Basílica Úlpia
Basílica Úlpia | |
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Reconstrução da Basílica Úlpia | |
Ruínas da Basílica Úlpia no Fórum de Trajano | |
Informações gerais | |
Tipo | Basílica |
Arquiteto(a) | Apolodoro de Damasco |
Construção | século II |
Promotor | Trajano |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | VIII Região - Fórum Romano |
Coordenadas | 41° 53′ 44″ N, 12° 29′ 04,46″ L |
Basílica Úlpia |
Basílica Úlpia é um antigo edifício civil romano que ficava no Fórum de Trajano separando o templo da praça principal, da qual resta hoje apenas a Coluna de Trajano, em direção noroeste.[1] Seu nome é uma referência ao imperador romano Trajano, cujo nome completo era Marco Úlpio Trajano.[2] Ao contrário das basílicas cristãs posteriores, o edifício não tinha nenhuma função religiosa e servia como local onde se administrava a justiça, se promovia o comércio e contava com a presença do imperador. Era a maior basílica de Roma, medindo 117 metros de comprimento.[2]
Provavelmente era a mais importante basílica depois das duas mais antigas do fórum, a Basílica Emília e a Basílica Júlia. Com sua construção, muito da vida política da cidade mudou do Fórum Romano para o Fórum de Trajano, uma situação que perdurou até a construção da Basílica de Maxêncio e Constantino.
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]A Basílica Úlpia tinha uma grande nave central com quatro corredores e janelas no clerestório que ajudavam a iluminar o espaço, dividido por fileiras de colunas com duas absides semicirculares, uma em cada ponta, e com a entrada no lado longitudinal. As colunas e as paredes eram revestidas de mármores preciosos e o teto, com cinquenta metros de altura, era coberto por telhas de bronze dourado.
As muitas fileiras de colunas separando os corredores e a nave são tradicionais em basílicas, uma forma que remonta aos antigos salões hipostilos do Egito Antigo.[3] Neste sentido, a Basílica Úlpia é bastante parecida com o mais famoso destes salões, o Grande Salão Hipostilo de Carnaque.
Muitas colunas ainda estão in situ, mas muitas mais ruíram. Parte da fundação da basílica está hoje sob a moderna Via dei Fori Imperiali, uma via construída na época de Benito Mussolini. Durante o período romano, o edifício era decorado com espólios de guerra e troféus da Guerras Dácias de Trajano.
Posteriormente, Constantino I utilizou o edifício como base para a construção das novas igrejas cristãs e também para a Basílica de Maxêncio e Constantino.[4]
Planimetria
[editar | editar código-fonte]Planimetria dos fóruns imperiais de Roma |
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Referências
- ↑ Tomlinson, R. A. From Mycenae to Constantinople: the Evolution of the Ancient City. London: Routledge, 1992. Print. ISBN 978-0-415-05998-5 (em inglês)
- ↑ a b Roth, Leland M. (1993). Understanding Architecture: Its Elements, History and Meaning (em inglês) First ed. Boulder, CO: Westview Press. p. 222. ISBN 978-0-06-430158-9
- ↑ The Forum of Trajan in Rome: A Study of the Monuments in Brief (2001) by James E. Packer; Roman Imperial Architecture (1981) by J. B. Ward-Perkins; Aulus Gellius: Attic Nights (1927) trad. John C. Rolfe (Loeb Classical Library). (em inglês)
- ↑ Giavarini, Carlo., The Basilica of Maxentius: the Monument, its Materials , Construction, and Stability, Roma: L'Erma di Bretschneider, 2005.