Saltar para o conteúdo

Carles Puigdemont

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carles Puigdemont
Carles Puigdemont
Fotografia oficial de 2016.
Presidente da Generalidade da Catalunha
Período 10 de janeiro de 2016
a 27 de outubro de 2017
Vice-presidente Oriol Junqueras
Antecessor(a) Artur Mas
Sucessor(a) Quim Torra
Alcaide de Girona
Período 1 de julho de 2011
a 11 de janeiro de 2016
Antecessor(a) Ana Pagans
Sucessor(a) Maria Isabel Muradàs
Presidente da AMI
Período 17 de julho de 2015
a 15 de janeiro de 2016
Antecessor(a) Josep Maria Vila
Sucessor(a) Josep Andreu Domingo
Deputado do Parlamento da Catalunha
Período 10 de novembro de 2006
a atualidade
Vereador do Ajuntamento de Girona
Antecessor(a) 16 de junho de 2007
Sucessor(a) 11 de janeiro de 2016
Dados pessoais
Nascimento 29 de dezembro de 1962 (61 anos)
Amer, Girona, Catalunha, Espanha
Cônjuge Marcela Topor
Partido CDC (até 2016)
PDeCAT (2016-2020)
Juntos pela Catalunha (2020-)
Profissão jornalista e político
Assinatura Assinatura de Carles Puigdemont

Carles Puigdemont i Casamajó (Amer, 29 de dezembro de 1962) é um político e jornalista catalão. Foi alcaide de Girona entre 2011 e 2016. Foi Presidente da Generalidade da Catalunha de 9 de janeiro de 2016 a 27 de outubro de 2017, dia de sua renúncia[1] ao abrigo da Ordem PRA/1034/2017, de 27 de outubro[2], em aplicação do artigo n.º 155 da Constituição espanhola de 1978[3]. Foi eleito deputado da 8.ª, 9.ª e 10.ª legislaturas do Parlamento da Catalunha pela Convergência e União, e na 11.ª legislatura pelo Juntos pelo Sim[4]. Pertencente até 2016 à Convergência Democrática da Catalunha, foi membro do partido sucessor, o Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) até 2020, quando passou a formar parte do partido Juntos pela Catalunha.[5]

Carles Puigdemont, em pequeno (à direita), ao lado do seu irmão mais velho.

Cursou os estudos básicos e o bacharelato em sua povoação natal Amer, na província de Girona e no internato de Collell. Aos 16 anos já exercia jornalismo como correspondente para o jornal periódico Los Sitios, de Girona, enviando crónicas futebolísticas e outras notícias[6].

Iniciou Filologia Catalã no Colégio Universitário de Girona, estudos que abandonaria mais tarde para se dedicar ao jornalismo[6]. Em 1981, começou a trabalhar no diário El Punt, onde acabou sendo redator-chefe. Também trabalhou na revista Presència[7].

Em 1988, dedicou-se a reunir referências da imprensa internacional sobre Catalunha, material que deu como fruto a publicação em 1994[7] do livro Cata… què? Catalunya vista per la premsa internacional[8]. É membro do Colégio de Jornalistas da Catalunha.

Durante os Jogos Olímpicos de Barcelona (1992), teve uma atividade destacada contra a denominada "Operación Garzón"[7].

Nos anos 90, viajou pela Europa e começou a trabalhar na aplicação das novas tecnologias à informação, o que se traduziria na criação, em 1999, por encargo da Generalidade, da Agência Catalã de Notícias (ACN)[6].

Puigdemont dirigiu a agência até 2002, quando o então presidente da Deputação Provincial gironense, Carles Pàramo (CiU), ofereceu-lhe ser diretor da Casa de Cultura de Girona.

Em 2004, regressou ao jornalismo como diretor geral do jornal periódico Catalonia Today, um jornal periódico catalão em inglês que ele contribui para impulsionar[7].

Deixou o jornalismo para se dedicar por completo à política em 2006 quando a CiU lhe fez uma dupla oferta: formar parte da candidatura ao Parlamento da Catalunha e aspirar em 2007 à alcaidia de Girona.[6]

Trajetória política

[editar | editar código-fonte]
Puigdemont em 2015

Em 1980 iniciou o seu ativismo político marcado pelo independentismo. Neste ano assistiu à sua primeira convenção partidária, de Jordi Pujol.[6]

Ativista da Crida a la Solidaritat en Defensa de la Llengua, la Cultura i la Nació Catalanes pertenceu à Juventude Nacionalista da Catalunha (JNC) que contribuiu para fundar em Girona. Atualmente é militante da Convergência Democrática da Catalunha (CDC).[7]

Em 2006 foi candidato às eleições para o Parlamento da Catalunha pela CiU pela circunscrição de Girona e foi eleito deputado.

