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Demi-mondaine

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Na França do século XIX, o termo "demi-mondaine" (aprox. "semi-mundana", em português) designava as mulheres sustentadas por parisienses ricos. Esse grupo social, até então invisível, manifesta-se com alarde na imprensa, no teatro e reuniões públicas a partir do Segundo Império, atingindo seu apogeu por volta de 1900 e desaparecendo durante a Primeira Guerra Mundial.

"Esses senhores eram abastados o suficiente para satisfazer as necessidades de uma mulher em casa e de outra na galeria. Ao juntar metade de si a uma "semi", eles reinventaram a bigamia".[1].

A palavra "Demi-mondaine" tem sua origem em "Demi-monde" ("Semi-Mundo"), título de uma comédia que Alexandre Dumas Filho publica em 1855. O termo designou a princípio as mulheres do mundo que caem na prostituição e depois foi aplicado a todas as grandes cortesãs que tivessem "catraca" na porta da rua.[2]

"Demi-mondaine" parisiense de origem inglesa, Cora Pearl, nascida em 1837, chegou a escrever suas memórias.[3] Ela foi amante do príncipe Napoleão, o célebre Plonplon, primo do Imperador Napoleão III.

Outra "demi-mondaine" célebre, Laure Hayman, era descendente do pintor Francis Hayman, o professor de Thomas Gainsborough. Contava entre seus amantes o Duque de Orléans, Louis Weil (tio-avô de Proust), o rei da Grécia, o escritor e acadêmico francês Paul Bourget e Karageorgevitch, pretendente ao trono da Sérvia, seu verdadeiro amor. Ela era mantida pelo financista Raphael Bischoffsheim.

« As demi-mondaines povoam os romances do século 19, sobretudo os de Balzac (Ilusões Perdidas), Maupassant (Bel Ami) e Émile Zola (Naná) »[4]

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Artigos correlatos

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Ligações externas

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Notas e comentários

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  1. "Le Monde" - Langue sauce piquante |url=http://correcteurs.blog.lemonde.fr/correcteurs/2005/12/demimondaine.html |site=le blog des correcteurs du Monde.fr |consultado em 20 de Fevereiro de 2007
  2. extraído de Alexandre Dumas Filho
  3. « Memórias de Cora Pearl » (em francês), editadas por Jules Lévy libraire éditeur – lançadas em 1886
  4. "Le Monde"