Saltar para o conteúdo

Dactilologia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ThiagoRuiz (discussão | contribs)
m Revertidas edições por 189.121.65.157 para a última versão por LucienBOT (Huggle)
Título com o Acordo Ortográfico.
Linha 1: Linha 1:
A '''dactilologia''', ou '''alfabeto manual''', é uma sistema de representação, quer simbólica, quer icónica, das [[letra]]s dos [[alfabeto]]s das línguas orais escritas, por meio das [[mão]]s. É útil para se entender melhor a [[cultura surda|comunidade surda]], faz parte da sua cultura e surge da necessidade de contacto com os cidadãos [[ouvinte]]s. <ref>http://abcgestual.no.sapo.pt/D2.htm</ref>
A {{PEPB-AO|dactilologia|datilologia|dactilologia''' ou '''datilologia}}, ou '''alfabeto manual''', é uma sistema de representação, quer simbólica, quer icónica, das [[letra]]s dos [[alfabeto]]s das línguas orais escritas, por meio das [[mão]]s. É útil para se entender melhor a [[cultura surda|comunidade surda]], faz parte da sua cultura e surge da necessidade de contacto com os cidadãos [[ouvinte]]s. <ref>http://abcgestual.no.sapo.pt/D2.htm</ref>


Em geral, é um erro comparar o alfabeto manual com a língua gestual (no [[Brasil]]: [[língua de sinais]]), quando, na realidade, pois este é a anotação, por meio das mãos, das letras das línguas orais e dos seus principais caracteres.
Em geral, é um erro comparar o alfabeto manual com a língua gestual (no [[Brasil]]: [[língua de sinais]]), quando, na realidade, pois este é a anotação, por meio das mãos, das letras das línguas orais e dos seus principais caracteres.

Revisão das 14h17min de 24 de fevereiro de 2011

A dactilologia (português europeu) ou datilologia (português brasileiro) (AO 1990: dactilologia ou datilologia), ou alfabeto manual, é uma sistema de representação, quer simbólica, quer icónica, das letras dos alfabetos das línguas orais escritas, por meio das mãos. É útil para se entender melhor a comunidade surda, faz parte da sua cultura e surge da necessidade de contacto com os cidadãos ouvintes. [1]

Em geral, é um erro comparar o alfabeto manual com a língua gestual (no Brasil: língua de sinais), quando, na realidade, pois este é a anotação, por meio das mãos, das letras das línguas orais e dos seus principais caracteres.

Tipologia formal

A dactilologia classifica-se em dois tipos.

  • Bimanual, onde se representam convencionalmente os caracteres nas distintas falanges e juntas da mão passiva (geralmente a esquerda), usando-se o indicador da outra mão (dominante) como ponteiro sinalizador. É utilizado, actualmente pelos surdos no Reino Unido, Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e nalgumas zonas do Canadá. O alfabeto do Reino Unido é muito antigo, pois já era utilizado pelos monges da Irlanda, no século VII.
  • Unimanual, em que a mão dominante (geralmente a direita), representa graficamente as letras impressas em minúsculas, do alfabeto latino. A sua origem é espanhola, provavelmente das comunidades de judeus convertidos do início do século XVI. [2]

Na maioria dos países cujas línguas oficiais se escrevem com o alfabeto latino — e, inclusive nos países árabes, como Egipto e Marrocos, se bem que adaptado à grafia árabe — os surdos usam um alfabeto unimanual para representar os caracteres baseado no alfabeto manual espanhol.

Dactilologia nas línguas gestuais

A dactilologia foi inserida nas línguas gestuais, por educadores, tanto ouvintes como surdos; ela serve de ponte entre a língua gestual e a língua oral que a rodeia.

A dactilologia é usada em muitas línguas gestuais, com vários propósitos: representar palavras (especialmente nomes de pessoas ou de localidades) que não têm gesto (br: sinal) equivalente, ou para ênfase ou clarificação, ou para se ensinar ou aprender uma determinada língua gestual.

História

A dactilologia tem a sua origem em Espanha. A sua fonte conhecida mais antiga, a obra do monge franciscano Mechor Sánchez de Yebra (1526-1586), foi publicada em 1593. Este afirma no seu livro que a fonte original desse alfabeto é San Buenaventura (Frei Juan de Fidanza, 1221-1274).

Outro monge espanhol, contemporâneo de Sánchez Yebra, Pedro Ponce de León (1508-1584), também tinha feito uso de um alfabeto manual para educar vários meninos surdos. A difusão alcançada pelo alfabeto manual de Sánchez de Yebra, contudo, não se deve a Ponce de Léon — que não chegou a trazer a público os seus trabalhos, a não ser um, publicado em 1620 — mas a outro espanhol, Juan Pablo Bonet.

Pablo Bonet era secretário da família Fernandez de Velasco, que tinha vários surdos, por causa dos frequentes casamentos entre parentes, realizados para manter o património vinculado à família.

No século XVIII, a dactilologia surgiu em França, através de Jacob Rodriguez Pereira e em 1816, através de Thomas Hopkins Gallaudet, e foi levada para os EUA. [3]

Curiosidades

Foram descobertos alfabetos manuais em centenas de pinturas renascentistas medievais. [4]

Referências

  1. http://abcgestual.no.sapo.pt/D2.htm
  2. Gáston y Storch de Gracia 2004.
  3. http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo3.pdf
  4. Bragg, Lois (1996). Chaucer's Monogram and the 'Hoccleve Portrait' Tradition, Word and Image 12 (1996): 12 http://listserv.linguistlist.org/cgi-bin/wa?A2=ind9811&L=slling-l&P=2134

Fontes

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Dactilologia