Conrado de Wittelsbach
Conrado de Wittelsbach | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais Arcebispo de Mogúncia | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Arquidiocese de Mogúncia |
Eleição | maio de 1161 |
Predecessor | Cristiano I de Mainz |
Sucessor | Leopoldo II de Schönfeld |
Mandato | 1161-1165 1183-1200 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação episcopal | 25 de dezembro de 1165 por Papa Alexandre III |
Nomeado arcebispo | maio de 1161 |
Cardinalato | |
Criação | 1163 por Papa Alexandre III |
Ordem | Cardeal-presbítero (1163) Cardeal-bispo (1163-1200) |
Título | São Marcelo (1163) Sabina (1163-1200) |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Sacro Império Romano-Germânico 1120 |
Morte | Neustadt an der Aisch 25 de outubro de 1200 (80 anos)[1] |
Nacionalidade | alemão |
Progenitores | Mãe: Heilika von Pettendorf Pai: Oto IV, conde de Wittelsbach-Scheyern |
Sepultado | Catedral de Mainz |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Conrado de Wittelsbach, em alemão: Konrad von Wittelsbach (1120 - 25 de outubro de 1200) foi um cardeal bávaro, Arcebispo de Mogúncia e Deão do Sagrado Colégio dos Cardeais.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Era o quarto filho do Conde Palatino da Baviera Oto IV, conde de Wittelsbach-Scheyern e sua esposa Heilika von Pettendorf.[1] A sua formação inicial foi na escola da catedral de Salzburgo, mais tarde, estudou em Paris e em Bolonha.[1]
Eleito Arcebispo de Mainz em maio de 1161 e nomeado Arquichanceler da Germânia, mas em 1167, a famosa biblioteca e a antiga catedral de Mainz foram destruídas por um incêndio. Perseguido pelo imperador Frederico I Barbarossa, porque ele não tinha apoiado antipapa Vítor IV, procurou refúgio com o Papa Alexandre III em Sens.[1]
Foi criado cardeal-presbítero de São Marcelo no consistório de 1163, celebrado em Sens.[2] Ele acompanhou o Papa no final de novembro 1163 a Roma. Recebeu a consagração episcopal do Papa Alexandre III. Nomeado cardeal-bispo de Sabina, em 1163, mantendo a Sé de Mainz. Subscreveu bulas papais emitidas entre 18 de março de 1166 e 6 de agosto de 1177, entre 10 agosto de 1177 e 12 de abril de 1179 e 30 de abril e 5 de junho de 1182. Estabeleceu uma estreita amizade com o arcebispo Thomas Becket de Canterbury, futuro mártir e santo. Legado da Baviera, entre 1169-1171 e 1173-1177.[1]
De acordo com o contrato de Anagni, o cardeal Conrado renunciou em 1 de agosto de 1177, em Veneza, à arquidiocese de Mainz nas mãos do Papa Alexandre III, e em 9 de agosto, com base no artigo 12 da paz de Veneza, e de acordo com Imperador Frederico Barbarossa, o capítulo da catedral de Salzburgo escolheu o cardeal como seu arcebispo e o papa conferiu-lhe a legação de toda a Germânia, tendo o imperador investido-o imediatamente após a eleição pelo capítulo, e da confirmação pelo papa foi feito por um certificado de 14 de junho de 1178.[1] Nesse mesmo ano, ele realizou um sínodo provincial em Hohenau, ele construiu um mosteiro, onde o corpo de São Virgílio, apóstolo dos Carintianos e bispo de Salzburgo, foi exposto. Em homenagem ao seu amigo assassinado Arcebispo Becket de Canterbury, ele consagrou, em 17 de março de 1178, o restaurado "Felsenkapelle" nas catacumbas do cemitério de St. Peter, em Salzburgo, e também estabeleceu a primeira festa do padroeiro de São Tomás Becket no sul da Alemanha.[1]
Ele participou do Terceiro Concílio de Latrão, de 1179, que estabeleceu que para ser canonicamente eleito papa, o candidato teve que receber dois terços dos votos dos cardeais que participam do conclave. Por uma bula papal de 1179, ele e seus sucessores tiveram a dignidade e os poderes de um legado apostólico permanente (legatus natus) para a província eclesiástica de Salzburgo e a ele também foi concedido o direito de nomear os bispos de Gurk, um uso ampliado do pálio, o porte de uma cruz diante dele em procissões, e a montaria em um cavalo branco (palfrey) nos feriados santos.[1]
