Augustinópolis
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | augustinopolino | ||
Localização | |||
Localização de Augustinópolis no Tocantins | |||
Localização de Augustinópolis no Brasil | |||
Mapa de Augustinópolis | |||
Coordenadas | 5° 27′ 57″ S, 47° 53′ 16″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Tocantins | ||
Municípios limítrofes | Praia Norte, Sampaio, Carrasco Bonito, Axixá do Tocantins e Araguatins | ||
Distância até a capital | 634 km | ||
História | |||
Fundação | 14 de maio de 1982 (42 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antônio Caires de Almeida[1] (PSC, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 395,541 km² | ||
População total (est. IBGE/2021[2]) | 18 870 hab. | ||
• Posição | TO: 11º | ||
Densidade | 47,7 hab./km² | ||
Clima | Subtropical úmido | ||
Altitude | 145 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (2010) | 0,670 — médio | ||
PIB (IBGE/2019[3]) | R$ 280 534,22 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[3]) | R$ 15 236,49 | ||
Sítio | augustinopolis.to.gov.br (Prefeitura) |
Augustinópolis é um município brasileiro localizado no extremo norte do Estado do Tocantins. Com uma área de 394.976 km² e uma população em torno de 18.178 habitantes (IBGE, 2018). É o terceiro maior município da região conhecida como Bico do Papagaio.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Em 1954, chegaram à região, Augusto Pereira Costa e sua família, procedentes do Estado do Maranhão, em busca de trabalho nas lidas agropecuárias. Fixaram-se temporariamente em um lugar denominado Axixá do Tocantins.
Decorrido quatro anos de dura luta, em 1959, Augusto Pereira Costa com seu espírito aventureiro saiu para caçar com mais quatro companheiros e em meio a mata se depararam com um olho d'água, cujo local os deixou encantados e ali permaneceram por vários dias e logo levaram seus familiares, construindo ali suas moradias de pau a pique, cobertas de palha de babaçu.
Eram terras devolutas do então Estado de Goiás, sendo aquela região rica em caça, e logo tornou-se conhecida e comumente chamada pelos caçadores que lá se dirigiam, de Centro do Augusto.
Os novos moradores que por ali apareceram, eram auxiliados por Augusto Pereira Costa para conseguirem terras aptas ao cultivo, atividade à qual dedicaram seus maiores esforços.
Mais tarde, com a chegada de fazendeiros provenientes de outras regiões, a atividade agropecuária cresceu significativamente, sendo a base da economia local.
Em 1968, o povoado contava com cerca de 35 ranchos de palha, não muito tempo depois é construída a primeira casa de tijolos por Arthur Coreolando de Oliveira e sua família, procedentes do estado do Maranhão, além de ter sido o primeiro comerciante, no ramo de secos e molhados.
Em 1971, foi construída a primeira escola, um rancho de palha, tendo como primeiro professor Manoel Marinho de Souza Brito, que anteriormente residia no povoado de Sampaio, exercendo ali a mesma função.
Em 1972, Manoel Marinho de Souza Brito, foi eleito por São Sebastião do Tocantins, vereador. Em 1974, solicitou à Câmara Municipal, a elevação a distrito do povoado Centro do Augusto, o que se verificou pela Lei n º 8.107, em 14 de maio de 1976[4], passando a denominar de Augustinópolis, um composto de Augusto (fundador) com Tocantinópolis, cidade natal do então vereador, autor do projeto.
Augustinópolis, foi crescendo rapidamente e em 14 de maio de 1982, pela Lei n º 9.180[5], foi criado o município de Augustinópolis com o topônimo do distrito desmembrando-se do município de São Sebastião do Tocantins. O primeiro prefeito eleito foi o Sr. Manoel Marinho de Souza.
