Casa de Souza do Prado

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Souza do Prado
O Brasão dos Sousa do Prado
País: Portugal
Dinastia de origem: Casa de Sousa
Títulos: Rico-homem
Marquês das Minas
Conde do Prado
Senhor do Prado
Senhor de Santarém
Senhor da Torre de Stº Estêvão
Senhor de Mortágua
Senhor de Beringel
Senhor de Serva
Senhor de Atei
Senhor de juri de Penaguião
Senhor de juri de Gestaçô
Senhor de juri de Fontes
Senhor de Aguiar de Pena
Senhor de Amarante[1]
Alcaide-mor de Outeiro de Miranda
Alcaide-mor de Senábria[nota 1]
Fundador: Martim Afonso de Souza, "O Chichorro"
Ano de fundação: século XIII

A Casa de Souza do Prado, também chamada de Souza Chichorro por causa do fundador da casa Martim Afonso de Souza, "O Chichorro" que teve este epíteto por ser de pequena estatura, foi um sobrenome usado por uma antiga família Nobre de Portugal, descendentes de Afonso III de Portugal.

Origem do Apelido[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sousa (apelido)

A origem do sobrenome vem de famílias que habitavam a beira do rio Sousa que recebeu esse nome através do latim Saxa, significando "pedras". O equivalente espanhol é o sobrenome Sosa, palavra com o mesmo significado.

O primeiro indivíduo a usar este apelido foi, como deduzem os genealogistas, o nobre D. Egas Gomes de Sousa, nascido em 1035 e que o tomou de suas Terras de Sousa. Foi ainda senhor de Novelas e Felgueiras, governador da comarca de Entre Douro e Minho e valente batalhador. Recebeu-se com Dona Châmoa Gomes, chamada Gontinha (ou Goncinha) Gonçalves, filha de D. Gonçalo Trastamires de Maia e de D. Mécia Rodrigues e trineta de D. Ramiro II, Rei de Leão.

História[editar | editar código-fonte]

Por volta de 1250, o até então Rei de Portugal Afonso III teve um relacionamento com Madragana Ben Aloandro, filha de Aloandro Ben Bekar[2] também conhecido como Aloandro Gil que segundo dados foi muladi dos Banu Harune. Deste relacionamento nasceu o bastardo Martim Afonso de Souza, "O Chichorro", que de seu pai recebeu a Torre de Stº Estevão no norte de Portugal e também ganhou o Senhorio de Santarém nas proximidades de Lisboa. Com o passar do tempo os seus descendentes foram ganhando outros senhorios como Mortágua, Serva e Atei, Aguiar de Pena, Amarantes e de juri Senhores de Penaguião, Gestaçô e Fontes o que fez a casa de Souza do Prado uma casa muito importante em Portugal.

Anos depois, em 1500 o Brasil é descoberto por Pedro Álvares Cabral, mas mesmo depois de algumas expedições, o litoral brasileiro não era muito conhecido. Então em 1530, com Portugal voltando seus olhos para o Brasil e com franceses fazendo tratados com tribos indignas,[3] mandou Martim Afonso de Souza para uma expedição onde tinha como objetivos, fazer um reconhecimento da costa brasileira, expulsar os franceses, colocar padrões de posse desde o Rio Maranhão até ao Rio da Prata, o qual não alcançou em função de ter naufragado antes, e dividir a costa brasileira em capitanias medidas em léguas de costa que seguidamente El-Rei concederia a donatários.

Martim Afonso de Souza estava autorizado a escolhe para si mesmo cem léguas de costa da melhor terra e outras oitenta para seu irmão mais novo Pero Lopes de Souza. Martim Afonso de torna Capitão da Capitania de São Vicente e seu irmão da Capitania de Santo Amaro e da Capitania de Itamaracá.

Brasão[editar | editar código-fonte]

O Brasão dos Souzas do Prado foi provavelmente ordenado para ser feito por Martim Afonso de Souza, da Batalha Real, nele podemos ver um esquartelado das armas reais de Portugal e de Leão e Castela, o de Portugal provavelmente pelo fato dos Souzas do Prado descenderem de Afonso III de Portugal e o de Leão e Castela por via dos Valadares, descendentes de Afonso IX de Leão

Árvore Genealógica (Afonso III ao Brasil)[editar | editar código-fonte]

Afonso III de Portugal
Madragana Ben Aloandro
Inês Lourenço de Valadares
Martim Afonso de Souza, O Chichorro
D. Aldonça Anes de Briteiros
Martim Afonso de Souza II
Vasco Martins de Souza
Inês Dias Manuel
Martim Afonso de Souza, da Batalha Real
Desconhecida
Martim Afonso de Souza, 5º Senhor da Torre de Stº Estêvão
Violante Lopes de Távora
Gonçalo Anes de Souza, 3º Senhor de Mortágua
Pero Martins de Souza, Senhor de Prado
Maria Pinheira
Beatriz de Albuquerque
Lopo Peres de Souza
Martim Afonso de Souza
Pero Lopes de Souza

Principais nomes da família Souza do Prado[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Seabra, que fica atualmente na Espanha, pertencia na época a Portugal com o nome de Senábria.

Referências

  1. «Origem dos Sousas ditos do Prado» , , Manuel Abranches de Soveral, acessado em 5 de abril de 2019
  2. BRANDAO, António (1632). Quarta parte da Monarchia lusitana : que contem a historia de Portugal desdo tempo del Rey Dom Sancho Primeiro, até todo o reinado delRey D. Afonso III. Lisboa: Mosteiro de S. Bernardo. pp. 220 verso 
  3. LUÍS, Washington (1956). Na Capitania de São Vicente : Esta é uma obra fundamental para a revisão histórica da Capitania de São Vicente, como também para a história colonial do Brasil, inclusive sobre a expedição de Martim Afonso de Souza. Universidade do Texas: Livraria Martins Editôra. 339 páginas 
  4. [1], Buratto, Sousas do Prado