Tornou-se arcebispo de Mainz novamente em novembro de 1183, depois da paz de Veneza, entre o papa e o imperador, ele reviveu as visitações e celebrações dos sínodos (1184, 1188, 1194 e 1196) e favoreceu aos Agostinianos e Premonstratenses. Torna-se Decano do Colégio dos Cardeais em 1181.[1]
Legado na Hungria para reconciliar os dois irmãos do rei, Emérico e André. Embora fosse cardeal-bispo de Sabina, ele se tornou protopresbítero em 1196[3]. Em abril de 1197, ele liderou um exército da Terceira Cruzada à Terra Santa como legado do Papa Celestino III. Tomou parte na sucessão do rei de Antioquia, em 6 de janeiro de 1199, com a permissão papal, o cardeal Conrado coroou Leão II como rei da Armênia, no final daquele ano, ele voltou para a Germânia com novos poderes legatinos.[1]
Em abril de 1200, ele foi capaz de estabelecer uma trégua entre os Hohenstaufen e Guelfos na Germânia.[1]
Faleceu em 25 de outubro de 1200, retornando da Terra Santa, em Neustadt an der Aisch, sendo sepultado na Catedral de Mainz, que ele ajudou a reconstruir em 1167.[1]
Conclaves
[editar | editar código-fonte]- Eleição papal de 1181 - participou da eleição do Papa Lúcio III
- Eleição papal de 1185 - participou como deão da eleição do Papa Urbano III
- Eleição papal de outubro de 1187 - participou como deão da eleição do Papa Gregório VIII
- Eleição papal de dezembro de 1187 - participou como deão da eleição do Papa Clemente III
- Eleição papal de 1191 - participou como deão da eleição do Papa Celestino III
- Eleição papal de 1198 - participou como deão da eleição do Papa Inocêncio III
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l The Cardinals of the Holy Roman Church
- ↑ De acordo com Cardella, Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa, 1792, I, pt. 2, 100; Eubel, Hierarchia Catholica Medii et Recientoris Aevi, I, p. 3, no, 3; e "Essai de liste générale des cardinaux. Les cardinaux du XIIè siècle". Annuaire Pontifical Catholique 1928, p. 43; Brixius, Die Mitglieder des Kardinalkollegiums von 1130-1181, p. 63, no. 14; e Ortner, Franz ; Jürgensmeier, Friedhelm. "Konrad von Wittelsbach (um 1130-1200)." Die Bischöfe des Heiligen Römischen Reiches, 1198 bis 1448, p. 397; e todas as fontes eletrônicas ligadas, dizem que ele foi promovido ao cardinalato em 18 de dezembro de 1165.
- ↑ De acordo com Francesco Cristofori, Cronotasi dei cardinali di Santa Romana Chiesa (Roma: Tipografia de Propaganda Fide, 1888), p. 277.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Chacón, Alfonso (1677). Vitae et res gestae Pontificum romanorum et S.R.E. Cardinalium. ab initio nascentis Ecclesiae vsque ad Clementem IX P.O.M. (em latim). Roma: Tomus Tertius
- Cardella, Lorenzo (1793). Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa (em italiano). Roma: Stamperia Pagliarini. ISBN 9781143264566
- Burkhardt, Stefan (2008). Mit Stab und Schwert. Bilder, Träger und Funktionen erzbischöflicher Herrschaft zur Zeit Kaiser Friedrich Barbarossas. Die Erzbistümer Köln und Mainz im Vergleich. (em alemão). Heidelberg: Thorbecke, Ostfildern. ISBN 978-3-7995-4273-9
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «Repertorium „Geschichtsquellen des deutschen Mittelalters"» (em alemão)
- «Germania Sacra» (em alemão)
Precedido por Rodolfo de Zähringen |
Arcebispo de Mogúncia 1161 — 1165 |
Sucedido por Cristiano I de Mainz |
Precedido por Júlio |
Cardeal-presbítero de São Marcelo 1163 |
Sucedido por Mathieu d'Anjou |
Precedido por Gregorio della Suburra |
Cardeal-bispo de Sabina 1163 — 1200 |
Sucedido por João de São Paulo |
Precedido por Adalberto III da Boêmia |
Arcebispo de Salzburgo 1177 — 1183 |
Sucedido por Adalberto III da Boêmia |
Precedido por Ubaldo Allucignoli |
Deão do Sacro Colégio dos Cardeais 1181 — 1200 |
Sucedido por Ottaviano Poli dei conti di Segni |
Precedido por Cristiano I de Mainz |
Arcebispo de Mogúncia 1183 — 1200 |
Sucedido por Leopoldo II de Schönfeld |