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Renascimento: diferenças entre revisões

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Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases, correspondentes aos séculos XIV ao XVI.
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=== Trecento ===
Merdazento isto e uma merda 8ºA INED E O MAIOR WOOT
O ''Trecento'' (em referência ao [[século XIV]]) manifesta-se predominantemente na [[Itália]], mais especificamente na cidade de [[Florença]], pólo político, econômico e cultural da região. [[Giotto]], [[Dante Alighieri]], [[Giovanni Boccaccio|Boccaccio]] e [[Petrarca]] estão entre seus representantes.

Características gerais:
*rompimento com o imobilismo e a hierarquia da pintura medieval
*valorização do individualismo e dos detalhes humanos


=== Quattrocento ===
=== Quattrocento ===

Revisão das 19h47min de 24 de maio de 2008

 Nota: Este artigo é sobre o Renascimento cultural do início da Idade Moderna. Para outros significados, veja Renascimento (desambiguação).


Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.

Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.

O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.


Espírito renascentista

O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico

O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os académicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura europeia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard Cottret).

O seguinte extracto de Pantagruel (1532), de François Rabelais costuma ser citado para ilustrar o espírito do renascimento:

Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (...) O mundo inteiro está cheio de académicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papinianus, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (...) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.

Fases do Renascimento

Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases, correspondentes aos séculos XIV ao XVI.

Trecento

O Trecento (em referência ao século XIV) manifesta-se predominantemente na Itália, mais especificamente na cidade de Florença, pólo político, econômico e cultural da região. Giotto, Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca estão entre seus representantes.

Características gerais:

  • rompimento com o imobilismo e a hierarquia da pintura medieval
  • valorização do individualismo e dos detalhes humanos

Quattrocento

Durante o Quattrocento (século XV) o Renascimento espalha-se pela península itálica, atingindo seu auge. Neste período atuam Masaccio, Mantegna, Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e, no seu final, Michelangelo (que já prenuncia certos ideais anti-clássicos utilizando-se da linguagem clássica, o que caracteriza o Maneirismo, a etapa final do Renascimento), considerados os três últimos o "trio sagrado" da Renascença.

Características gerais:

  • inspiração greco-romana (paganismo e línguas clássicas),
  • racionalismo,
  • experimentalismo.

Cinquecento

O Renascimento torna-se no século XVI um movimento universal europeu, tendo, no entanto, iniciado sua decadência. Ocorrem as primeiras manifestações maneiristas e a Contra reforma instaura o Barroco como estilo oficial da Igreja Católica. Na literatura atuaram Ludovico Ariosto, Torquato Tasso e Nicolau Maquiavel. Já na pintura, continuam se destacando Rafael e Michelangelo.

Ideais do Renascimento

Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo, o Otimismo e o Individualismo, bem como um tratamento leigo dado a obras religiosas, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo.

Algumas das características dos principais ideais do Renascimento podem ser vistas aqui:

Antropocentrismo

Ver artigo principal: Antropocentrismo

O antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o homem.

O termo tem duas aplicações principais. Por um lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é freqüentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.

Hedonismo

Ver artigo principal: Hedonismo

VOCES SAO UNS GANDAS CAMELOS K CHEIRAM MAL MWAHHAHAHA

Individualismo

Ver artigo principal: Individualismo

É um conceito político, moral e social que exprime a afirmação e liberdade do indivíduo frente a um grupo, especialmente à sociedade e ao Estado. Usualmente toma-se por base a liberdade no que concerne a propriedade privada e a limitação do poder do Estado. O individualismo em si opõe-se a toda forma de autoridade, ou controle sobre os indivíduos; e coloca-se como antítese do coletivismo. Conceituar o individualismo depende muito da noção de indivíduo, que varia ao longo da história humana, e de sociedade para sociedade.

Não se deve confundir o individualismo com o egoísmo. É compatível com o individualismo permanecer dentro de organizações, desde que o indivíduo e sua opinião seja preponderante.

Embora, na prática, geralmente exista uma relação inversa entre individualismo e o tamanho de um Estado ou organização.

Otimismo

Ver artigo principal: Otimismo

Otimismo se caracteriza por ser uma forma de pensamento. É sinônimo de pensamento positivo, ou seja, uma pessoa otimista é uma pessoa que vê as coisas pelo lado bom. O otimismo é a posição contrária a do pessimismo.

No Renascimento ele significa poder fazer tudo sem nenhuma restrição e abertura ao novo.

Racionalismo

Ver artigo principal: Racionalismo

O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a idéia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo.

Artes

A obra renascentista tem, em geral, mais movimento que as figuras medievais anteriores.

Pintura do Renascimento

Ver artigo principal: Pintura do Renascimento

A definição de Pintura renascentista surge em Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma,Nápoles, Mântua, Ferrara, Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições económicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).

Não se pode dizer, no entanto, que seja um estilo na verdadeira acepção do termo, mas antes uma arte variada definida pelas individualidades que lhe transmitiram características estilísticas, técnicas e estéticas distintas.

