Rappresaglia

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Rappresaglia (ITA)
Représailles (FRA)
O carrasco de Roma (BRA)
 Itália /  França
1973 •  cor •  110 min 
Género drama
Direção George P. Cosmatos
Roteiro George P. Cosmatos / Baseado no livro "Massacre in Rome", de Robert Katz.
Elenco Richard Burton
Marcello Mastroianni
Leo McKern
Idioma italiano / inglês

Rappresaglia (br: O carrasco de Roma) é uma co-produção ítalo-francesa, dirigida pelo cineasta italiano de ascendência grega George P. Cosmatos, que aborda um episódio da Segunda Guerra Mundial conhecido como "O Massacre das Grutas Ardeatinas". O roteiro, escrito pelo diretor, foi baseado no livro "Massacre em Roma" (Massacre in Rome), de Robert Katz.

Sinopse

Em 1944, quando Mussolini já caíra e os exércitos aliados avançavam pelo sul da Itália, guerrilheiros anti-fascistas (partigiani) tocaiaram um pelotão de guardas SS, em Roma, matando 33 deles. Em represália, os alemães fuzilaram 10 italianos para cada uma das vítimas do atentado. O massacre ocorreu nas Grutas Ardeatinas, cujas entradas foram, a seguir, dinamitadas para esconder a atrocidade.

A história do massacre é contada neste filme, sob a ótica do carrasco, ou seja, do Coronel-SS, Herbert Kappler - que organizou e executou os fuzilamentos - e sugere que o Papa Pio XII manteve-se alheio à situação, embora estivesse informado sobre o que iria acontecer com os civis italianos escolhidos pelos nazistas. Para equacionar o (possível) comprometimento da Igreja Romana nesse escabroso episódio, Cosmatos introduziu um personagem fictício no enredo (estranho ao livro de Robert Katz, no qual o filme se baseou), o padre Pietro Antonelli, que tudo faz para evitar a consumação da tragédia e acaba se imolando como um gesto de protesto pessoal.

Elenco

O filme e a História

  • Herbert Kappler é mostrado no filme como um homem cansado, desiludido com a causa nazista e que executa os fuzilamentos a contra-gosto porque, como militar, não pode contrapor-se a uma ordem de seus superiores hierárquicos. Na verdade, ele foi um nazista zeloso, escolhido, justamente por isso, para a missão. Durante sua permanência na Itália, Kappler organizou a deportação de milhares de italianos (sobretudo judeus) para os campos de morte nazistas.
  • O padre Pietro Antonelli (personagem fictício) é uma combinação de vários funcionários de Vaticano, dentre ele Monsenhor Hugh O'Flaherty (mostrado no filme O Escarlate e o Negro). Mas nenhum sacerdote católico foi fuzilado nesse episódio, muito menos como um gesto de sacrifício pessoal.
  • As vítimas SS do ataque guerrilheiro são exibidas no filme como soldados alemães. Na verdade, eles eram italianos fascistas (provenientes de Bolzano-Bozen, na Itália do Norte), que se alistaram nas Waffen-SS.
  • No filme, o general Kurt Maelzer (da Wehrmacht, o exército regular alemão) é mostrado dando ordens diretas às unidades SS e pessoalmente supervisando os preparativos para o massacre. Na verdade, as SS constituiam um poder militar paralelo, que possuia sua própria cadeia de comando, e foi através dela que as ordens para o massacre fluíram.
  • O coronel Dollmann nunca foi o superior direto de Kappler, como é apresentado no filme. Kappler respondia ao escritório do SS-Obergruppenführer, Karl Wolff, sediado em Roma. Mas Wolff não é mostrado ou mencionado no filme.

Ligações externas

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