Scipione Domenico Fabbrini

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Scipione Domenico Fabbrini
Monsenhor, Diplomata da Santa Sé
Internúncio apostólico no Brasil
Atividade eclesiástica
Diocese Nunciatura apostólica no Brasil
Nomeação 28 de novembro de 1840
Predecessor Pietro Ostini
Sucessor Ambrogio Campodonico
Mandato 1840-1841
Ordenação e nomeação
Dados pessoais
Nascimento Toscana
Morte Rio de Janeiro
7 de janeiro de 1841
Nacionalidade italiano
Funções exercidas -Encarregado de negócios no Brasil (1832-1840)
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Scipione Domenico Fabbrini (Toscana, ? - Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1841) foi um advogado, diplomata e presbítero italiano da Igreja Católica, Internúncio apostólico no Brasil.

Vida inicial e presbiterado[editar | editar código-fonte]

Ele veio da Toscana para o Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, chegando em 1829 com o internúncio apostólico, Pietro Ostini, tornando-se auditor da internunciatura. Quando em 1832 Ostini se tornou núncio apostólico na Áustria, a direção da instituição brasileira foi assumida pelo Padre Fabbrini.[1][2]

Por comunicação oficial expedida em 1 de setembro de 1832, a Secretaria de Estado da Santa Sé confirmava à Regência Imperial a permanência do Monsenhor Fabbrini como Encarregado de negócios à frente da nunciatura apostólica no Brasil, assegurando, contudo, que o grau de 1ª classe com que a nunciatura foi instituída anos antes permanecia inalterado.[1]

Em 1833, teve que lidar com a reprovação da Santa Sé ao nome de Antônio Maria de Moura como bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro e a indisposição de Diogo Antônio Feijó, ambos defensores do fim do celibato clerical no país, o que desagradava a Igreja.[3]

Remeteu uma relação dos indivíduos filiados à Congrega della Giovine Itália, associação a qual pertenceu Giuseppe Garibaldi, no Rio de Janeiro. A lista, com dados imprecisos sobre cada um, foi feita por Gennaro Merolla, cônsul-geral do Reino de Nápoles no Rio de Janeiro e passada a Fabbrini, em maio de 1838.[4]

Em 28 de novembro de 1840, por decisão do Papa Gregório XVI, tornou-se oficialmente internúncio apostólico no Brasil.[5][6] Contudo, morreu em 7 de janeiro de 1841, sem ter tomado conhecimento de sua promoção nem ter sido elevado a arcebispo.[1]

Referências

  1. a b c Accioly, op. citada
  2. «BRASILE RELAZIONI CON LO STATO PONTIFICIO 1831-1857; STATO PONT» (em italiano). Rassegna storica del Risorgimento. Consultado em 6 de maio de 2019 
  3. Gustavo Barroso (1993). Livros Históricos Banidos em Português. Porto Alegre: Revisão Editora Ltda. p. 9 
  4. Everbel, Carlos; Bones, Elmar (1996). Luiz Rossetti: o editor sem rosto e outros aspectos da Imprensa no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: COPESUL/L&PM. p. 84 
  5. «Histórico dos Núncios no Brasil». Site da Nunciatura Apostólica no Brasil 
  6. De Marchi, Giuseppe (1957). Le nunziature apostoliche dal 1800 al 1956 (em italiano). Roma: Edizioni di Storia e letteratura. p. 75-76. ISBN 9788884989284 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Accioly, Hildebrando Pompeo Pinto (1949). Os primeiros núncios no Brasil. Col: Coleção Tropico. vol. 2. São Paulo: Instituto Progresso Editorial. p. 299-320 
  • Pásztor, Ludwig (1968). La Congregazione degli Affari Ecclesiastici Straordinari tra il 1814 e il 1850. Col: Archivium Historiae Pontificiae. vol. VI. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Pietro Ostini

Internúncio apostólico no Brasil

18401841
Sucedido por
Ambrogio Campodonico