Discussão:Esfirra

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Não seria melhor mudar esse artigo para Esfiha, já que, como o próprio artigo diz, o termo esfirra é menos usado? --Mocu (discussão) 20h02min de 25 de setembro de 2010 (UTC)Responder

'Esfirra' é a forma dicionarizada, que respeita a norma da língua. Não vejo razão é para o uso de 'esfiha' no título do artigo, se existe esfirra, ainda que esta, como foi dito, seja menos usada (desconheço como se chegou a essa conclusão). Salu2 Maisonneuve (discussão) 21h30min de 25 de setembro de 2010 (UTC)Responder
Concordo com o Maisonneuve, e removi a afirmação de que a forma era menos usada (ainda que eu concorde com ela, pelo menos com base dos cardápios de restaurantes árabes - que não são fontes fiáveis, obviamente), já que consiste de pesquisa inédita sem fontes. RafaAzevedo disc 22h43min de 25 de setembro de 2010 (UTC)Responder

Sfiha em vez do termo errado esfirra[editar código-fonte]

Os dicionários também contêm erros e não são poucos, pois quem os redige é um ser humano, e como se sabe errare humanum est. Proponho a seguinte alteração:
sfiha é a transliteração em caracteres latinos do nome ({{arábico|صفيحة}}), o qual designa um pastel, cuja massa é do tipo da pizza, a base de carne picada, que é comido como a pizza na grande Síria. É muito popular na América do Sul, em especial, no Brasil devido à presença de numerosos grupos de imigrantes oriundos do Levante Mediterrânico, em particular, sírios e libaneses. No Brasil, a sfiha é feita com vários recheios como carne de ovelha, carne de vaca (se bem a sfiha tradicional leve carne de cordeiro), queijo, coalhada e verdura condimentados com especiarias. Nos E.U.A. a sfiha igualmente está bastante difundida, onde é também conhecida por “Arab Pizza” (pizza árabe) ou simplesmente pelo seu nome internacional sfiha (pronunciado sfeehah em inglês).
Factualidade de fundamentação:
Apesar de eu viver há quase 50 anos na Europa, ainda me lembro ter sido comensal frequentador dos tais restaurantes de comida árabe na época, e posso dizer sobre isso o seguinte:
Logo no início da década dos 1960 surgiram no centro da cidade de São Paulo, onde eu trabalhava, principalmente na antiga área chamada cinelândia paulistana, numerosos restaurantes especializados em fast food árabe sfiha e Kibbeh. Os nomes eram escritos tal e qual como consta da transliteração da língua arábica nos placares e menus dos restaurantes. Nunca ninguém se lembrou de mutilar, corromper ou destruir a escrita das referidas transliterações em caracteres romanos. O nome sfiha em caracteres romanos e a sua pronúncia no original árabe estavam consagrados pelo uso internacionalmente e nunca suscitaram dúvidas: a palavra sfiha é pronunciada com a vogal e muda que antecede a consoante ‘s e a letra h é aspirada, soando mais ou menos como o j do espanhol em trabajo. Se alguém, por ignorância, entendeu que existe uma palavra escrita e pronunciada esfirra pode usá-la à vontade e propagar a sua ignorância, está no seu direito, mas não pode é querer consagrá-la numa enciclopédia, onde se procura propagar o conhecimento e não a ignorância. A grafia de uma palavra em língua estrangeira consagrada pelo uso não precisa ser aportuguesada, pois o aportuguesamento só vem lançar confusão. Por exemplo, o termo inglês stock nunca foi aportuguesado em Portugal, enquanto o foi no Brasil. Os portugueses não se sabem a que os brasileiros estão a referir-se quando escrevem estoque, pois a palavra estoque com outro significado já existia antes do aportuguesamento de stock no Brasil. A norma ortográfica não se aplica se o aportuguesamento servir apenas para tornar o sentido ainda mais inintelegível do que o termo original. O objectivo do aportuguesamento é aumentar a compreensão do significado da palavra, logo com isso também a facilidade de comunicação entre as pessoas e nunca complicar para reduzir o entendimento. Caso o dicionarista que dicionarizou esfirra se lembrasse de fazer um registo para a palavra internacionalmente consagrada pizza, faria constar o verbete pitsa, ou ainda pior que isso, caso ele se lembrasse de aportuguesar os zz com ç chegava-se a um termo soez. Seguindo o mesmo critério de aportuguesamento, também se pode pôr no dicionário o nome do movimento da faixa de Gaza Hamas com a transcrição dicionarizada Ramás. Segundo o mesmo critério o título do filme Sahara rodado em 1943 terá que alterar a grafia, passará a ser Sarrara, de acordo com a nova norma de aportuguesamento do h aspirado e o deserto homónimo passa a ser só Sara, de acordo com o desarranjo do Acordo Ortográfico não pode existir vogais duplas como era Saara. Antes toda a gente sabia que Sahara era o deserto no norte de África. Agora não se sabe quem é a senhora que tem o prenome Sara, será a dona do deserto?. Soldano (discussão) 16h50min de 12 de agosto de 2014 (UTC)Responder

