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Angela Alonso

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Angela Alonso (Nhandeara, 22 de maio de 1969) é uma socióloga, pesquisadora e professora universitária brasileira.

Suas pesquisas se concentram na investigação das relações entre cultura e ação política e dos movimentos políticos e intelectuais.[1] É uma das maiores autoridades sobre Joaquim Nabuco e movimento abolicionista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Angela Maria Alonso nasceu em 22 de maio de 1969, em Ida Iolanda, distrito de Nhandeara.[2]

Formação[editar | editar código-fonte]

Graduou-se em Ciências Sociais em 1990, pela Universidade de São Paulo. Seu mestrado foi defendido em 1995 na mesma instituição, sob orientação de Sedi Hirano. Sua dissertação Positivismo: uso tópico - O projeto civilizatório de Luis Pereira Barreto, já tratava do tema principal de suas pesquisas: movimentos intelectuais, neste caso sobre o positivismo. Esse trabalho em específico teve forte influência de Roberto Schwarz. Realizou seu doutoramento em Sociologia, também, pela Universidade de São Paulo, com um período sanduíche na Universidade Columbia.[1] Sua tese Idéias em Movimento: A geração 70 na crise do Brasil-Império, foi defendida em 2000, sob orientação de Brasilio Sallum Jr. e Charles Tilly.[3]

Realizou pós-doutoramento pela Universidade Yale.[1]

Atuação[editar | editar código-fonte]

Assumiu o cargo de professora do Departamento de Sociologia, da Universidade de São Paulo, em 2003. É professora titular desde 2019.[1] Anteriormente atuou como professora da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, entre 1999 e 2002.[3]

É pesquisadora associada a Cebrap, já atuou como diretora científica (2012 - 2015) e presidente (2015 - 2019) da instituição.[1]

É colunista da Folha de S. Paulo.[4]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Por suas pesquisas recebeu prêmios da CNPq / Anpocs, em 2001, e da Fundação John S. Gugggenheim, em 2009. Também rebeceu o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas pela Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio Senador José Ermírio de Moraes pela Academia Brasileira de Letras, ambos em 2016.[1][5][6]

Obras[editar | editar código-fonte]

Participou, entre muitas outras obras, do Dicionário da República: 51 textos críticos, organizado pela Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling;[7] do Dicionário da escravidão e liberdade, organizado pela Lilia Moritz Schwarcz e Flávio dos Santos Gomes;[8] do O Brasil Imperial. Volume III (1870-1889), organizado pelo Ricardo Salles e Keila Grinberg; e do Um Enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país, organizado pela Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho.[9]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Treze: A política de rua de Lula a Dilma. São Paulo: Companhia das Letras, 2023.[10]
  • Democracia em Risco? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.[10]
  • Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-1888). São Paulo: Companhia das Letras, 2015.[10]
  • Joaquim Nabuco - Os salões e as ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.[10]
  • Idéias em movimento: a geração 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz & Terra, 2002. Traduzida para o francês pela Le Poisson Volant em 2015.[10]

Organização[editar | editar código-fonte]

  • 1964: do golpe à democracia. São Paulo: Hedra, 2015. Conjuntamente a Miriam Dolhnikoff.[11]
  • Joaquim Nabuco na República. São Paulo: HUCITEC / FAPESP, 2012. Conjuntamente a K. D. Jackson.[12]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f «Angela Alonso | Sociologia». sociologia.fflch.usp.br. Consultado em 27 de junho de 2024 
  2. «Angela Alonso». institucional.flip.org.br. Consultado em 27 de junho de 2024 
  3. a b «Entrevista: Angela Alonso». Humanidades 
  4. «Colunista: Angela Alonso | Folha». Folha de S.Paulo. 30 de julho de 2023. Consultado em 27 de junho de 2024 
  5. «Premiados do Ano | Prêmio Jabuti». www.premiojabuti.com.br. Consultado em 27 de junho de 2024 
  6. «ABL entrega o Prêmio Senador José Ermírio de Moraes de 2016 à socióloga e pesquisadora Angela Alonso». Academia Brasileira de Letras. 7 de dezembro de 2016. Consultado em 27 de junho de 2024 
  7. Schwarcz, Lilia Moritz; Starling, Heloisa Murgel (31 de outubro de 2019). Dicionário da república: 51 textos críticos. [S.l.]: Companhia das Letras 
  8. Schwarcz, Lilia Moritz; Gomes, Flávio dos Santos (11 de maio de 2018). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. [S.l.]: Editora Companhia das Letras 
  9. Botelho, André; Schwarcz, Lilia Moritz (2009). Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. [S.l.]: Companhia das Letras 
  10. a b c d e «Grupo Companhia das Letras». www.companhiadasletras.com.br. Consultado em 27 de junho de 2024 
  11. «1964 (Angela Alonso; Miriam Dolhnikoff. Editora Hedra) [HIS033000]». Editora Hedra. Consultado em 27 de junho de 2024 
  12. «Angela Alonso | Joaquim Nabuco na república – Hucitec Editora». lojahucitec.com.br. Consultado em 27 de junho de 2024