Cerco de Santarém (1184)

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Cerco de Santarém
Data junho a julho de 1184
Local Santarém, Portugal
Desfecho
  • Vitória dos cristãos
Beligerantes
Nações: Nações:
Comandantes
Liderados por: Liderados por:
Forças
Desconhecidas Desconhecidas
Baixas
Desconhecidas Desconhecidas

O Cerco de Santarém foi uma dos episódios da reconquista, durando de Junho a Julho de 1184. Na primavera de 1184, Abu Iacube Iúçufe I reuniu um exército, atravessou o Estreito de Gibraltar e marchou até Sevilha. Daqui seguiu com as suas forças até Badajoz e prosseguiu para ocidente para fazer um cerco a Santarém, defendida por Afonso I de Portugal.[1] Quando se descobriram as intenções dos mouros Fernando II de Leão marchou para Santarém com o seu exército em auxilio do seu sogro Afonso I.

Morte de Iúçufe[editar | editar código-fonte]

Abu Iúçufe, acreditando ter tropas suficientes para realizar e suportar o cerco, deu ordens para que parte das suas forças marchassem até Lisboa e fizessem um cerco semelhante à cidade. As ordens foram mal difundidas pelo seu exército, fazendo com que os homens abandonassem o seu posto quando viram muitos dos seus camaradas a "retirarem" para Lisboa. Abu Iúçufe tentando evitar a desordem e o fim do cerco, numa tentativa que reunir as suas tropas, foi ferido com uma seta de besta[2] e morreu a 29 de Julho de 1184.[3]

A vitória[editar | editar código-fonte]

A vitória em Santarém foi uma grande conquista para Afonso I, que havia sido reconhecido formalmente como rex Portugalensium[4] em 1179 pelo Papa Alexandre III, e mesmo ainda com 75 anos, uma idade muito avançada para a época, foi capaz de se sagrar vencedor do cerco de Santarém em 1184 e solidificar a identidade do Reino de Portugal.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. O'Callaghan, Joseph F., A History of Medieval Spain, (Cornell University Press, 1975), 241.
  2. E.J. Brill's first encyclopaedia of Islam, 1913-1936, Vol. 2, Ed. Martijn Theodoor Houtsma, (BRILL, 1987), 153.
  3. Hirtenstein, Stephen, The unlimited mercifier: the life and thought of Ibn ʻArabī, (Anqa Publishing, 1999), 254.
  4. O'Callaghan, 241.