Em aditamento – O lexema «sfiha» é a transliteração em caracteres romanos da palavra com o mesmo som em árabe. O seu uso é internacional e tanto quanto se sabe o seu uso na forma intacta não é diferente do uso do lexema também internacional «pizza», facilmente verificável pela Internet. O lexema «sfiha» já foi aportuguesado irregularmente por via popular em 1956 (esfiha) quando então lhe foi acrescentada a vogal “e” como fonema inicial. Assim, o lexema sfiha tomou a forma esfiha em português com a separação silábica es-fi-ha. Ainda que desconsiderando normas ortográficas vigentes então foi preservada a medial h para que assim ficasse convencionado entre os seus utentes a pronúncia aspirada dessa medial, som inexistente em português. E ao mesmo tempo não deixar formar a desinência ditongada “ia” que é um sufixo nominal de qualidade ou estado. Como se sabe, a medial h não pode ser substituída pelo dígrafo rr, dado que este som rr também existe em árabe, senão os árabes já o teriam posto no original. Em suma, uma versão aportuguesada com semelhante digrama (rr) não é fiel à pronúncia da palavra árabe original. Estes dois defeitos aqui assinalados constam dos verbetes de entrada dos vocábulos esfirra e esfia no dicionário «michaelis» ainda com uma agravante a entrada da corruptela esfirra omite qualquer definição ou explicação assinalando apenas que é um substantivo feminino derivado do árabe sfiha e remete para a entrada do vocábulo principal que é esfia, o qual possui um significado descrito com uma definição apropriada. Da menção esfirra após o significado está implícito, logo é possível subentender-se que a corruptela esfirra poderia ser um sinónimo irregular e pouco usado, senão seria a entrada principal no dicionário michaelis. Há outros dicionários com o registo de entrada esfirra, mas nem vale a pena comentar porque são meras repercussões do erro cometido pelo primeiro, pois esfirra não é um neologismo, mas uma corruptela.

Antes de continuar é necessário ficar esclarecido o que quer dizer a palavra corruptela, tendo em conta o sentido em que é empregado aqui neste contexto, assim textualmente consta: Na edição 1978 do Dicionário Enciclopédico Koogan – Larousse o significado «Palavra escrita ou pronunciada erradamente». No Dicionário da Língua Portuguesa, edição 1986 da “Porto Editora” o significado «forma errada de pronunciar ou escrever uma palavra». Na 7.ª edição de 1939 do Moderno Dicionário da Língua Portuguesa por Francisco Torrinha o significado «modo errado de dizer ou escrever uma palavra».
No portal do dicionário Priberam
corruptela | s. f.
cor•rup•te•la |é|
(latim corruptela, -ae, o que estraga, corrompe, depravação)
substantivo feminino

  1. Palavra que por abuso se escreve ou se pronuncia de forma considerada errada ou menos prestigiada.
  2. Corrupção.
  3. [Brasil: Goiás] [Brasil: Goiás] Reunião temporária de garimpeiros.

"corruptela", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,[1] [consultado em 03-09-2014].

