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São Cristóvão-Neves-Anguila

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Saint Christopher-Nevis-Anguilla
São Cristóvão-Neves-Anguila

Colónia britânica


 

 

1882 – 1983
 

 

Flag Brasão
Bandeira (1967–1983) Brasão
Hino nacional
God Save the Queen (real)
O Land of Beauty (São Cristóvão e Neves)
God Bless Anguilla (Anguila)


Localização de São Cristóvão-Neves-Anguila
Localização de São Cristóvão-Neves-Anguila
Continente América
Região Caraíbas
Capital Basseterre (território)
Charlestown (Neves)
The Valley (Anguila)
Língua oficial Inglês
Outros idiomas Crioulo de São Cristóvão e Neves
Crioulo anguilano
Governo Território ultramarino (com autonomia interna a partir de 1961)
Rainha
 • 1882-1901 (primeiro) Vitória
 • 1952-1983 (último) Isabel II
Governador
 • 18821885 (primeiro) Charles Monroe Elridge
 • 1981-1983 (último) Clement Arrindell
História
 • 16 de Junho de 1882 Formação
 • 19 de setembro de 1983 Dissolução
Área 351 km²
Moeda Dólar das Caraíbas Orientais (português europeu) ou Dólar do Caribe Oriental (português brasileiro)

São Cristóvão-Neves-Anguila[nota 1] (em inglês: Saint Christopher-Nevis-Anguilla) foi um território ultramarino do Reino Unido, situado no mar das Caraíbas (português europeu) (mar do Caribe (português brasileiro)), de 1882 á 1983.[1] Em 1958, tornou-se uma província da Federação das Índias Ocidentais. Quando a federação regional de ilhas britânicas se desmembrou em 1962, São Cristóvão-Neves-Anguila envolveu-se em várias tentativas de reformação de uma nova união caribenha.

Em 1967, foi dada autonomia interna ao território de São Cristóvão-Neves-Anguila, Em 1971, a ilha de Anguila requisitou separar-se da união; em 1980 este pedido foi formalizado, resultando na Federação de São Cristóvão e Neves, A entidade acabaria por se tornar o independente em 1983. Atualmente, Anguila continua a ser um território ultramarino britânico[2].

As ilhas de São Cristóvão e Nevis foram colônias britânicas desde o século XVII, embora sempre tenham sido administradas separadamente. A união de São Cristóvão e Nevis foi proposta já em 1867, quando o capitão James George Mackenzie foi nomeado vice-governador de São Cristóvão com o mandato de buscar uma fusão das administrações das duas ilhas. Esta proposta encontrou forte oposição, no entanto, e foi retirada no ano seguinte.[3] Em 1871, São Cristóvão e Nevis tornaram-se presidências da Colônia Federal das Ilhas de Sotavento, com Anguila sendo anexada a São Cristóvão como dependência no mesmo ano. No entanto, em 1882, a legislatura das Ilhas de Sotavento Britânicas aprovou uma legislação fundindo as duas presidências, formando uma Presidência combinada de São Cristóvão e Nevis.[4]

Em 1951, o nome da colônia foi alterado para incluir Anguila. A Colônia das Ilhas de Sotavento foi dissolvida em 1958, devido às frequentes tensões entre seus membros. De 1958 a 1962, São Cristóvão-Nevis-Anguilla foi uma província da Federação das Índias Ocidentais, elegendo dois membros para a Câmara dos Representantes e tendo também dois senadores, nomeados pelo Governador-Geral.[5]

Em 1967, o território de São Cristóvão-Nevis-Anguilla obteve plena autonomia interna, como Estado Associado do Reino Unido. O Reino Unido manteve a responsabilidade pela defesa e pelos assuntos externos, enquanto um novo sistema judicial foi estabelecido, a Suprema Corte dos Estados Associados das Índias Ocidentais (embora o Conselho Privado continuasse a ser o mais alto tribunal de recurso).[6]

Mais tarde, em 1967, os líderes de Anguila expulsaram a polícia da Federação da ilha e declararam a sua independência como República de Anguila.[7] Em 7 de novembro de 1970, uma comissão liderada por Hugh Wooding, ex-presidente do Supremo Tribunal de Trinidade e Tobago, publicou um relatório que recusava por unanimidade a ideia de Anguila independente e o retorno do status de colônia britânica e recomendava que a ilha permanecesse um parte de São Cristóvão-Neves-Anguilla.[8] O relatório foi bem recebido por Robert Llewellyn Bradshaw, mas o Conselho de Anguila o rejeitou.[8] O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, Joseph Godber, declarou na Câmara dos Comuns do Reino Unido que o seu governo analisará o relatório à luz das discussões com todas as partes interessadas e que nenhuma decisão inaceitável para o povo de Anguila será tomada.[8] Seguiu-se uma série de acordos provisórios que resultaram no governo direto da ilha pela Grã-Bretanha, embora não tenha sido formalmente separada até dezembro de 1980, quando foi transformada em uma colônia separada da Coroa.[9][10]

Neves também tentou separar-se da federação em várias ocasiões, mas os líderes da ilha não tiveram sucesso nos seus esforços. No entanto, conseguiram garantir maior autonomia para Neves nos anos que antecederam a independência, que ocorreu em Setembro de 1983, após um atraso de vários anos para permitir negociações.[11] Sir Frederick Albert Phillips, o primeiro governador de Saint Christopher-Nevis-Anguilla, escreveu em 2013:[4]

Lista de administradores

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De 1882 a 1958, o administrador da federação esteve sob a jurisdição mais ampla do Governador das Ilhas de Sotavento Britânicas. De 1958 a 1962, o administrador foi responsável perante o Governador-Geral da Federação das Índias Ocidentais.

Administrador

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Lista de chefes de governo

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Ministro-chefe

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Primeiro-ministro

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  1. Pode ocorrer em português a forma inglesa coloquial Saint Kitts. Existem as formas anglicizadas Nevis ou Névis e Anguilla, bem como o aportuguesamento alternativo Neves e Anguilha.
  1. «Saint Kitts and Nevis - Caribbean, Colonization, Independence | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2023 
  2. «St Kitts-Nevis Independence (1982-1983) - Archives Hub». archiveshub.jisc.ac.uk. Consultado em 22 de novembro de 2023 
  3. Kodilinye, Gilbert (1999). Commonwealth Caribbean Constitutional Law (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  4. a b Phillips, p. 129
  5. «West Indies Federation». Caribbean Elections. Cópia arquivada em 10 de dezembro de 2016 
  6. Hatchard, John (2003). Directory of Commonwealth Law Schools 2003-2004 (em inglês). [S.l.]: Cavendish 
  7. Abbott, George C. (janeiro de 1971). «Political Disintegration: The Lessons of Anguilla». Government and Opposition (em inglês) (1): 58–74. ISSN 0017-257X. doi:10.1111/j.1477-7053.1971.tb00812.x. Consultado em 22 de novembro de 2023 
  8. a b c Milutin Tomanović (1971) Hronika međunarodnih događaja 1970. p. 2461
  9. Minahan, James B. (23 de dezembro de 2009). The Complete Guide to National Symbols and Emblems [2 volumes] (em inglês). [S.l.]: ABC-CLIO 
  10. Hubbard, Vincent K. (2002). A history of St Kitts : the sweet trade. Internet Archive. [S.l.]: Oxford : Macmillan 
  11. Phillips, pp. 131–133