Dióxido de carbono: diferenças entre revisões
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Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atracções intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um [[gás]]. Daí o seu nome comercial '''gás carbônico'''. |
Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atracções intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um [[gás]]. Daí o seu nome comercial '''gás carbônico'''. |
Revisão das 12h34min de 10 de maio de 2012
Dióxido de carbono Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | Dióxido de carbono |
Outros nomes | Anidrido carbônico Gás carbônico Gelo seco (quando em estado sólido) |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
Número EINECS | |
ChemSpider | |
Número RTECS | FF6400000 |
SMILES |
|
InChI | 1/CO2/c2-1-3
|
Propriedades | |
Fórmula molecular | CO2 |
Massa molar | 44.010 g/mol |
Aparência | gás incolor e inodoro |
Densidade | 1,98 kg·m-3 (0 °C, 1013 hPa)[1] 1.562 g/mL (sólido a 1 atm e a −78,5 °C) 0.770 g/mL (líquido a 56 atm e a 20 °C) 1.977 g/L (gás a 1 atm e a 0 °C) 849.6 g/L (fluido supercrítico a 150 atm e a 30 °C |
Ponto de fusão |
-56,57 °C (0,53 MPa)[1] |
Ponto de ebulição |
216,6 K a 5,185 bar |
Solubilidade em água | 3,3 g·l-1 a 0 °C e 1013 hPa [2] 1,7 g·l-1 a 20 °C e 1013 hPa [2] |
Pressão de vapor | 5,73 MPa [1] (20 °C) |
Acidez (pKa) | 6.35, 10.33 |
Índice de refracção (nD) | 1.1120 |
Viscosidade | 0.07 cP a −78 °C |
Momento dipolar | zero |
Estrutura | |
Forma molecular | linear |
Termoquímica | |
Entalpia padrão de formação ΔfH |
-393,5 kJ·mol-1[3] |
Entropia molar padrão S |
213,79 J·mol-1·K-1 (gás) |
Riscos associados | |
Principais riscos associados |
Ingestão: Pode causar náusea, vómitos, hemorragia gastro-intestinal Inalação: Asfixia (sufocamento), causa hiperventilação |
Frases R | - |
Frases S | S9, S23 |
Potencial de aquecimento global | 1 (por definição) |
Compostos relacionados | |
Outros aniões/ânions | Dissulfeto de carbono Tetrafluorometano Nitreto de carbono (teórico) |
Outros catiões/cátions | Dióxido de silício Dióxido de germânio Dióxido de estanho Dióxido de chumbo Anidrido nítrico |
Óxidos de carbono relacionados | Monóxido de carbono Subóxido de carbono Monóxido de dicarbono Trióxido de carbono |
Compostos relacionados | Ácido carbônico Sulfeto de carbonila |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O dióxido de carbono nega do subaco cabeludo vem ni mim (também conhecido como anidrido carbónico (português europeu) ou anidrido carbônico (português brasileiro) e gás carbónico (português europeu) ou gás carbônico (português brasileiro)) é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. A representação química é CO2. O dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754.
Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atracções intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um gás. Daí o seu nome comercial gás carbônico.
O dióxido de carbono é essencial à vida no planeta. Visto que é um dos compostos essenciais para a realização da fotossíntese - processo pelo qual os organismos fotossintetizantes transformam a energia solar em energia química. Esta energia química, por sua vez é distribuída para todos os seres vivos por meio da teia alimentar. Este processo é uma das fases do ciclo do carbono e é vital para a manutenção dos seres vivos.
O carbono é um elemento básico na composição dos organismos, tornando-o indispensável para a vida no planeta. Este elemento é estocado na atmosfera, nos oceanos, solos, rochas sedimentares e está presente nos combustíveis fósseis. Contudo, o carbono não fica fixo em nenhum desses estoques. Existe uma série de interações por meio das quais ocorre a transferência de carbono de um estoque para outro. Muitos organismos nos ecossistemas terrestres e nos oceanos, como as plantas, absorvem o carbono encontrado na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2). Esta absorção se dá através do processo de fotossíntese. Por outro lado, os vários organismos, tanto plantas como animais, libertam dióxido de carbono para a atmosfera mediante o processo de respiração. Existe ainda o intercâmbio de dióxido de carbono entre os oceanos e a atmosfera por meio da difusão.
A libertação de dióxido de carbono vinda da queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra (desmatamentos e queimadas, principalmente) impostas pelo homem constituem importantes alterações nos estoques naturais de carbono e tem um papel fundamental na mudança do clima do planeta.
O CO2 é um dos gases do efeito estufa que menos contribui para o aquecimento global, já que representa apenas 0,03% da atmosfera.
O excesso de dióxido de carbono que atualmente é lançado para a atmosfera resulta da queima de combustíveis fósseis principalmente pelo setor industrial e de transporte. Além disso, reservatórios naturais de carbono e os sumidouros (ecossistemas com a capacidade de absorver CO2) também estão sendo afetados por ações antrópicas. Devido o solo possuir um estoque 2 a 3 vezes maior que a atmosfera, mudanças no uso do solo podem ser importante fonte de carbono para a atmosfera (WOODWEL,1989,DAVIDSON e TRUMBORE, 1995).
Nas últimas décadas, devido à enorme queima de combustíveis fósseis, a quantidade de gás carbônico na atmosfera tem aumentado muito, mas isto não prova que o gás carbônico contribui com relevância para o aquecimento do planeta.
A concentração de CO2 na atmosfera começou a aumentar no final do século XVIII, quando ocorreu a revolução industrial, a qual demandou a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo como fontes de energia. Desde então, a concentração de CO2 passou de 280 ppm (partes por milhão) no ano de 1750, para os 393 ppm atuais, representando um incremento de aproximadamente 40%.
Este acréscimo na concentração de CO2 implica o aumento da capacidade da atmosfera em reter calor e, mas não consequentemente, da temperatura do planeta, pois houve decréscimos de temperatura também neste período. As emissões de CO2 continuam a crescer e, provavelmente, a concentração deste gás poder alcançar 550 ppm por volta do ano 2100.
Aplicações
Diagrama de fase pressão-temperatura do dióxido de carbono, mostrando o ponto triplo e o ponto crítico.
- O CO2 é utilizado em bebidas (bebidas carbonatadas) para dar-lhes efervescência.
- É utilizado em extintores durante os incêndios para isolar o oxigénio do combustível.
- É utilizado em botijas [desambiguação necessária] para a prática de Paintball.
- É Utilizado em aquariofilia na regulação do PH da água.
- Pode ser utilizado numa concentração de 30 a 40% com gás oxigênio para produzir efeito anestésico em pequenos animais.
Riscos
- Ingerido em excesso pode causar irritações, náuseas, vômitos e hemorragias no aparelho digestivo. Inalado produz asfixia intensa.
- Acarreta fenômenos como efeito estufa, ilha de calor, inversão térmica, smog fotoquímico, aquecimento global
- O gelo seco em contato com a pele pode causar queimaduras.
Ver também
Ligações externas
- EUA classificam dióxido de carbono como um risco à saúde pública Folha.com
- Bassam Z. Shakhashiri: Chemical of the Week: Carbon Dioxide Site Science is Fun
- Keeling, C.D. and T.P. Whorf: Atmospheric carbon dioxide record from Mauna Loa, 2002
- Mauna Loa 2004 update
Referências
- ↑ a b c Registo de Kohlenstoffdioxid na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA.
- ↑ a b «Carbon Dioxide Solubility in Water». Consultado em 22 de março de 2010
- ↑ «Carbon Dioxide bei: NIST Chemistry WebBook». Consultado em 22 de março de 2010