The Slider

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The Slider
Álbum de estúdio de T. Rex
Lançamento 21 de julho de 1972 (1972-07-21)
Gravação Março–abril de 1972
Estúdio(s) Rosenberg, Copenhague
Château d'Hérouville
Elektra, Los Angeles
Gênero(s) Glam rock
Duração 53:52
Idioma(s) Inglês
Formato(s) Vinil
Gravadora(s)
Produção Tony Visconti
Cronologia de T. Rex
Electric Warrior
(1971)
Tanx
(1973)
Singles de The Slider
  1. "Telegram Sam"
    Lançamento: 21 de janeiro de 1972
  2. "Metal Guru"
    Lançamento: Maio de 1972

The Slider é o terceiro álbum de estúdio da banda britânica de rock T. Rex e o sétimo desde sua estreia como Tyrannosaurus Rex em 1968. Foi lançado em 21 de julho de 1972 pela gravadora EMI no Reino Unido e pela gravadora Reprise nos Estados Unidos. Dois singles, "Telegram Sam" e "Metal Guru", foram lançados para promover o álbum.

O álbum recebeu elogios da crítica e alcançou o número 4 na parada do Reino Unido e o número 17 nos Estados Unidos, se tornando seu álbum de maior sucesso na América do Norte.

Produção[editar | editar código-fonte]

Gravação[editar | editar código-fonte]

Por recomendação de Elton John, o álbum foi gravado no Château d'Hérouville, fora de Paris, para evitar as leis tributárias britânicas.[1] A produção começou em março de 1972 e as gravações foram concluídas no estúdio Strawberry em cinco dias.[1][2] Uma das músicas gravadas no Château foi a faixa de abertura "Metal Guru".[2]

Outras gravações foram feitas no final de março no estúdio Rosenberg em Copenhague.[2] Os vocais de apoio de Howard Kaylan e Mark Volman foram gravados no estúdio Elektra, em abril.[2]

Como todos os álbuns anteriores do T. Rex, The Slider foi produzido por Tony Visconti.

Capa[editar | editar código-fonte]

As notas do álbum creditam a Ringo Starr as fotos da capa e da contracapa. As fotografias foram tiradas no mesmo dia das filmagens para o documentário Born to Boogie, na casa de John Lennon, Tittenhurst Park. O produtor Tony Visconti, no entanto, contesta que Starr tirou as fotos, afirmando "Marc [Bolan] me entregou sua câmera e me pediu que 'disparasse dois rolos de filme preto e branco' enquanto estávamos no set de Born to Boogie. Ringo, o diretor do filme, estava ocupado o dia todo alinhando as fotos. Mas Marc aparentemente viu um oportunidade de dar a Ringo o crédito pelas fotos."[3]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

Dois singles foram lançados para promover The Slider. O primeiro foi "Telegram Sam", que foi lançado em janeiro de 1972 e ficou nas paradas do Reino Unido por doze semanas, chegando ao número 1.[4][5] "Telegram Sam" também alcançou a posição 67 nas paradas estadunidenses.[6] O segundo single foi "Metal Guru", que foi lançado em maio de 1972 e ficou nas paradas do Reino Unido por quatorze semanas, alcançando o número 1.[4][5] Acabou não entrando nas paradas dos Estados Unidos.[6]

The Slider foi lançado em 21 de julho de 1972 pelas gravadoras EMI no Reino Unido e Reprise nos Estados Unidos. Ele entrou na parada de álbuns do Reino Unido em 5 de agosto de 1972, onde permaneceu por dezoito semanas, chegando ao número 4.[7] Nos Estados Unidos, alcançou o número 17 na parada Billboard Top LPs & Tapes.[6]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Críticas contemporâneas[editar | editar código-fonte]

A partir de críticas contemporâneas, Richard Williams do Times revisou o álbum ao lado de Never a Dull Moment de Rod Stewart, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars de David Bowie e o autointitulado de Roxy Music.[8] Williams considerou Bolan "o menos obviamente talentoso"[8] e considerou também que o "alcance estreito e a repetitividade musical" da música não importava, pois tornava "seus discos imediatamente reconhecíveis no rádio" O revisor continua: o álbum "está cheio de canções de uma leveza que é maravilhosa de se ver. Mas a intimidade silenciosa da entrega vocal de Bolan ajuda a uma palavra fazer o trabalho de dez – particularmente quando combinada com seu dom de cunhar imagens estranhamente atraentes".[8] Williams também elogiou o trabalho de Tony Visconti, declarando: "Estou inclinado a pensar que é Visconti mais do que qualquer um, responsável pelo sucesso de Bolan; seus arranjos e produção dão ao trabalho de T. Rex uma qualidade que o líder do grupo nunca poderia ter alcançado sozinho."[8]

