São Cristóvão de Mondim de Basto

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Portugal Portugal São Cristóvão de Mondim de Basto 
  Freguesia  
Monumento aos Combatentes da Grande Guerra em Mondim de Basto
Monumento aos Combatentes da Grande Guerra em Mondim de Basto
Monumento aos Combatentes da Grande Guerra em Mondim de Basto
Símbolos
Bandeira de São Cristóvão de Mondim de Basto
Bandeira
Brasão de armas de São Cristóvão de Mondim de Basto
Brasão de armas
Gentílico Mondinense
Localização
São Cristóvão de Mondim de Basto está localizado em: Portugal Continental
São Cristóvão de Mondim de Basto
Localização de São Cristóvão de Mondim de Basto em Portugal
Coordenadas 41° 24' 44" N 7° 57' 11" O
Região Norte
Sub-região Ave
Distrito Vila Real
Município Mondim de Basto
Código 170505
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 23,39 km²
População total (2021) 2 971 hab.
Densidade 127 hab./km²
Altitude 199 m
Código postal 4880
Outras informações
Orago São Cristóvão
Sítio https://freguesiamondim.pt/
Site com Fotos de São Cristóvão de Mondim de Basto

São Cristóvão de Mondim de Basto é uma freguesia portuguesa do município de Mondim de Basto, com 23,39 km² de área[1] e 2971 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 127 hab./km².

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de São Cristóvão de Mondim de Basto[3]
AnoPop.±%
1864 1 718—    
1878 1 626−5.4%
1890 1 655+1.8%
1900 1 954+18.1%
1911 2 297+17.6%
1920 2 304+0.3%
1930 2 542+10.3%
1940 2 655+4.4%
1950 2 874+8.2%
1960 2 829−1.6%
1970 2 656−6.1%
1981 3 028+14.0%
1991 3 243+7.1%
2001 3 473+7.1%
2011 3 273−5.8%
2021 2 971−9.2%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 641 580 1676 576
2011 502 412 1714 645
2021 312 347 1540 772

História[editar | editar código-fonte]

Mondim de Basto, sede concelhia, integra a vila de Mondim de Basto, encosta-se à banda esquerda do rio Tâmega, assente em chãos de grande fertilidade, estendidos no sopé do Monte Farinha, que segura no cume o Santuário de Nossa Senhora da Graça.

Sendo o centro da vida económica e administrativa do seu concelho, a freguesia situa-se, paradoxalmente, no extremo ocidental do mesmo, sendo mesmo toda a fronteira dessa banda, de norte para sul, definida pelo rio Tâmega. Agrupando um conjunto de oito lugares que dão pelos nomes de Bouça, Campos (parte), Carrazedo, Mogo, Montão, Pedra vedra, Senhor da Ponte e Vilar de Viando, o seu termo ocupa uma extensão de superfície com a área de 2339 hectares, numa região onde se unem as duas províncias mais nortenhas do país: Minho e Trás – os – Montes.

Os montes próximos albergam ainda vestígios de povoações e construções de povos anteriores à romanização da Península. Por exemplo, no cerro do Monte Farinha há ainda menções e restos no local que testemunham a existência de três castros. Também próximo do lugar de campos se pode encontrar o castro do Castroeiro, onde o aroma e névoas dos tempos pré – históricos se podem ainda vislumbrar nos desenhos das construções definidos pelas pedras que teimam em servir de testemunhos das mãos que as colocaram em ordem construtiva. Mas o centro da vida política e militar dos povos dessas épocas centrava-se no castro localizado no monte de Palhaços, sendo o de Castroeiro um posto avançado dependente deste.

