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Erica Malunguinho (Recife, 20 de novembro de 1981) é uma artista, educadora, trans-ativista e fundadora da Aparelha Luzia, quilombo urbano na cidade de São Paulo.

Nascida em Pernambuco, aos 19 anos se muda para São Paulo onde trabalhou por muitos anos na área da educação, atuando na formação de professores em temas ligados à arte, cultura e política. Hoje, a artista plástica e Mestra em Estética e História da Arte [nota 1] é considerada uma das personalidades afrodescendentes atuantes mais importantes do país. [1]

Atuação[editar | editar código-fonte]

Em 2016 funda no bairro de Campos Eliseos, o centro cultural e político Aparelha Luzia, que se torna um espaço de resistência negra. Lá acontecem eventos, cursos, formações, debates, encontros profissionais. É um local onde afrodescendentes se reconectam, reorganizam como coletividade e criam novas narrativas afrocentradas.

Como intelectual e realizadora, participa de eventos em todo Brasil sobre negritude , racismo e direitos LGBT's como Marcha do Orgulho Negro e Marcha do Orgulho Trans [2] e internacionais como o Outburst - Festival de Artes Queer acontecido em novembro de 2017 em Belfast, capital da Irlanda do Norte[3] e o seminário Afrodescendants in Brazil: Achievements, Present Challenges, and Perspectives for the Future em abril de 2018 onde pesquisadores, intelectuais e ativistas pretos se reuniram na Universidade Harvard em Massachussets em uma iniciativa do Instituto de Pesquisas Afro-Latino-Americanas da Universidade de Harvard. [4]

Aparelha Luzia[editar | editar código-fonte]

O nome Aparelha Luzia é uma mistura de referência aos espaços chamados de aparelhos, onde aqueles que lutavam contra o regime militar se reuniam para pensar e resistir à ditadura nos anos 60 e 70 e uma homenagem à Luzia, a primeira brasileira, como é chamado o fóssil mais antigo encontrado na América, especificamente em Minas Gerais datado de 12 mil anos atrás que provaria a possibilidade de existir pessoas de origem africana no Brasil antes do tráfico humanos que sustentou a escravidão. [5]

Referências

Notas

  1. Sua carreira acadêmica é descrita sem citar nomes de instituições: “Não cito nomes, pois não quero que elas roubem o bônus da minha existência. Não são elas que me certificam, mas as relações humanas que me ensinaram a transitar numa sociedade estratificada, transfóbica, racista e homofóbica”./