Usuário:JackCrazy5/História de Governador Valadares

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A história de Governador Valadares, município brasileiro do interior de Minas Gerais, iniciou-se no século XVI. Expedições nos chamados Sertões do Rio Doce em busca de metais preciosos, acabou gerando confrontos com os povos nativos da região de Governador Valadares, os botocudos.

No século 19, a região de Governador Valadares foi palco de uma guerra entre as tropas o império português e os botocudos. O Vale do Rio Doce foi repartido em divisões militares, como estratégia de guerra ofensiva do império. A primeira ocupação foi em Baguari, onde foi instalado um quartel, e um tempo depois, outro quartel foi instalado na região que foi chamada de Figueira tempos depois.[1]

Com a locação da EFVM, por volta de 1907, houve a consolidação do povoado, cuja localização próxima de produtores de café e extração de madeira favoreceu o desenvolvimento comercial e o crescimento populacional. Dessa forma, o município foi emancipado de Peçanha na década de 30.

Primórdios[editar | editar código-fonte]

A região do atual município de Governador Valadares, antes da chegada dos homens brancos, era habitada por índios botocudos e Aymorés. As terras começaram a ser desbravadas no século XVIII, quando exploradores de minérios e criadores de gado instalaram-se na região.[2]

Em 1808, o príncipe regente D. João VI autoriza no dia 13 de maio, uma ação armada contra os índios botocudos.[3] Com o passar dos anos, os índios foram expulsos e dizimados.[3] O desbravamento era feito através de canoas. Os canoeiros transformaram o rio Doce em uma ligação entre o estado de Minas Gerais e o estado do Espírito Santo e uma importante via mercantil.[3] Ainda em 1808, numa curva do rio, algumas pessoas se fixaram ali, criando o povoado do Porto de Canoas,[3] que depois passou a ser chamado de Porto de Figueira.[2]

Desenvolvimento da região[editar | editar código-fonte]

Em 1882, foi criado um Distrito de Paz com o nome de Baguari, pertencente a Peçanha.[3] Em 1884, o Porto de Figueira foi elevado a distrito de Peçanha.[2]

Em 1907, foi inaugurada uma estação ferroviária da futura Estrada de Ferro Vitória a Minas no lado oposto do distrito. Em 1910, é inaugurada a estação de Figueira.[1] Com a chegada da ferrovia, surgiram comerciantes, plantações de café se expandiram e extração de madeira.[1] Um habitante da época, o general Serra Lima, filho do comandante do quartel Dom Manoel, foi de importância para o futuro do município, a tradição popular de Governador Valadares atribuiu a Serra Lima a autoria do traçado urbano da cidade.[1] Entre 1910 e 1914, foi construído o templo que mais tarde se tornaria a Catedral de Santo Antônio, o templo foi inaugurado em 1915.[4] Uma congregação foi formada no distrito de Figueira do Rio Doce no dia 12 de outubro de 1912, por Euzébio Cabral e pelo reverendo Aníbal Nora e possuía 32 membros.[5] Em 1915 o Presbitério do Rio de Janeiro enviou o reverendo Otávio de Souza, que permaneceu até 1918. Com a chegada do reverendo, se iniciou o processo de preparação para a congregação se tornar uma igreja.[5] Em janeiro de 1917, o Presbitério do Rio de Janeiro deliberou organizar em igreja a congregação, surgindo a Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares[5] A partir da atuação da igreja, foram surgindo novas igrejas presbiterianas no Vale do Rio Doce.[5]

Na década de 1920, Figueira tinha poucas ruas ás margens do rio.[1] O distrito possuía a produção de alguns produtos que sustentavam a Estrada de Ferro Vitória a Minas. Figueira passou a contar com tropeiros carregados de mercadorias.[1] Em 1923, o distrito recebeu o nome de Figueira.[6] Em 1930, Figueira tinha uma população de 2.103 habitantes.[1] Em 1935, surgiu o Partido Emancipador de Figueira, para comandar a luta para a emancipação do distrito.[1] Em 1937, Figueira recebeu a emancipação por meio de um decreto do então governador Benedito Valadares.[1][2] Na época, a área do município abrangia as áreas dos atuais municípios de Alpercata, Açucena, Naque e Periquito.[6] O primeiro prefeito foi Moacyr Cerqueira Lage Palleta.

Expansão[editar | editar código-fonte]

Governador Valadares atingiu 1940 com 5.734 habitantes. Nessa ocasião, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e a Acesita apossaram-se de vastas áreas do município e do Vale do Rio Doce com a intenção de extrair madeira destinada a abastecer suas usinas, localizadas em João Monlevade e Timóteo, respectivamente. Em 1944, um pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares fundou uma escola cristã com princípios da Igreja Presbiteriana do Brasil.[7]. Em 1946, surgiu a Companhia Açucareira Rio Doce (Cardo), com seu imóvel se tornando patrimônio histórico da cidade tempos depois.[8]

  1. a b c d e f g h i Secretaria de Comunicação e Mobilização Social. «História da Cidade». Prefeitura de Governador Valadares 
  2. a b c d «Cidade de Governador Valadares». The Cities 
  3. a b c d e Senac Minas. «Governador Valadares». Portal Descubra Minas 
  4. Senac Minas. «Catedral de Santo Antônio». Portal Descubra Minas 
  5. a b c d «A Igreja Presbiteriana de Governador Valadares». Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares 
  6. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014). «Governador Valadares » histórico». Consultado em 27 de junho de 2016. Cópia arquivada em 27 de junho de 2016 
  7. «Colégio / Institucional». Colégio Presbiteriano de Governador Valadares 
  8. Senac Minas. «Companhia Açucareira Rio Doce». Portal Descubra Minas