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Ariano Suassuna: diferenças entre revisões

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ariano suassuna é um escritor.
'''Ariano Vilar Suassuna''' ([[João Pessoa]], [[16 de junho]] de [[1927]]) é um [[dramaturgo]], [[Romance|romancista]] e [[poeta]] [[brasil]]eiro.

Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres ''[[Auto da Compadecida]]'' e ''[[A Pedra do Reino]]'', é um defensor militante da [[cultura brasileira]].

==Biografia==
Ariano nasceu em João Pessoa, na capital da Paraíba (''Parahyba'' em ortografia arcaica), num dia de [[Corpus Christi]], o que acabou por ocasionar a parada de uma [[procissão]] que ocorrera no dia de seu nascimento na frente do palácio do governo do estado. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no ''Sítio Acauã'', no sertão do estado da [[Paraíba]].

Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai, [[João Suassuna]] (1886-1930), no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], por motivos políticos, durante a [[Revolução de 1930]], o que obrigou sua mãe, Rita de Cássia Vilar, a levar toda a família a morar na cidade de [[Taperoá]], no [[Cariris|Cariri paraibano]].<ref>http://www.rioscenarium.com.br/noticias.aspx?idNoticia=31</ref>

Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de [[João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque]], e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.

De 1933 a 1937, Ariano residiu em Taperoá, onde "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."<ref>http://www.biblio.com.br/conteudo/biografias/arianosuassuna.htm</ref>

Em [[2002]] ,Suassuna foi enredo do [[Império Serrano]] ,no carnaval carioca ;e em [[2008]], Suassuna foi enredo da escola de samba [[Mancha Verde]] no carnaval paulista.
===Estudos===
Em [[1942]], ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de [[Recife]], no vizinho estado de [[Pernambuco]], onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado [[Colégio Americano Batista]], e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo [[Ginásio Pernambucano]] e, posteriormente, no [[Colégio Oswaldo Cruz]]. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em [[Direito]] (1950), na célebre [[Faculdade de Direito do Recife]], e em [[Filosofia]] (1964.)

De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra<ref>Aragão, G.(2004).Literatura e Religião na Obra de Ariano.
''[http://www.unicap.br/teologia/Gil15.htm Palestra na Semana Teológica da UNICAP]</ref>.''

Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia [[7 de outubro]] de [[1945]], quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no ''[[Jornal do Commercio (Recife)|Jornal do Commercio]] do Recife.

===Advocacia e teatro===
Na [[Faculdade de Direito do Recife]], conheceu [[Hermilo Borba Filho]], com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em [[1947]], escreveu sua primeira peça, ''Uma mulher vestida de Sol''. Em [[1948]], sua peça ''Cantam as harpas de Sião'' (ou ''O desertor de Princesa'') foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se ''Auto de João da Cruz'', de [[1950]], que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado ''Auto da Compadecida'', de [[1955]], ''O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso'', de [[1957]], ''A Pena e a Lei'', de [[1959]], ''A Farsa da Boa Preguiça'', de [[1960]], e ''A Caseira e a Catarina'', de [[1961]].

Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou ''Torturas de um coração''. Em seguida, retorna a Recife, onde, até [[1956]], dedica-se à advocacia e ao teatro.

Em 1955, ''Auto da Compadecida'' o projetou em todo o país. Em [[1962]], o crítico teatral [[Sábato Magaldi]] diria que a peça é ''"o texto mais popular do moderno teatro brasileiro"''. Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a [[televisão]] e para o [[cinema]].

Em [[1956]], afasta-se da advocacia e se torna professor de [[Estética]] da [[Universidade Federal de Pernambuco]], onde se aposentaria em [[1994]]. Em [[1976]], defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".

Ariano acredita que: “Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial.”

==Movimento Armorial==
''Para maiores informações acesse o artigo completo sobre o [[Movimento Armorial]].''

Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da [[Cultura popular|cultura popular]] do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste Brasileiro]]. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: [[música]], [[dança]], [[literatura]], [[artes plásticas]], [[teatro]], [[cinema]], [[arquitetura]], entre outras expressões.

Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.<ref>http://www.agecom.ba.gov.br/exibe_noticia.asp?cod_noticia=792</ref>

Em [[1993]], foi eleito para a cadeira 18 da [[Academia Pernambucana de Letras]], cujo patrono é o escritor [[Afonso Olindense]].

== [[Image:Lorbeerkranz.png|40px]] Academia Brasileira de Letras ==
Desde [[1990]], Ariano ocupa a cadeira número 32 da [[Academia Brasileira de Letras]], cujo patrono é [[Manuel José de Araújo Porto Alegre]], o Barão de Santo Ângelo, ([[1806]]-[[1879]]).