Quem sabe pronunciar correctamente o j da palavra hija (filha) do espanhol não tem qualquer dificuldade de reproduzir o som de h aspirado ao articular a palavra sfiha. No final dos anos 1980 por abuso de pronúncia com rr em vez de h aspirado teve início o uso escrito da corruptela com a grafia errada esfirra. No princípio o uso da corruptela esfirra estava restrito apenas ao Jornal do Brasil, ao entrar o Século XXI o seu uso começou a generalizar-se, mas ficou sempre inexpressivo, pois nunca suplantou o vocábulo mais antigo esfiha ou o original sfiha, como se verifica pelo Corpus brasileiro e pelos jornais da Hemeroteca Digital Brasileira.
A corruptela esfirra no dicionário aulete [2]
O aulete não dá qualquer significado cita apenas o vocábulo
A corruptela esfirra no dicionário michaelis
esfirra
es.fir.ra
sf (ár sfiHa) V esfia.

Abrindo a entrada esfia do dicionário «michaelis» para onde se foi remetido de esfirra consta o seguinte:
esfia
es.fi.a
sf (ár sfiHa) Cul Fritura de pastelaria, de farinha de trigo, em rodelas (aberta) ou em forma triangular (fechada), contendo carne moída, e temperada com vários ingredientes; esfirra.

A corruptela esfirra no dicionário Priberam
es•fir•ra
(árabe isfiha)
substantivo feminino
[Culinária] Pastel de massa de trigo e recheios diversos, geralmente carne ou legumes, assado no forno, com origem na culinária do Médio Oriente.
"esfirra", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013,esfirra [consultado em 03-09-2014].

Em aditamento é tudo quanto tenho para informar.--Soldano (discussão) 11h08min de 5 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Achegas apenas para reflexão sem controvérsias[editar código-fonte]

Já que não posso corrigir o artigo directamente, creio que tenho o direito de trazer a seguinte achega sem qualquer intuito de estabelecer controvérsia apenas pedir um pouco de reflexão:
A partir de 1 de Janeiro de 2016, segundo as normas do acordo ortográfico de 1990, a medial h surda da grafia do topónimo Bahia será suprimida e o topónimo passará ortograficamente à forma regular Baía. Pergunto, será que isto será feito espontaneamente no Brasil? Em Portugal Bahia é a forma arcaíca de Baía. Entretanto, ainda segundo a mesma norma ortográfica a medial h do vocábulo «esfiha» também deve ser suprimida. Contudo, é necessário sublinhar que a medial h no vocábulo «esfiha» não é átona, dado que esta consoante representa originalmente um valor intrínseco de h aspirado convencionado por uso entre os utentes do vocábulo. Este valor fonético provém da sua forma original arábica «sfiha» preservado no seu aportuguesamento, o qual não existe em português. A consoante h com pronúncia aspirada, já existiu no latim, língua matriz do português, até ao fim da república romana. Perante isto, a pronúncia da medial h aspirada até agora preservada convencionalmente pelos seus utentes pode ser substituída pela consoante fricativa palatal j que é mais compatível em aproximação sonora com o original árabe. Esta solução evitará o ditongo provocado pela aproximação das vogais ia com a supressão da consoante h e ao mesmo tempo a sua forma sonora ficará mais próxima da forma original que é uma fricativa velar surda. A substituição da medial h pelo digrama «rr» deve ser afastada, porque como vibrante uvular este digrama tem um som demasiado agressivo aos ouvidos do falante do português; de modo que a forma «esfija» com a consoante fricativa palatal j é menos agressiva, mais fácil de pronunciar e foneticamente é um vocábalo mais parecido com o vocábulo original árabe «sfiha». Esta solução põe de fora a corruptela «esfirra» que começou a ser usada, faz pouco mais de 23 anos, calcada irregularmente da forma já aportuguesada «esfiha» que se formou nos anos 1950 para reproduzir a transliteração do árabe «sfiha». A corruptela «esfirra» reflecte uma forma errada de pronunciar e escrever o vocábulo aportuguesado «esfiha».
O título do artigo «esfirra» na Wikipédia não respeitou o número 18 da secção IV (consoantes mudas) constante do Formulário Ortográfico de 1943 oficial no Brasil ainda em vigor até 31 de Dezembro de 2015. O vocábulo que devia ter prioridade como título é o aportuguesamento dos anos 1950 «esfiha». Além disso, tanto a corruptela «esfirra» como o aportuguesamento «esfiha» não constam do Vocabulário Ortográfico do Português (enquanto o quibe, que lhe é por assim dizer inseparável, consta), logo o vocábulo com possibilidade de constar só pode ser um vocábulo construído regularmente em português, assim a forma proposta «esfija» junto com o seu original «esfiha» aportuguesado do árabe «sfiha» é que deve ser considerada para substituir a corruptela «esfirra».
No Corpus brasileiro da Linguateca o vocábulo «esfiha» tem 81 ocorrências enquanto que a corruptela «esfirra» só tem 10 ocorrências. Pelo que fica demonstrado que «esfiha» foi sempre o vocábulo mais usado no Brasil desde os anos 1950: verificável aqui [3].
Do ano 2000 ao ano 2009 o vocábulo «esfiha» conta com 39 ocorrências [4] em todos os jornais do Brasil, enquanto a corruptela esfirra conta apenas com 15 ocorrências [5]. Esta é a década em que foi criado o artigo «esfirra» (2007), então qual foi o critério subjacente que deu preferência à corruptela «esfirra» em detrimento do vocábulo «esfiha» mais utilizado.
As primeiras referências ao vocábulo «esfiha» na imprensa brasileira foram feitas em 1956 por diferentes jornais [6], enquanto que as primeiras referências à corruptela «esfirra» foram feitas somente em 1989 e apenas pelo Jornal do Brasil [7]. Uma corruptela é sempre uma corruptela não é um aportuguesamento ainda que esteja dicionarizada como se fosse uma forma construída regularmente em português. Os dicionaristas também cometem erros, pois humanum errare est. O que custa dizer mea culpa. Pessoalment não pretendo nada com uma eventual correcção, quem supostamente errou é que sabe o que fez. Isto é só uma chamada de atenção à comunidade (br) da Wikipedia, onde o vocábulo é usado; à comunidade (pt) nem apoquenta e nem arrefenta, creio eu, pois aqui provavelmente ninguém conhece o vocábulo e tão pouco pode ter consumido aqui alguma vez a dita comida árabe. comentário não assinado de 188.81.142.15 (discussão • contrib) (data/hora não informada)