As raízes baseiam-se na Antiguidade Clássica (tomadas a partir da cultura e mitologia grega e romana, e dos vestígios quer arquitectónicos quer escultóricos existentes na península itálica) e na Idade Média (captadas em sentido evolutivo e sobretudo da obra de Giotto que teve na sua arte do século XIII, o pronúncio dos princípios orientadores da pintura do Renascimento).

Arquitetura do Renascimento

Ver artigo principal: Arquitetura do Renascimento

Chama-se de Arquitetura do Renascimento ou renascentista àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante os séculos XIV, XV e XVI. Caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.

É também um momento em que as artes manifestam um projeto de síntese e interdisciplinaridade bastante impactante, em que as Belas Artes não são consideradas como elementos independentes, subordinando-se à Arquitetura.

A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão-de-mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).

Através do Classicismo, os homens do Renascimento encaravam o mundo greco-romano como um modelo para a sua sociedade contemporânea, buscando aplicar na realidade cotidiana aquilo que consideravam pertencer ao mundo das idéias. Neste sentido, a arquitectura passou a, cada vez mais, tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza, acreditando que a canonização e o ordenamento estabelecido pelos arquitectos da Antiguidade Clássica constituíam o caminho correto a ser seguido a fim de alcançar este mundo ideal. Sabendo que os valores clássicos, do ponto de vista do Cristianismo, dominante no período (e lembrando que o Renascimento surge na Itália, região da Europa onde a influência do Vaticano é a mais visível), eram considerados pagãos e objetos de pecado, o Renascimento também se caracterizou pela integração do projeto de mundo cristão com a visão de mundo clássica. A Natureza era vista como a criação máxima de Deus, o elemento mais próximo da perfeição (atingindo, portanto, o ideal de Perfeição procurado pela estética Clássica). Assim, a busca de inspiração nas formas da Natureza, tal qual propõe o Clássico, não só se justifica como passa a ser um valor em si mesmo.

Literatura do Renascimento

A literatura do Renascimento deu destaque à personalidade individual. Novas formas, como os ensaios e as biografias, tornaram-se importantes. A maior parte da literatura medieval fora escrita em Latim. Os escritores do Renascimento começaram a adotar línguas vernáculas, como o francês e o italiano.

Gastronomia

Servir refeições criativas e bonitas passou a ser uma obrigação. Foi quando começaram a aparecer livros de culinária. A carne de caça era coberta com molhos finos e as sopas, que podiam ser de cebola, de favas, peixe ou mostarda, viraram moda. Em fins do século XVI, cozinheiros e massageiros italianos espalharam-se pelo mundo, divulgando essa arte.

Propagação do Renascimento

Na Itália

A localização da Itália, às margens do Mar Mediterrâneo transformou o país em importante centro de comércio. Muitas cidades se tornaram ricas. Uma nova classe média, com comerciantes e banqueiros, assumiu o poder. Esses homens encorajaram o desenvolvimento da arte e do saber.

Em Portugal

Ver artigo principal: Portugal Renascentista

Os testemunhos mais reais da vida cultural nos meados do séc. XIV são as crónicas de Fernão Lopes, o Leal Conselheiro, o nascimento do estilo manuelino e a origem da escola de pintura portuguesa, que tem como obra mais notável o político das Janelas Verdes. São obras muito diferentes entre si, mas com características comuns: o sentido da complexidade e a originalidade. São manifestações portuguesas, e não adaptações de correntes estrangeiras. Pode, com base nelas, falar-se num renascimento quatrocentista português.

O número de livros não é grande, no século XV escreveu-se muito menos que no século XIV.

Movimento Anti-Renascentista ou Maneirismo

Ver artigo principal: Maneirismo

O Maneirismo ou Anti-Renascimento foi uma fase datada como a transição do Renascimento para o Barroco. Alguns historiadores preferem ver o Maneirismo não como uma fase mas sim como um estilo de arte; seu início é evidente quando o Renascimento entra em decadência. Já em busca de novas fontes de criação, muitos artistas apelam para o aperfeiçoamento de seus traços, uma característica evidente deste estilo, que mais tarde passa para o Barroco. Contudo, a Igreja se regenera e começa a ganhar espaço entre as artes daquele tempo, fazendo com que muitos trabalhos sejam inspirados na Igreja e em Deus, mas, mesmo assim, a figura do homem não foi descartada como o centro do pensamento. Com o fim do Renascimento, muitos artistas e escritores deixam de ser evidentes, pois o maneirismo, além de buscar formas perfeitas, tenta representar o mundo com estranhas formas e contrastes e de maneira pessimista. Muitas palavras e representações do Anti-Renascimento são feitas por meio de antíteses, paradoxos e metáforas, formas que escondem as representações do real por meio do irreal ou outras características.

Devido ao grande sucesso nos séculos XV e XVI, se originou posteriormente ao Anti-Renascimento o movimento Barroco, que se espalhou tardiamente à Europa. Depois, Pedro Álvares Pereira fez com que o espírito renascentista sobrevivesse por muito mais tempo.

Ver também

Ligações externas

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