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Amélia Mingas

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Amélia Mingas
Nascimento Amélia Arlete Vieira Dias Rodrigues Mingas
17 de dezembro de 1940
Luanda
Morte 12 de agosto de 2019
Luanda
Cidadania Angola
Alma mater
Ocupação professora, linguista
Causa da morte parada cardíaca
Página oficial
https://ameliamingas.org/

Amélia Arlete Dias Rodrigues Mingas (Ingombota, Luanda, 17 de dezembro de 1940 – Luanda, 12 de agosto de 2019) foi uma professora e linguista angolana.

Biografia

Era filha de André Rodrigues Mingas, Jr. (Cabinda, 15 de novembro de 1905 - Luanda - fevereiro de 1994, Luanda) e de sua mulher (Luanda, 28 de outubro de 1957) Antónia Diniz do Aniceto Vieira Dias (Congo Belga, 7 de janeiro de 1911 - Luanda 1973).

Nascida na Rua do Carmo, à Ingombota, Luanda, Amélia Mingas fez a instrução primária na Escola N.º 8 e os estudos secundários nos Liceus Paulo Dias de Novais e Salvador Correia.[1] Licenciou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em Linguística Geral e Aplicada pela Universidade René Descartes de Paris.[2]

Professora do ensino secundário em Angola, exerceu as funções de coordenadora de Língua Portuguesa do Instituto Médio de Educação; foi chefe do setor, mais tarde, coordenadora do departamento, de Língua Portuguesa do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED-Luanda) e diretora do Instituto Nacional de Língua do Ministério da Cultura.[2] Além de trabalhar em investigação, Amélia Mingas foi responsável pela cadeira de Linguística Bantu na Universidade Agostinho Neto.[3]

Entre 2006 e 2010, Amélia Mingas foi diretora executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, com sede na cidade da Praia, em Cabo Verde,[4] tendo defendido o estabelecimento de uma política linguística comum aos oito Estados que têm o português como língua oficial.[5]

Participou em vários seminários e palestras ligados à problemática das línguas africanas e portuguesa, no interior e exterior do país. Publicou Interferência do Kimbundu no Português Falado em Lwanda e tem para publicação três trabalhos de investigação relativos a uma língua do grupo kikongo, o iwoyo, falado em Cabinda.[1]

Amélia Mingas pertencia a uma família de ínfluentes músicos angolanos. De seu tio Liceu Vieira Dias recebeu o ritmo e uma nova maneira de interpretar a música angolana. Rui Mingas desenvolveu a sua sonoridade própria e influenciou outro músico angolano, por sinal seu irmão, André Mingas.

Morreu a 12 de agosto de 2019, em Luanda, aos 78 anos de idade, vítima de paragem cardíaca.[6]

Referências

  1. a b «Amélia A. Mingas». Campo das Letras. Consultado em 20 de setembro de 2010 
  2. a b «IC aposta em Luanda». Instituto Camões. Consultado em 20 de setembro de 2010. Arquivado do original em 6 de outubro de 2007 
  3. «IILP tem nova direcção executiva». Instituto Internacional da Língua Portuguesa. Consultado em 20 de setembro de 2010  [ligação inativa]
  4. «Amélia Mingas deixa o IILP». O País. Consultado em 20 de setembro de 2010  [ligação inativa]
  5. «CPLP: Amélia Mingas defende uma política linguística comum entre Estados membros». Notícias Cabo Verde. Consultado em 20 de setembro de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  6. Falecimento de linguista angolana Amélia Mingas, RFI 13.8.2019

Ligação Externa