Da lenda faz parte a crença de que os Gregos e os Assírios teriam posto o pé na região de Mondim, facto, contudo, por comprovar, atendendo a falta de vestígios. Dada mais como certa é a chegada e presença dos Romanos, ainda no século II a C. com o cônsul Décio Junio Bruto a frente das suas legiões, vencendo a resistência oposta pelas tribos montanhesas, nomeadamente a dos Tamecanos, que se alojaram na celebre cidade de Cinínia, no alto do monte agora crismado pelo santuário da senhora da Graça. Incapazes de afastar o génio militar dos Romanos, estes povos acabaram por ser romanizados, beneficiando das melhorias técnicas introduzidas pelos homens do Império Romano. Melhor organização e exploração agrícola, construção de estradas e pontes, exploração de minas, técnicas de fabrico de novos materiais foram as mudanças implementadas. De todas estas inovações sobraram ecos para a nossa memória, como os vestígios de estrada em Pedravedra ou a ponte de Vilar de Viando, ou ainda a indústria de tijoleiras em Carrazedo.

Desaparecido o Império sob as hordas dos invasores bárbaros, parte deles de origem germânica, também na Península Suevos e Visigodos assentaram arraiais, de cuja presença, contudo, não ficou marca em Mondim. Os árabes sucederam – se na marcha da história da Península, mas nesta região apenas as lendas e histórias falam ainda de tesouros escondidos e mouras encantadas.

Assim, Mondim de Basto ressurgiria novamente nos anais após o nascimento de Portugal, a partir das convulsões da Reconquista Crista dos territórios árabes. Seria, pois, o segundo rei a reconhecer a importância das gentes deste povoado, conhecendo – lhes o seu foral, garantia de direitos e obrigações dos moradores, foral esse que seria confirmado por D. Manuel I, em 1514.

A freguesia foi designada apenas de Freguesia de "Mondim de Basto", esta denominação foi alterada para São Cristóvão de Mondim de Basto (anterior designação da freguesia). A restauração da antiga designação da freguesia foi aprovada pela Assembleia de Freguesia em abril de 2014, pelo motivo da denominação de Mondim de Basto originar distorções entre a denominação da freguesia e a do concelho, de modo a que haja distinção entre as duas entidades. Posteriormente foi aprovada pela Assembleia Municipal e a 17 de abril de 2015, pela Assembleia da República, foi publicada no Diário da República, pela Lei n.º 44/2015 de 4 de junho.[5]

Património[editar | editar código-fonte]

  • Capela do Senhor: A capela do senhor é um pequeno templo de granito de estrutura romântica e decoração barroca, onde o teto de madeira é esquartelado e pintado. De grande relevo são as molduras dos caixotões. No que respeita as imagens conserva-se apenas uma, do século XVI.
  • Igreja matriz: Em estilo românico e com um retábulo renascentista, a Igreja matriz, totalmente modificada, apresenta um portal lateral gótico. O corpo da nave é coberto por um teto de caixotões, num total de 75 molduras. O altar – mor enquadra um retábulo de talha dourada do século XVIII.
  • Capela de Nossa Senhora da Piedade: A capela de Nossa Senhora da Piedade tem nave de planta centrada, barroca e transladada do século XX. A imagem da padroeira em pedra é um aspeto particular a considerar.
  • Capela de São Bartolomeu: Edificada no século XVIII, a capela de São Bartolomeu sofreu uma profunda remodelação no século XX. De arquitetura barroca, possui um pequeno oratório, elevado a categoria de altar – mor.
  • Casa de Eiró: A Casa de Eiró é um edifício brasonado, do século XVIII, que se destaca do casario da vila e segue o tipo comum das residências regionais da época.
  • Parque de campismo: O parque de campismo é um dos pontos de referência de Mondim de Basto. Durante o Verão, este local enche-se de turistas atraídos pelas paisagens.

Atividades Económicas[editar | editar código-fonte]

Agricultura, pedreiras, comércio, serviços, pecuária, indústrias de transformação de madeira e serralharia civil.

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre São Cristóvão de Mondim de Basto

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  5. da denominação da freguesia de «Mondim de Basto», no Município de Mondim de Basto, para «São Cristóvão de Mondim de Basto», Diário da República, 1.ª série — N.º 108, — 4 de Junho de 2015
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