The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds

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The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds
The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds
Cartaz promocional do filme.
No Brasil O Preço da Solidão
Em Portugal A Influência dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas[a]
 Estados Unidos
1972 •  cor •  101 min 
Gênero drama
Direção Paul Newman
Produção Paul Newman
Produção executiva John Foreman
Roteiro Alvin Sargent
Baseado em The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds
peça teatral de 1964
de Paul Zindel
Elenco Joanne Woodward
Música Maurice Jarre
Cinematografia Adam Holender
Direção de arte Gene Callahan
Figurino Anna Hill Johnstone
Marilyn Putnam
Edição Evan A. Lottman
Companhia(s) produtora(s) Newman-Foreman Co.
Distribuição 20th Century-Fox
Lançamento
  • 20 de dezembro de 1972 (1972-12-20) (Nova Iorque)[3]
Idioma inglês

The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (bra: O Preço da Solidão; prt: A Influência dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas)[4][5][6] é um filme estadunidense de 1972, do gênero drama, dirigido por Paul Newman, estrelado por Joanne Woodward, e coestrelado por Nell Potts e Roberta Wallach. O roteiro de Alvin Sargent foi baseado na peça teatral homônima de 1964, de Paul Zindel, que ganhou o Prêmio Pulitzer pela obra em 1971.[3]

A trama retrata a história de uma mulher desajustada na meia-idade que enfrenta desafios para criar suas duas filhas, uma garota popular rebelde e uma tímida estudante de ciências.[7][8][9]

A produção marcou a estreia cinematográfica de Roberta Wallach, assim como o último trabalho de Nell Potts no cinema.[3]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Beatrice Hunsdorfer (Joanne Woodward) é uma viúva que se sente profundamente infeliz em sua vida, e isso a leva a nutrir desprezo por todos ao seu redor. Ela evita assumir responsabilidade por seus problemas, preferindo culpar todos, especialmente seu falecido marido, que a abandonou antes de morrer.

Beatrice sonha com uma vida melhor, fantasiando sobre abrir uma casa de chá, onde venderia seu suposto cheesecake. No entanto, enquanto realisticamente não consegue alcançar esse sonho, ela passa todo o seu tempo em sua casa decadente e negligenciada fumando, bebendo, lendo os classificados no jornal e cuidando de Nanny (Judith Lowry), sua pensionista idosa, que serve como sua única fonte de renda.

Sua filha mais velha, Ruth Hunsdorfer (Roberta Wallach), está ciente da má reputação que sua mãe tem na cidade. Apesar de exibir um comportamento rebelde típico da adolescência, Ruth parece destinada a seguir os passos de sua mãe. Já sua filha mais nova, Matilda "Tillie" Hunsdorfer (Nell Potts), é uma jovem quieta, tímida, porém inteligente. Ela recebe apoio de seu professor, Sr. Goodman (David Spielberg), para alcançar excelência acadêmica.

A dinâmica disfuncional da família é colocada à prova quando se aproxima a cerimônia de premiação da feira de ciências da escola. O projeto de Tillie – que explora os efeitos de pequenas quantidades de raios gama do cobalto-60 nas sementes de cravos-de-defunto, levando algumas a morte e transformando outras em belas mutações, completamente diferentes das plantas originais – é classificado entre os cinco finalistas, o que destaca as tensões e complexidades presentes entre elas.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Joanne Woodward como Beatrice Hunsdorfer
  • Nell Potts como Matilda "Tillie" Hunsdorfer
  • Roberta Wallach como Ruth Hunsdorfer
  • Judith Lowry como Nanny
  • David Spielberg como Sr. Goodman
  • Richard Venture como Floyd
  • Carolyn Coates como Sra. McKay
  • Will Hare como Lixeiro
  • Estelle Omens como Caroline
  • Jess Osuna como Sonny
  • Ellen Dano como Janice Vickery
  • Lynne Rogers como Srta. Hanley
  • Roger Serbagi como Charlie
  • John Lehne como Gerente de Apartamento
  • Michael Kearney como Chris Burns
  • Dee Victor como Srta. Wyant

Produção[editar | editar código-fonte]

Vagamente inspirada na infância de Paul Zindel e em sua carreira como professor de ciências do ensino médio, a peça teatral que baseou o roteiro do filme estreou originalmente em 1964, no Texas, seguida por sua estreia em Westport, Connecticut, dois anos depois. Em 7 de abril de 1970, a peça estreou na Broadway, em Nova Iorque.[3]

Em 8 de junho de 1970, Zindel ainda estava negociando os direitos da obra simultaneamente com dois produtores, com Newman os adquirindo no final. A outra versão teria sido produzida por Richard Roth, dirigida por Alan J. Pakula, e estrelada por Maureen Stapleton.[10]

A atriz Judith Lowry, que interpretou "Nanny" na produção da Broadway, reprisou seu papel para o filme. Carolyn Coates, que desempenhou a "Sra. McKay" no filme, interpretou a personagem principal em outra produção da peça em Nova Iorque.[10]

Apesar de ter sido ambientada originalmente em Staten Island, Nova Iorque, o diretor Paul Newman decidiu mudar as locações para Bridgeport, Connecticut, porque ficava a apenas 17 minutos de sua casa em Westport.[11]