Eu Concordo com o IP. José Luiz disc 20h25min de 28 de agosto de 2014 (UTC)Responder
Concordo com o IP. Esfirra não tem nada a ver. JMGM (discussão) 20h58min de 31 de agosto de 2014 (UTC)Responder
Convidando o RafaAzevedo, que já opinou contrariamente no passado. José Luiz disc 22h22min de 31 de agosto de 2014 (UTC)Responder
Discordo, pois, se um dia o termo "esfirra" foi "errado", hoje não o é e, inclusive, é a única forma prescrita em quatro dicionários diferentes: Aulete; Priberam; Michaelis; Dicio.--Rena (discussão) 03h15min de 2 de setembro de 2014 (UTC)Responder
A inclusão de links para dicionários pressupõe que se consulte os dicionários indicados, assim se torna necessário fazer ver que o autor da proposta para alteração do título esfirra para sfiha, como é evidente, previamente antes de fazer a sua proposta já havia consultado todos os mencionados dicionários online, e outros mais em papel, senão de outro modo não teria feito a proposta de mudança de nome (Ver aditamento à proposta por baixo da mesma).--Soldano (discussão) 11h08min de 5 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Eu entendi todo o raciocínio do proponente, e percebo que ele tem razão a dizer que "esfirra" é uma corruptela de "sfiha", porém como disse, quatro dicionários usam somente "esfirra" (inclusive, no Aulete, "sfiha" é redirecionado para "esfirra") estão não podemos taxar a atual palavra como "errada" à lusofonia. Ela foi incorporada no léxico e creio que seja esta a palavra que deveria permanecer.--Rena (discussão) 17h08min de 5 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Queira desculpar-me, eu não propus a eliminação da palavra esfirra, apesar de ela ser uma corruptela, dado que ela está consagrada pelo uso no Brasil e nem eu disse que ela não deve permanecer no artigo. A renomeação do artigo, este sim é que vai fazê-la passar para um segundo plano que é o seu lugar. A prioridade estabelecida por ordem de uso e origem faz com que a corruptela esfirra só possa ocupar o terceiro lugar, depois de esfiha (ou esfia) e não a titularidade do artigo. E isto deve ser feito assim por obrigação normativa em respeito ao número 18 da secção IV (consoantes mudas) constante do Formulário Ortográfico de 1943 oficial no Brasil ainda em vigor pelo menos até 31 de Dezembro de 2015. O dicionário michaelis cumpriu a referida obrigação normativa rigorosamente. O verbete (entrada) principal naquele dicionário, sem dúvida, é esfia (esfiha por eliminação da medial h segundo o AO) e ainda fundamenta a origem etimológica tanto de esfirra como de esfia (esfiha) com a palavra árabe de uso internacional sfiha. Obrigado por ter manifestado a sua opinão mesmo em desacordo. Soldano (discussão) 19h30min de 5 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Doravante ao exposto aqui, como ficaríamos depois dessa data limite? Sendo eu favorável aos termos aportuguesados, acho então que, caso realmente seja impraticável segundo o documento ainda vigente, e caso isso não se altere com o emprego definitivo do AO-90 (que ainda está em processo de implementação) nos próximos anos, vejo como uma alternativa possível ao sfiha, o aportuguesamento "esfia".--Rena (discussão) 19h42min de 5 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Também Discordo. O "H" não tem som em Português e essa aqui vai na contramão de todos os consensos que temos discutido. Além do mais, como o Rena colocou, os dicionários reconhecem esfirra (com dois erres). E vale o mesmo que foi dito em Discussão:Zauia, trata-se de nome comum, não próprio. Também sou contra "esfia". Matheus diga✍ 15h46min de 6 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Em São Paulo existem milhares de estabelecimentos com o nome casa da esfiha ou que no seu cardápio só conste a palavra esfiha e não esfirra [8], [9], [10], [11]. JMGM (discussão) 21h26min de 6 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Sim, claro. Vamos usar sites de restaurantes acima de dicionários. Realmente andamos bem...--Rena (discussão) 01h25min de 7 de setembro de 2014 (UTC)Responder
O aportuguesamento esfiha já é consagrado no Brasil, onde em cada esquina pode-se ver o uso da palavra, o fato de dicionários terem adotado a palavra com rr não vai fazer a menor diferença, o povão já adotou a forma com h a muitos anos, e ninguém vai mudar a razão social das casas de esfiha por causa de um dicionário. Esfiha é a mais usada no Brasil. JMGM (discussão) 03h26min de 7 de setembro de 2014 (UTC)Responder
E lá vamos nós de novo. Prefere-se optar pelo nome que o "povão" adotou em detrimento daquilo que os dicionários ou fontes de cunho acadêmico evocam como correto. E ainda depois diz que sou eu que quero fazer a Wikipédia motivo de risos.--Rena (discussão) 03h44min de 7 de setembro de 2014 (UTC)Responder

