espanhol, vencedor do Prémio Nacional da Crítica 2007 e 2014.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 27 de junho de 1949 em Tabernes de Valldigna, província de Valência. Com a idade de 4 anos, o seu pai faleceu.[2] Desde os oito anos estudou em colégios de órfãos de ferroviários, em Ávila e León. Aos 16 mudou-se para Madrid, onde estudou História Moderna e Contemporânea. Em 1969 mudou-se para Paris, onde permaneceu um ano.[2] Também viveu em Marrocos (onde foi professor de espanhol), Barcelona, Corunha, Extremadura, e no ano 2000 regressou a Alicante (Dénia e Beniarbeig). Dedicou-se à crítica literária durante algum tempo e posteriormente a outras actividades jornalísticas, como os artigos gastronómicos (na revista Sobremesa, também escreveu este género para El País em que foi despedido depois de uma crítica negativa a um restaurante de alta cozinha do Grupo Vips, propriedade da família Almagro) e os relatos de viagens. A sua primeira novela, Mimoun (1988), foi finalista do Prémio Herralde e a sua obra La larga marcha (1996) foi galardoada em Alemanha com o Prêmio SWR-Bestenliste. Com esta novela iniciou uma trilogia sobre a sociedade espanhola que vai desde o pós-guerra até a transição, que se completa com La caída de Madrid (2000) e Los viejos amigos (2003). Com Crematorio (2007), um retrato da especulação imobiliária, recebeu o Prémio Nacional da Crítica e o V Prémio Doce Chacón. A novela En la orilla (2013), continua o retrato da Espanha em crise, e recebeu também o Prémio Nacional da Crítica 2014 e o Prémio Francisco Ombreira ao livro do ano 2013. Esta novela foi considerada o melhor livro do ano, segundo os jornalistas e críticos literários do diário El País.[3] Faleceu em Tabernes de Valldigna a 15 de agosto de 2015.[4][5]

Adaptação televisiva[editar | editar código-fonte]

A sua oitava novela, Crematorio (2007), foi adaptada pelo Canal Plus em 2011 como minissérie de televisão de 8 capítulos, com Pepe Sancho como protagonista no papel do construtor Rubén Bertomeu. A série conseguiu excelentes críticas.

Obras[editar | editar código-fonte]

Romances[editar | editar código-fonte]

  • Mimoun (1988, Anagrama). Finalista do Prémio Herralde
  • En la lucha final (1991, Anagrama)
  • La buena letra (1992, Anagrama)
  • Os disparos do caçador: romance - no original Los disparos del cazador (1994, Anagrama)
  • La larga marcha (1996, Anagrama)
  • La caída de Madrid (2000, Anagrama)
  • Los viejos amigos (2003, Anagrama)
  • Crematório - no original Crematorio (2007, Anagrama). Premio de la Crítica de narrativa castellana (1º)
  • En la orilla (2013, Anagrama). Premio de la Crítica de narrativa castellana (2º) e Premio Nacional de Narrativa
  • París-Austerlitz (2016, Anagrama), ainda não publicado

Ensaios[editar | editar código-fonte]

  • Mediterráneos (1997, Anagrama)
  • El novelista perplejo (2002, Anagrama)
  • El viajero sedentario (2004, Anagrama)
  • Por cuenta propia (2010, Anagrama)

Prémios literários[editar | editar código-fonte]

Pelas suas primeiras obras:

  • 1988: Finalista do Prémio Herralde pela sua primeira novela, Mimoun
  • 1999: Prémio alemão SWR-Bestenliste por La larga marcha
  • 2003: Prémio Cálamo de livro do ano por Los viejos amigos

por Crematorio:

  • 2007: Prêmio da Crítica de narrativa castelhana (1º)
  • 2007: Prêmio Cálamo ao livro do ano
  • 2008: Prêmio Doce Chacón

por En la orilla:

  • 2014: Prêmio da Crítica de narrativa castelhana (2º)
  • 2014: Prêmio Nacional de Narrativa
  • 2014: Melhor livro em língua espanhola de 2013 segundo o diário El País[6]
  • 2014: Prêmio Francisco Ombreira ao livro do ano
  • 2014: Finalista do Prêmio Bienal de Novela Mario Vargas Llosa

Referências

  1. «Muere el escritor Rafael Chirbes». cultura.elpais.com 
  2. a b Florence Noiville (16 de agosto de 2015). Le Monde, ed. «L'écrivain espagnol Rafael Chirbes est mort» 
  3. «Los 10 mejores libros del año de Babelia». El País. 28 de dezembro de 2013. Consultado em 29 de dezembro de 2013 
  4. Efe Valencia (15 de agosto de 2015). «Chirbes, un autor arraigado en la sociedad». Heraldo.es 
  5. «Die Sittengemälde eines Sozialkritikers.». www.faz.net , Frankfurter Allgemeine Zeitung, 16 de agosto de 2015.
  6. «En la orilla, de Chirbes, libro del año, y su autor homenajea a Galdós, su maestro.». cultura.elpais.com