Ben Edmonds da Creem sentiu que depois de "Telegram Sam" e "Metal Guru", "não há outro single no álbum."[9] Edmonds achou as outras faixas do álbum "uma espécie de solavancos de faixa para faixa [...] O resto do material é bom, mas meio sem brilho, e Bolan não ajuda muito com uma seção rítmica terrivelmente comum e pela percussão inexistente de Mickey Finn. Se você ainda não é um fanático por T. Rex, então The Slider não vai fazer de você um."[9] Loraine Alterman do New York Times comentou sobre as letras que "sem dúvida soariam bastante profundas para ouvidos [de adolescentes] de 14 anos" e que "é um longo, longo caminho de 'Ballrooms of Mars' de Bolan para 'Byzantium' dos Yeats."[10]

Críticas retrospectivas[editar | editar código-fonte]

Em sua revisão, Steve Huey, do AllMusic, escreveu: "Mesmo que pise em grande parte do mesmo terreno que Electric Warrior, The Slider é executado com perfeição e é o clássico que seu antecessor é".[11] Andy Beta do Pitchfork deu ao álbum nota 9,5/10, e escreveu que o álbum "marcou tanto a direção quanto a aproximação iminente da borda do penhasco para a 'T. Rextasy'. Gravado em um castelo em ruínas na França [em referência ao Château], ele capturou Bolan como o rei do glam na altura absoluta de seus poderes." O L.A. Weekly elogiou o álbum como "uma obra-prima assombrosamente única"[12]

Legado[editar | editar código-fonte]

Johnny Marr, dos Smiths, citou-o como um de seus álbuns favoritos, dizendo: "The Slider saiu e tinha 'Metal Guru'. Foi uma música que mudou minha vida, pois eu nunca tinha ouvido nada tão bonito e tão estranho; mas ainda assim tão cativante. 'Telegram Sam' também estava nesse álbum e a coisa toda era estranhamente assustadora e tinha uma atmosfera estranha, considerando que era um disco número um e eles eram essencialmente uma banda de 'teeny-bop'".[13] Gary Numan também o saudou entre seus favoritos: "Música após música após música [...] e a faixa-título; não é uma faixa típica para o título de um álbum. Você normalmente escolheria um dos grandes singles e "The Slider" tem um lento groove preguiçoso. É simplesmente ótimo. É apenas a faixa mais sexy".[14]

"Ballrooms of Mars" foi apresentado no filme Escola de Rock, também apareceu no filme Dallas Buyers Club.

Faixas[editar | editar código-fonte]

Todas as faixas escritas e compostas por Marc Bolan

Lado A
N.º Título Duração
1. "Metal Guru"   2:25
2. "Mystic Lady"   3:09
3. "Rock On"   3:26
4. "The Slider"   3:22
5. "Baby Boomerang"   2:17
6. "Spaceball Ricochet"   3:37
7. "Buick Mackane"   3:31
Lado B
N.º Título Duração
1. "Telegram Sam"   3:42
2. "Rabbit Fighter"   3:55
3. "Baby Strange"   3:03
4. "Ballrooms of Mars"   4:09
5. "Chariot Choogle"   2:45
6. "Main Man"   4:14

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

T. Rex

  • Marc Bolan – vocal, guitarra
  • Mickey Finn – vocais de apoio, percussão
  • Steve Currie – baixo
  • Bill Legend – bateria

Músicos adicionais

  • Howard Kaylan – vocais de apoio
  • Mark Volman – vocais de apoio

Produção

Paradas[editar | editar código-fonte]

Paradas (1972) Melhor posição
Austrália Austrália (Kent Music Report)[15] 13
Reino Unido Reino Unido (OCC) 4
Estados Unidos Estados Unidos (Billboard 200) 17

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Paytress 2002, pp. 208.
  2. a b c d Paytress 2002, pp. 209.
  3. «Tony Visconti v.3.0». web.archive.org. 18 de março de 2004. Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  4. a b Paytress 2002, pp. 341.
  5. a b Warwick 2004, pp. 1082. Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "FOOTNOTEWarwick20041082" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  6. a b c «Album Search for "the slider"». AllMusic (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  7. Warwick 2004, pp. 1083.
  8. a b c d Williams 1972.
  9. a b Edmonds 1972.
  10. Alterman 1972.
  11. The Slider - T. Rex | Songs, Reviews, Credits | AllMusic (em inglês), consultado em 18 de janeiro de 2022 
  12. Clayton, Chuck (15 de fevereiro de 2006). «T. Rex, Baby.». LA Weekly (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  13. «The Quietus | Features | Baker's Dozen | Rubber Rings: Johnny Marr's Favourite Albums». The Quietus (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  14. «The Quietus | Features | Baker's Dozen | Music For A Chameleon: Gary Numan's 13 Favourite Albums». The Quietus (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  15. Kent, David (1993). Australian chart book 1970-1992. St Ives, N.S.W.: Australian Chart Book. OCLC 38338297