Vicente de Saragoça
São Vicente de Saragoça | |
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São Vicente atado à coluna (séc. XV). Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa. | |
Mártir | |
Nascimento | Século III d.C. Huesca, Hispânia Tarraconense (Huesca, Aragão, Espanha) |
Morte | c. 304 Valentia, Hispânia Tarraconense (Valência, Espanha) |
Veneração por | Igreja Católica; Comunhão Anglicana; Igreja Ortodoxa |
Festa litúrgica | 22 de janeiro na Igreja Católica; 11 de novembro na Igreja Ortodoxa |
Atribuições | Roupas episcopais ou pontifícias; cachos de uva; instrumentos do martírio; palma do martírio |
Padroeiro | São Vicente, Lisboa; Valência; Vicenza, Itália; fabricantes de vinagre; vinicultores |
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Vicente de Saragoça (em castelhano: San Vicente Mártir foi um mártir do início do século IV que sofreu o martírio em Valência. Entre as muitas localidades e igrejas de que é orago, contam-se a Diocese do Algarve e o Patriarcado de Lisboa, em cuja Sé se encontram algumas das suas relíquias.
Vida e obras
Na época do imperador romano Diocleciano, o delegado imperial Daciano moveu na Ibéria uma perseguição aos cristãos. Vicente recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304.
Em Portugal é representado de modos diversos: com palma e evangeliário ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, em 1173, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de São Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas.
Em França, S. Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e porta como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio.