Design de interiores

O design de interiores é uma técnica cenográfica e visual para a composição e decoração de ambientes internos (cômodos de casas, escritórios, palácios, etc.). Consiste na arte de planejar e organizar espaços, escolhendo e/ou combinando os diversos elementos de um ambiente, estabelecendo relações estéticas e funcionais, em relação ao que se pretende produzir. O profissional harmoniza, em um determinado espaço, móveis, objetos e acessórios, como cortinas e tapetes, procurando conciliar conforto, praticidade e beleza. Planeja cores, materiais, acabamentos e iluminação, utilizando tudo de acordo com o ambiente e adequando o projeto às necessidades, ao gosto e à disponibilidade financeira, do cliente. Administra o projeto de decoração, estabelece cronogramas, fixa prazos, define orçamentos e coordena o trabalho de marceneiros, pintores e eletricistas. Pode projetar salas comerciais, residências ou espaços em locais públicos. Esse profissional costuma trabalhar como autônomo, mas pode atuar também como funcionário de empresas especializadas em decoração e design de interiores ou, ainda, como consultor em lojas de móveis.
Formação acadêmica
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A graduação em Bacharel de Design de Interiores ou Composição de Interiores tem duração média de 8 períodos. A graduação Tecnológica de Design de interiores tem duração entre 4 e 6 períodos. O profissional por sua vez pode seguir nos estudos fazendo cursos de pós-graduação latu senso (especialização), MBA (especialização) e strictu senso (mestrado).
Mercado de trabalho
[editar | editar código]O salário inicial de um profissional, com nível superior, é de R$ 2 250,00,[1] mas ele pode variar de acordo com a região do país. Um reconhecido profissional, em grandes cidades, poderá ter uma renda maior.
História[2]
[editar | editar código]A prática de organizar ambientes acompanha a história da humanidade:
- Antiguidade: civilizações egípcia, grega e romana já utilizavam princípios decorativos e arquitetônicos.
- Idade Média: os interiores eram fortemente marcados pela função defensiva e pela religiosidade.
- Renascimento e Barroco: introdução de ornamentos, mobiliário sofisticado e integração entre arte e arquitetura.
- Século XIX: Revolução Industrial democratizou a produção de móveis e objetos, popularizando a prática decorativa.
- Século XX: surgimento do design de interiores como profissão formal, em especial nos EUA e Europa, com nomes como Elsie de Wolfe e Dorothy Draper.
- Século XXI: integração com tecnologia (automação, design sustentável, realidade virtual e aumentada para projetos).
Estilos e tendências[3]
[editar | editar código]Entre os estilos mais difundidos no design de interiores contemporâneo estão:
- Clássico
- Moderno
- Minimalista
- Industrial
- Escandinavo
- Boho chic
Tendências atuais incluem o design sustentável, o uso de materiais reciclados, a busca por eficiência energética, e a integração com tecnologias inteligentes (como iluminação automatizada e dispositivos IoT).
Regulamentação[4]
[editar | editar código]Em vários países, a profissão de designer de interiores é regulamentada.
- Brasil: ainda não há regulamentação federal plena, mas há conselhos e associações, como a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), que estabelecem padrões éticos e técnicos.
- Internacional: órgãos como o Council for Interior Design Qualification (CIDQ) e a International Federation of Interior Architects/Designers (IFI) são referências globais.
Ver também
[editar | editar código]Referências
- ↑ Guia do estudante, Design de interiores, acessado em 01 de setembro de 2014.
- ↑ «Interior design | Definition, History, Styles, & Facts | Britannica». www.britannica.com (em inglês). 8 de agosto de 2025. Consultado em 13 de setembro de 2025
- ↑ «Flinders House / Foomann Architects». ArchDaily (em inglês). 5 de abril de 2023. Consultado em 13 de setembro de 2025
- ↑ «ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores». abd.org.br. Consultado em 13 de setembro de 2025