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==Algumas de suas obras==
===Teatro===
*''Uma mulher vestida de Sol'', (1947);
*''Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa'', (1948);
*''Os homens de barro'', (1949);
*''Auto de João da Cruz'', (1950);
*''Torturas de um coração'', (1951);
*''O arco desolado'', (1952);
*''[[O castigo da soberba]]'', (1953);
*''[[O Rico Avarento]]'', (1954)
*''[[Auto da Compadecida]]'', (1955);
*''O casamento suspeitoso'', (1957);
*''[[O santo e a porca]]'', (1957);
*''O homem da vaca e o poder da fortuna'', (1958);
*''A pena e a lei'', (1959);
*''Farsa da boa preguiça'', (1960);
*''[[A Caseira e a Catarina]]'', (1962);
*''As conchambranças de Quaderna'', (1987);
*''Fernando e Isaura'', (1956)"inédito ate 1994";

===Romance===
*''A História de amor de Fernando e Isaura'', (1956)
*''[[O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta]]'', (1971).
*''História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da Onça Caetana'', (1976).

===Poesia===
*''O pasto incendiado'', (1945-1970)
*''Ode'', (1955)
*''Sonetos com mote alheio'', (1980)
*''Sonetos de Albano Cervonegro'', (1985)
*''Poemas'' (antologia), (1999)

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{{Biografia}}
[[Categoria:Poetas do Brasil]]
[[categoria:Dramaturgos do Brasil]]
[[Categoria:Romancistas do Brasil]]
[[categoria:Movimento Armorial]]
[[Categoria:Paraibanos de Taperoá]]
[[Categoria:Membros da Academia Brasileira de Letras]]
[[Categoria:Convertidos ao catolicismo romano]]
[[Categoria:Academia Paraibana de Letras]]
[[Categoria:Escritores da Paraíba]]

[[en:Ariano Suassuna]]

Revisão das 19h44min de 1 de agosto de 2008

Ariano Suassuna.

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.

Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, é um defensor militante da cultura brasileira.

Biografia

Ariano nasceu em João Pessoa, na capital da Paraíba (Parahyba em ortografia arcaica), num dia de Corpus Christi, o que acabou por ocasionar a parada de uma procissão que ocorrera no dia de seu nascimento na frente do palácio do governo do estado. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba.

Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai, João Suassuna (1886-1930), no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe, Rita de Cássia Vilar, a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano.[1]

Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.

De 1933 a 1937, Ariano residiu em Taperoá, onde "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."[2]

Em 2002 ,Suassuna foi enredo do Império Serrano ,no carnaval carioca ;e em 2008, Suassuna foi enredo da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.

Estudos

Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)

De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra[3].

Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.

Advocacia e teatro

Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.

Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.

Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.

Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".

Ariano acredita que: “Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial.”

Movimento Armorial

Para maiores informações acesse o artigo completo sobre o Movimento Armorial.

Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.[4]

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.

Academia Brasileira de Letras

Desde 1990, Ariano ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo, (1806-1879).

Precedido por
Genolino Amado
Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras
1990 - presente
Sucedido por

Ficheiro:Academia Paraibana Letras.JPG Academia Paraibana de Letras

Assumiu a cadeira número 35 na Academia Paraibana de Letras em 09 de outubro de 2000, cujo patrono é Raul Campêlo Machado. Sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.

Precedido por
Odilon Ribeiro
Cadeira 35
da Academia Paraibana de Letras

2000 -
Sucedido por


Algumas de suas obras

Teatro

  • Uma mulher vestida de Sol, (1947);
  • Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
  • Os homens de barro, (1949);
  • Auto de João da Cruz, (1950);
  • Torturas de um coração, (1951);
  • O arco desolado, (1952);
  • O castigo da soberba, (1953);
  • O Rico Avarento, (1954)
  • Auto da Compadecida, (1955);
  • O casamento suspeitoso, (1957);
  • O santo e a porca, (1957);
  • O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
  • A pena e a lei, (1959);
  • Farsa da boa preguiça, (1960);
  • A Caseira e a Catarina, (1962);
  • As conchambranças de Quaderna, (1987);
  • Fernando e Isaura, (1956)"inédito ate 1994";

Romance

Poesia

  • O pasto incendiado, (1945-1970)
  • Ode, (1955)
  • Sonetos com mote alheio, (1980)
  • Sonetos de Albano Cervonegro, (1985)
  • Poemas (antologia), (1999)
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Referências