Trabalho e Rendimento
[editar | editar código-fonte]Em 2016, o salário médio mensal era de 1.7 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 9.6%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 42 de 139 e 37 de 139, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 3453 de 5570 e 3337 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 44.9% da população nessas condições, o que o colocava na posição 72 de 139 dentre as cidades do estado e na posição 2158 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Educação
[editar | editar código-fonte]Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 5.1 no IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 3.9. Na comparação com cidades do mesmo estado, a nota dos alunos dos anos iniciais colocava esta cidade na posição 24 de 139. Considerando a nota dos alunos dos anos finais, a posição passava a 49 de 139. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.1 em 2010. Isso posicionava o município na posição 76 de 139 dentre as cidades do estado e na posição 3514 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Educação Superior: Augustinópolis se destaca na região por abrigar um campus da Fundação Universidade do Tocantins, com os cursos superiores em Enfermagem, Direito, Ciência Contábeis, Agronegócio e Medicina.
Aspectos Geográficos
[editar | editar código-fonte]Localização
Com 394.976 km² de extensão territorial, o município de Augustinópolis, está localizado à margem esquerda do Rio Tocantins. Sua sede municipal tem como coordenadas geográficas 5º 27' 57'' de longitude oeste, e sua altitude média é de 145 m acima do nível do mar. A capital Palmas, encontra-se em uma distância de 533 km de Augustinópolis.
Para formulação e implantação das políticas, programas e projetos de desenvolvimento regional o Sistema Estadual de Planejamento e Meio Ambiente (SEPLAN), inclui o município dentro da área Programa Extremo Norte do Estado do Tocantins.
Limites
Limita-se ao Norte com os municípios de Sampaio, Carrasco Bonito, Buriti do Tocantins e a cidade de Imperatriz no Estado do Maranhão, ao Sul com os municípios de Araguatins e Axixá do Tocantins; a Leste com os municípios de Praia Norte e Sítio Novo do Tocantins e a Oeste com Araguatins. Juntamente com os municípios de Praia Norte e Sampaio no Tocantins, Augustinópolis faz parte da Região Metropolitana de Imperatriz.
Clima
O clima predominante do município é o clima subtropical úmido. As médias máximas de temperatura acontecem durante o período seco, atingindo até 39 °C.
Pluviosidade
A distribuição sazonal das precipitações pluviais está bem caracterizada acusando no ano dois períodos: a estação chuvosa entre os meses de outubro e abril e uma estação seca nos meses de maio a setembro. A precipitação média anual é de, aproximadamente, 1700 mm.
Relevo
O relevo do município é suave e ondulado, predominam as altitudes abaixo de 200 m. O território municipal faz parte da Depressão do Araguaia e de sua planície pluvial.
Hidrografia
O município de Augustinópolis, depois de desmembrado do município de São Sebastião do Tocantins, sofre divisão, sendo criado o município de Sampaio e Carrasco Bonito, não ficando, portanto com nenhum rio na sua jurisdição, porém, possui algumas grotas e riachos.
Atualidade
[editar | editar código-fonte]Augustinópolis é a terceira maior cidade na micro região do Bico do Papagaio, exercendo forte influência regional como centro comercial, maior força política da região do Bico do Papagaio, e referência em serviços de saúde pública e privada. O PIB da cidade segundo o IBGE é composto principalmente da Prestação de Serviços, seguido a Agropecuário e por último da Indústria.
Na área da educação, a cidade conta com 19 instituições de ensino fundamental, 14 com serviços de pré-escola, 2 de ensino médio, e também é sede da instituição de ensino superior Faculdade do Bico do Papagaio (FABIC) e possui um campus da Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS) e diversos módulos de aulas tele-presenciais.
A cidade oferece várias opções de lugares para praticar esportes (Ginásio Poliesportivo Emivan Vieira Moura, Estádio Municipal Bicão e Parque de Vaquejada Dilson Martins), lazer (Igrejas, parques e feira), e vida noturna e uma ampla rede hoteleira, cujo maioria se encontra nas mediações da principal avenida da cidade, a Avenida Goiás.
Operação Perfídia
[editar | editar código-fonte]No dia 25 de janeiro de 2019, a Polícia Civil do Tocantins e o Ministério Público Estadual deflagraram uma operação conjunta com objetivo de desarticular uma organização criminosa instalada na Câmara de Vereadores de Augustinópolis/TO. A Justiça decretou o afastamento das funções públicas e a prisão temporária de 10 (dez) dos 11 (onze) membros do Poder Legislativo Municipal. Apenas o Presidente da Câmara de Vereadores não teve a prisão decretada, sendo tão-somente conduzido coercitivamente para prestar declarações. Dois servidores da Prefeitura Municipal de Augustinópolis/TO também foram alvos de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva.