Em 2007 encabeçou a lista da CiU para o Ajuntamento de Girona, mas não ganhou as eleições e manteve-se na oposição.

A 1 de julho de 2011 converteu-se no sucessor de Anna Pagans à frente do Ajuntamento de Girona, após ganhar as eleições municipais celebradas a 22 de maio de 2011, acabando assim com mais de 32 anos de hegemonia do PSC[9] em Girona, que vinha governando desde após as eleições municipais de 1979.

A 15 de julho de 2011, quando se dirigia para uma conferência do vereador da Saúde, foi agredido por um grupo de umas duzentas pessoas durante os protestos contra os cortes no dito setor.[10]

Em julho de 2015 substituiu Josep Maria Vila d'Abadal como presidente da Associação de Municípios pela Independência e o seu nome incorporou-se à lista de pessoas chave para a "refundação" da CDC.[11]

Nas eleições para o Parlamento de Catalunha de 27 de setembro de 2015 ocupou o posto número três na lista de Juntos pelo Sim por Girona e foi reeleito deputado.[12]

A 9 de janeiro de 2016 o presidente em funções da Generalidade da Catalunha Artur Mas anunciou que propunha o seu nome para ser investido como novo presidente.[13]

Presidente da Generalidade da Catalunha

[editar | editar código-fonte]

Foi investido presidente da Generalidade da Catalunha a 10 de janeiro de 2016.[14] A 27 de outubro de 2017, logo após a tentativa de proclamar um sistema republicano para a região, foi demitido pelo Governo da Espanha do seu cargo na presidência da comunidade autónoma da Catalunha por aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola de 1978.

Cargos políticos

[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Zoila Riera

Porta-voz do Grupo de Convergência e União no
Ajuntamento de Girona

2007-2011
Sucedido por
Carles Ribas
Precedido por
Anna Pagans

Alcaide de Girona

2011-2016
Sucedido por
Albert Ballesta
Precedido por
Artur Mas

Presidente da Generalidade da Catalunha

2016-2017
Sucedido por
Quim Torra

Está casado com a jornalista romena Marcela Topor[15] e tem duas filhas.[16]

Referências

  1. lamoncloa.goc.es, ««Rajoy anuncia el cese de Puigdemont y su Gobierno y la convocatoria de elecciones autonómicas en Cataluña el 21 de diciembre»». www.lamoncloa.gob.es . Consultado em 27 de outubro de 2017.
  2. «Boletim Oficial do Estado, 27 de outubro de 2017» (PDF). www.boe.es .
  3. Diario ABC (ed.). «Rajoy fulmina a Puigdemont y a todos los consejeros y convoca elecciones autonómicas el 21 de diciembre». Consultado em 27 de outubro de 2017 
  4. «Ficha en el Parlamento de Cataluña» (em catalão). Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  5. «Carles Puigdemont encabezará la lista de Junts per Catalunya en las elecciones del 14-F» (em espanhol). El Mundo. 23 de dezembro de 2020. Consultado em 20 de agosto de 2021 
  6. a b c d e «Carles Puigdemont, assim é o próximo presidente da Catalunha». La Vanguardia. La Vanguardia. Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  7. a b c d e «Carles Puigdemont i Casamajó | enciclopèdia.cat». www.enciclopedia.cat. Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  8. «ISBN 8486491886». www.casadellibro.com 
  9. «Primeiro alcaide não socialista de Girona». web.archive.org 
  10. «Agressão ao alcaide». www.elpunt.cat 
  11. «A refundação da CDC passa pelos alcaides». Ara.cat (em catalão). Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  12. «Carles Puigdemont, um jornalista na Presidência da Generalidade». europapress.es (em espanhol). Europa Press. Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  13. «Artur Mas explica el acuerdo de Junts Pel Sí y la CUP». La Vanguardia. plus.google.com/+lavanguardia/posts. Consultado em 9 de janeiro de 2016 
  14. «Carles Puigdemont, investido presidente da Generalidade». www.abc.es 
  15. Digital, Nació. «Nació Digital: VÍDEO Marcela Topor, periodista i muller de Carles Puigdemont». www.naciodigital.cat. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  16. «"Si sabem oferir un producte genuí, la marca Barcelona és una oportunitat"». El Punt Avui. Consultado em 9 de janeiro de 2016