César Ladeira
César Ladeira | |
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Ladeira, em 1937 | |
Nome completo | Cesar Rocha Brito Ladeira |
Nascimento | 11 de dezembro de 1910 Campinas, São Paulo |
Morte | 8 de setembro de 1969 (58 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | radialista |
César Rocha Brito Ladeira, mais conhecido como Cesar Ladeira, (Campinas, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1969) foi um radialista brasileiro, ficou conhecido como "A voz da Revolução Constitucionalista", que ocorreu em 1932, e veio a se tornar um dos ícones da era de ouro do rádio no Brasil e dos mais famosos locutores do país.[1]
Ladeira foi o criador de nomes artísticos com os quais alguns cantores passaram a ser identificados: "Rei da Voz" para Francisco Alves, "A Pequena Notável" para Carmen Miranda, "O Cantor que Dispensa Adjetivos" para Carlos Galhardo, "O Caboclinho Querido" para Sílvio Caldas e "A Garota Grau Dez" para Emilinha Borba.
Biografia
Iniciou sua carreira em 1931, como locutor da Rádio Record de São Paulo, para onde fora convidado, quando era estudante de direito, a fazer um teste e, em vez de ler anúncios, proferiu um discurso contra o ditador Getúlio Vargas - o que agradou, junto a sua voz, a direção da emissora.[1]
Durante a Revolução Constitucionalista que contrapôs os paulistas e o governo de Vargas, a Record decidiu realizar programas políticos e, para isto, estabeleceu uma parceria com a Rádio Mayrink Veiga, carioca, tendo Ladeira como seu principal locutor; ele então realizava veementes discursos nos quais exortava a população a lutar e resistirem ao governo que infringia a Constituição do país; a revolta durou dois meses, sendo suplantada pelo novo regime e Ladeira acabou preso; no cárcere, aproveitou o tempo para escrever um livro, publicado mais tarde, sendo a primeira obra no país a versar sobre o rádio.[1]
Em 1933, foi contratado pela Mayrink, como locutor e diretor artístico, mudando-se para o Rio; iniciou um estilo, copiado dos locutores argentinos que para diferenciar os "erres" dos "agás" aspirados, carregavam nos primeiros.[2]
Atuou no cinema em vários filmes, estreando, em 1935, no cinema no filme "Alô, Alô, Brasil"[2] e sendo o protagonista do filme Sob a Luz do Meu Bairro, de 1946, dirigido por Moacyr Fenelon.[3]
Em 1948, assinou contrato com a Rádio Nacional, onde apresentou durante dez anos "Seu criado, obrigado", ao lado de Daisy Lúcidi, entre outros programas de sucesso.[2]
Dois anos antes de sua morte, em 1967, passou a atuar em humorísticos na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro.[2]
Foi marido da atriz Renata Fronzi.[2] Seus filhos, Cesar Fronzi Ladeira e Renato Fronzi Ladeira, foram os criadores da banda de rock "A Bolha".
Referências
- ↑ a b c Marcos Leite (4 de setembro de 2014). «César Ladeira: como era a "voz da Revolução Constitucionalista"?». EBC Rádios. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ a b c d e S/autor (n.d.). «César Ladeira». Rádio em Revista. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ Cinemateca Brasileira, Sob a Luz do Meu Bairro [em linha]
Ligações externas
- Sítio oficial em memória do radialista.
- César Ladeira. no IMDb.