A Polícia Civil investigou um esquema de corrupção sistêmica instalado na Câmara de Vereadores. De acordo com as investigações, os parlamentares municipais solicitavam e recebiam vantagens indevidas para aprovação de projetos de leis oriundos do Poder Executivo Municipal - daí o seu batismo com o nome de "Operação Perfídia", em referência à sua significação de "traição", "deslealdade" e "falta à fé jurada".
Na deflagração da "Operação Perfídia", foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal, bem como na residência dos vereadores e servidores do Poder Executivo. Foram presos e afastados de suas funções legislativas os Vereadores Maria Luisa de Jesus do Nascimento (Luizinha), Antônio Silva Feitosa, Antônio Barbosa Sousa, Ozeas Gomes Teixeira, Francinildo Lopes Soares (Nildo Lopes), Angela Maria Silva (Angela do Rapadura), Marcos Pereira de Alencar (Marquim da Igreja), Wagner Mariano Uchôa (Vaguim do Hospital) e Edvan Neves Conceição (Neguinho da Civil).
Após a prisão e afastamento de quase todos os membros do Poder Legislativo Municipal, 10 (dez) vereadores suplentes tomaram posse: Antônio Reinaldo Ferreira Gomes, Josenildo Ferreira Barbosa, Daniel Walison de Jesus Sousa, Frederico Guedes de Oliveira, Elias Madeira Pereira, Solange dos Santos Araújo, Marconcélio Assunção da Silva, Jarbas Fernandes de Andrade, Edimar Cardoso de Oliveira e Joacy Costa.
No dia 08 de fevereiro de 2019, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial da Operação Perfídia. O Delegado Jacson Wutke, responsável pelas investigações, indiciou os Vereadores Maria Luisa de Jesus do Nascimento (Luizinha), Antônio Silva Feitosa, Antônio Barbosa Sousa, Ozeas Gomes Teixeira, Francinildo Lopes Soares (Nildo Lopes), Angela Maria Silva (Angela do Rapadura), Marcos Pereira de Alencar (Marquim da Igreja), Wagner Mariano Uchôa (Vaguim do Hospital) e Edvan Neves Conceição (Neguinho da Civil) como incursos nas penas dos crimes de organização criminosa, concussão e corrupção passiva majorada por 25 (vinte e cinco) vezes.
No dia 27 de fevereiro de 2019, o Ministério Público Estadual, em peça assinada pelo Promotor Paulo Sérgio Ferreira de Almeida, formalizou a denúncia criminal contra os parlamentares municipais pelos mesmos crimes, incluindo também outros 02 (dois) servidores do Poder Executivo que supostamente seriam os responsáveis pelos pagamentos indevidos.
Sendo considerada a maior investigação contra a corrupção em âmbito municipal na região do Bico do Papagaio, com destaque na imprensa local, regional e nacional, a "Operação Perfídia" desencadeou uma crise política sem precedentes no Município de Augustinópolis/TO, com uma série de embates dos Vereadores suplentes com o Chefe do Poder Executivo e os Vereadores titulares então presos e afastados de suas funções legislativas por decisão judicial, culminando em três infrutíferas tentativas de cassação do Prefeito Municipal Júlio da Silva Oliveira (PRV).
Referências
- ↑ «Candidatos a vereador Augustinópolis-TO». Estadão. Consultado em 28 de junho de 2021
- ↑ a b IBGE. «IBGE Cidades - Panorama». IBGE. Consultado em 26 de agosto de 2022
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2019). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2019». Consultado em 26 de agosto de 2022. Cópia arquivada em 15 de dezembro de 2018
- ↑ «Lei nº 8.107, de 14 de maio de 1976». Governo do Estado de Goiás. 14 de maio de 1976. Consultado em 6 de setembro de 2018
- ↑ «Lei nº 9.180, de 14 de maio de 1982». Governo do Estado de Goiás. 14 de maio de 1982. Consultado em 6 de setembro de 2018