Apeadeiro de Dafundo

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Dafundo
Linha(s): Linha de Cascais
Coordenadas: 38° 41′ 56,85″ N, 9° 14′ 26,53″ O
Município: Oeiras
Encerramento: 1940

O Apeadeiro de Dafundo, originalmente denominado de Dáfundo, foi uma interface ferroviária da Linha de Cascais, que servia a localidade de Dafundo, no concelho de Oeiras, em Portugal.

História[editar | editar código-fonte]

Anúncio de 1902 da Companhia Real, mostrando a Tarifa Especial n.º 3, para bilhetes a preços especiais na Linha de Cascais. Esta gare aparece com a categoria de estação, e o nome de Dáfundo.

Este apeadeiro situava-se no troço entre Pedrouços e Alcântara-Mar da Linha de Cascais, que foi inaugurado em 6 de Dezembro de 1890.[1]

Nos primeiros anos da Linha de Cascais, a Ponte Ferroviária do Jamor foi danificada por um temporal, interrompendo a circulação entre a Estação de Cruz Quebrada e o Apeadeiro de Dafundo.[2] Desta forma, o lanço entre Cruz Quebrada e Cascais ficou sem ligação à restante rede ferroviária, apenas com duas locomotivas para todo o serviço, pelo que uma locomotiva teve de ser transportava por via rodoviária entre o Dafundo e a Cruz Quebrada, operação que foi muito difícil e demorada.[2] Enquanto a ponte esteve interrompida, a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses instalou uma ponte de madeira sobre o Jamor, para o transbordo dos passageiros e bagagens.[2]

Em 7 de Agosto de 1918, a Linha de Cascais foi subarrendada à Sociedade Estoril.[3]

Em 1933, a Sociedade Estoril, realizou obras de reparação no edifício deste apeadeiro.[4]

Em 1 de Junho de 1940, a Gazeta dos Caminhos de Ferro anunciou que os comboios iriam deixar de parar no apeadeiro de Dáfundo, uma vez que já tinha sido extinto por uma ordem de serviço da Sociedade Estoril.[5]

Em 13 de Dezembro de 1976, terminou o contracto com a Sociedade Estoril para a exploração da Linha de Cascais.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 4 de Fevereiro de 2013 
  2. a b c COLAÇO e ARCHER, 1999:108-113
  3. REIS et al, 2006:150
  4. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal no ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 4 de Fevereiro de 2013 
  5. «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1259). 1 de Junho de 1940. p. 353. Consultado em 18 de Abril de 2017 
  6. MARTINS et al, 1996:279

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • COLAÇO, Branca; Archer, Maria (1999). Memórias da Linha de Cascais. Vila Real de Santo António: Câmaras Municipais de Cascais e Oeiras. 370 páginas. ISBN 972-637-066-3 
  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; Gomes, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 



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