Newman escalou sua esposa, Joanne Woodward, e uma de suas filhas, Nell Potts, para dois dos papéis principais. Roberta Wallach, filha de Eli Wallach, foi escalada para o terceiro papel principal.[10]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Em 28 de abril de 1975, durante uma entrevista para o jornal The New York Times, Joanne Woodward afirmou que não gostou de fazer o filme por motivos pessoais, afirmando ter sido "muito alienante".[3]

Vincent Canby, em sua crítica para o The New York Times, observou: "The Effect of Gamma Rays não é um filme estúpido. Os talentos de todos os que estão ligados a ele são inconfundíveis, inclusive os do Sr. Newman, um diretor de estilo simples e direto. A questão é que o material básico exige uma espécie de desempenho corajoso de segunda categoria de todos, desde o designer de produção até os atores. Não há como minimizá-lo. Em alguns momentos, tive a sensação de que a Srta. Woodward estava fazendo um teste para o papel de Sadie Thompson, e que a Srta. Wallach estava ocasionalmente na competição. Apenas Nell Potts (na vida privada, filha da Srta. Woodward e do Sr. Newman) é permitida a atuar em um ritmo razoável. É uma atuação adorável e solene em um filme que, de outra forma, consegue ser ao mesmo tempo muito estéril e muito ocupado, como a própria Beatrice".[12]

Roger Ebert, para o Chicago Sun-Times, deu ao filme 3/4 estrelas, afirmando que a produção "é contundente o suficiente para ser menos deprimente do que parece", e observou que "o desempenho de Joanne Woodward não é como nada que ela já fez antes ... É um aviso de que ela é capaz de experimentar papéis que vão contra seu tipo e fazê-los funcionar". Ele acrescentou: "A direção de Paul Newman é discreta; ele dirige como esperamos que um ator dirija, procurando o conteúdo dramático de uma cena em vez de seu estilo visual ... E a atuação de Nell Potts é extraordinária. Ela brilha".[13]

A revista Variety comentou: "Newman acertou em tudo aqui como diretor, permitindo que a história e os atores se desdobrem com simplicidade, contenção e discernimento".[14] A Time Out chamou o filme de "uma adaptação envolvente" da peça "que vê a direção fria e lúcida de Paul Newman transformando o que poderia ter sido um drama doméstico pretensioso em um relato emocionante das pequenas alegrias em vidas tristes e estagnadas ... Potts rouba o filme, mas o que o torna tão cativante é a relutância de Newman em sentimentalizar".[15]

No Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, 77% das 13 críticas do filme são positivas, com uma classificação média de 7,3/10.[16]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Ano Cerimônia Categoria Indicado Resultado Ref.
1972 National Board of Review Top Ten Films (Os Dez Melhores Filmes do Ano) 6.º Lugar [17]
1973 Globo de Ouro Melhor atriz em filme dramático Joanne Woodward Indicada [18]
Festival de Cinema de Cannes Grand Prix du Festival International du Film "The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds" Indicado [19]
Melhor atriz Joanne Woodward Venceu [20]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Embora "margaridas" esteja presente em seu título em Portugal, o gênero de flor retratado no filme é a Tagetes. No Brasil, sua espécie é mais conhecida como "cravo-de-defunto";[1] em Portugal, é conhecida como "cravo-de-tunes" ou "cravo-túnico".[2]

Referências

  1. «Tagetes | Definição ou significado de tagetes no Dicio». Brasil: Dicio: Dicionário Online de Português. Consultado em 23 de abril de 2024 
  2. «Cravo-de-tunes | Definição ou significado de cravo-de-tunes no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Portugal: Infopédia – Dicionários Porto Editora. Consultado em 23 de abril de 2024 
  3. a b c d e «The First 100 Years 1893–1993: The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972)». American Film Institute Catalog. Consultado em 24 de abril de 2024 
  4. «O Preço da Solidão (1972)». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 23 de abril de 2024 
  5. «O Preço da Solidão (1972)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 23 de abril de 2024 
  6. «A Influência dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas (1972)». Portugal: Público. Consultado em 23 de abril de 2024 
  7. Hobart, Tana. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972)». AllMovie. Consultado em 24 de abril de 2024 
  8. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972)». MUBI. Consultado em 23 de abril de 2024 
  9. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  10. a b c «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 24 de abril de 2024 
  11. «Home, Sweet Home for Newman». Connecticut Sunday Herald. Norwalk. 30 de julho de 1972. p. 28. Consultado em 23 de abril de 2024 – via Google Notícias 
  12. Canby, Vincent (21 de dezembro de 1972). «For 'Gamma Rays', Another Opening...». The New York Times. Consultado em 23 de abril de 2024 
  13. Ebert, Roger (10 de abril de 1973). «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds». RogerEbert.com. Chicago Sun-Times. Consultado em 23 de abril de 2024 
  14. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds». Variety. 31 de dezembro de 1971. Consultado em 23 de abril de 2024 
  15. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds». Time Out. 30 de maio de 2012. Consultado em 23 de abril de 2024 
  16. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 23 de abril de 2024 
  17. «National Board of Review (1972) – Awards and Nominations». MUBI (em inglês). Consultado em 23 de abril de 2024 
  18. «The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds (1972) – Golden Globes». Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Consultado em 23 de abril de 2024 
  19. «Festival de Cannes | Official Selection 1973». Festival de Cannes. Consultado em 23 de abril de 2024. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2013 
  20. «Festival de Cannes: The Effect of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds». Festival de Cannes. Consultado em 23 de abril de 2024