Tiroteio em massa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aaron Alexis segurando uma espingarda durante o tiroteio no Washington Navy Yard nos Estados Unidos

Tiroteio em massa é um tipo de assassinato em massa em que um ou mais agressores matam ou ferem vários indivíduos simultaneamente usando uma arma de fogo. Não existe uma definição amplamente aceita de “tiroteio em massa” e diferentes organizações que rastreiam tais incidentes usam definições diferentes. As definições excluem a guerra e, por vezes, excluem casos de violência de gangues, assaltos à mão armada, familicídios e terrorismo.

Nos Estados Unidos, o país com o maior número de tiroteios em massa, a Lei de Assistência Investigativa para Crimes Violentos de 2012 define os assassinatos em massa como três ou mais assassinatos num único incidente.[1] Um relatório de 2013 do Serviço de Investigação do Congresso dos Estados Unidos especifica quatro ou mais assassinatos de vítimas indiscriminadas, ao mesmo tempo que exclui a violência cometida como meio para atingir um fim, como o roubo ou o terrorismo.[2] Meios de comunicação como a CNN e alguns grupos de pesquisa sobre violência criminal, como o Gun Violence Archive, definem tiroteios em massa como envolvendo "quatro ou mais feridos ou mortos por tiro em um único incidente, no mesmo horário e local geral, sem incluir o atirador".[3] A revista Mother Jones define tiroteios em massa como ataques indiscriminados que matam três ou mais indivíduos, excluindo o perpetrador, violência de gangues e assalto à mão armada.[4][5] Um estudo australiano de 2006 especifica cinco indivíduos mortos para definiri esse tipo de crime.[6]

O motivo para tiroteios em massa (que ocorrem em locais públicos) geralmente é que eles são cometidos por indivíduos profundamente descontentes que buscam vingança por fracassos escolares/acadêmicos, profissionais ou pessoais[7] ou que buscam fama ou atenção,[8] sendo que pelo menos 16 atiradores em massa desde o Massacre de Columbine citaram "fama" ou "notoriedade" como motivo para cometer tal ato.[9] Os que buscam a fama têm, em média, mais que o dobro do número de corpos, e muitos articularam o desejo de superar os “recordes anteriores”.[9]

Por país[editar | editar código-fonte]

Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil tem uma das taxas mais altas de violência armada do mundo, e os tiroteios em massa tornaram-se mais comuns nos últimos anos. Em 2022, ocorreram pelo menos 10 tiroteios em massa no Brasil, resultando na morte de mais de 50 pessoas. Além disso, em 2017, ocorreram mais de 45 mil homicídios relacionados com armas de fogo em todo o país.[10]

Entre os tiroteios em massa notáveis no Brasil estão:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Text - H.R.2076 - 112th Congress (2011–2012): Investigative Assistance for Violent Crimes Act of 2012». www.congress.gov. 14 de janeiro de 2013. Consultado em 14 de junho de 2021. Arquivado do original em 14 de junho de 2021 
  2. Bjelopera, Jerome P. (18 de março de 2013). «Public Mass Shootings in the United States: Selected Implications for Federal Public Health and Safety Policy» (PDF). CRS Report for Congress. Congressional Research Service. Consultado em 8 de dezembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 9 de setembro de 2013  "There is no broadly agreed-to, specific conceptualization of this issue, so this report uses its own definition for public mass shootings."
  3. «General Methodology | Gun Violence Archive». www.gunviolencearchive.org. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  4. Follman, Mark; Aronsen, Gavin; Pan, Deanna. «US mass shootings, 1982–2022: Data from Mother Jones' investigation». Mother Jones (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2022. Arquivado do original em 30 de maio de 2019 
  5. Follman, Mark; Aronsen, Gavin; Pan, Deanna. «A Guide to Mass Shootings in America». Mother Jones (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2022. Arquivado do original em 28 de maio de 2019 
  6. Chapman, S. (Dezembro de 2006). «Australia's 1996 gun law reforms: faster falls in firearm deaths, firearm suicides, and a decade without mass shootings». Injury Prevention. 12 (6): 365–72. PMC 2704353Acessível livremente. PMID 17170183. doi:10.1136/ip.2006.013714 
  7. Fox & DeLateur. Mass shootings in America: moving beyond Newtown Arquivado em 2021-06-02 no Wayback Machine. Homicide Studies, Vol 8(1), pp 125–145.
  8. Lankford, Adam (1 de março de 2016). «Fame-seeking rampage shooters: Initial findings and empirical predictions». Aggression and Violent Behavior (em inglês). 27: 122–129. ISSN 1359-1789. doi:10.1016/j.avb.2016.02.002. Consultado em 12 de julho de 2022. Cópia arquivada em 25 de julho de 2019 
  9. a b «Are the Media Making Mass Shootings Worse?». 16 de setembro de 2022. Consultado em 13 de outubro de 2022. Arquivado do original em 13 de outubro de 2022 
  10. Malta, Deborah Carvalho; Soares Filho, Adauto Martins; Pinto, Isabella Vitral; de Souza Minayo, Maria Cecília; Lima, Cheila Marina; Machado, Ísis Eloah; Teixeira, Renato Azeredo; Neto, Otaliba Libânio Morais; Ladeira, Roberto Marini (30 de setembro de 2020). «Association between firearms and mortality in Brazil, 1990 to 2017: a global burden of disease Brazil study». Population Health Metrics. 18 (1). 19 páginas. ISSN 1478-7954. PMC 7525968Acessível livremente. PMID 32993706. doi:10.1186/s12963-020-00222-3Acessível livremente 
  11. «Boy, 16, 'wore swastika' during fatal school shootings in Brazil | Brazil | The Guardian». amp.theguardian.com. Consultado em 14 de abril de 2023