Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Magnetosfera de Júpiter

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Modelo da magnetosfera jupiteriana
Modelo da magnetosfera jupiteriana

A magnetosfera de Júpiter é a cavidade criada dentro do vento solar pelo campo magnético do planeta. Estendendo-se por sete milhões de quilômetros na direção do Sol e quase até à órbita de Saturno, na direção oposta, a magnetosfera jupiteriana é a maior e mais forte magnetosfera planetária do Sistema Solar, e a segunda maior estrutura contínua dentro do Sistema Solar, atrás somente da heliosfera. Significativamente maior e mais achatada do que a magnetosfera terrestre, a magnetosfera jupiteriana é mais forte do que a terrestre por uma ordem de magnitude, enquanto que seu momento magnético é 18 mil vezes maior. Cientistas predisseram a existência do campo magnético jupiteriano no final da década de 1950, através da emissões de rádio vindos do planeta, mas só foi diretamente observada, pela primeira vez, pela sonda Pioneer 10 em 1973.

O campo magnético jupiteriano é gerado por correntes elétricas girando na camada de hidrogênio metálico do planeta. Erupções vulcânicas em seu satélite Io ejetam grandes quantidades de dióxido de enxofre para o espaço, formando um grande toro em torno do planeta. As forças do campo magnético jupiteriano forçam o toro a girar com a mesma velocidade angular e direção que a rotação do planeta. O toro, por si, carrega o campo magnético com plasma, no processo, estendendo-na em uma estrutura chamada disco magnético. Em efeito, a magnetosfera jupiteriana é alimentada por plasma proveniente de Io e por sua própria rotação, em vez do vento solar, como ocorre na magnetosfera terrestre. Fortes correntes na magnetosfera geram auroras permanentes nas regiões polares de Júpier, e emissões intensas de rádio, e como consequência, Júpiter pode ser visto como um pulsar de rádio bastante fraco. As auroras jupiterianas foram observadas em quase todas as partes do espectro eletromagnético, incluindo infravermelho, luz visível, ultravioleta, e raios X. (leia mais...)