A propósito da incerteza atrás apresentada, se me permitem quero expressar aqui a minha modesta opinião com uma solução possível. As grandes cadeias de fast food, como por exemplo, os restaurantes Habib’s vão continuar a pôr nos menus (cardápios ou ementas) as duas formas nominativas, a internacional sfiha e a abrasileirada esfiha, por uma razão muito simples, quem manda são os comensais. Muitas gerações de brasileiros, desde os anos 50, aprenderam a articular o vocábulo esfiha com h aspirado, apesar de existir uma minoria que não sabe articulá-lo correctamente, por isso esta minoria vai continuar a articulá-lo com o inefável «rr». Há um exemplo por analogia, os brasileiros conheceram a pizza durante a segunda metade dos anos 1940 (eu vivi esse período de introdução pessoalmente em São Paulo) e desde então transmitiram sempre à geração seguinte a pronúncia correcta do nome pizza (pitsa) em vez de interpretá-lo à portuguesa transformando pizza em piza. A pizza só foi introduzida em Portugal por meados dos anos 80 (também vivi isso pessoalmente aqui) e logo a articulação do dígrafo «zz» pronunciado «ts» conforme o italiano desapareceu transformada em pronúncia e grafia «piza», cujo uso concorre com a grafia mais utilizada que continua a ser o nome internacional pizza. Tendo em conta este exemplo pode ser dito que, se a forma esfiha (com h insonoro) não pegou até hoje no Brasil, não é agora que a forma esfia sem h vai pegar. Ainda há um outro exemplo analógico, o nome hot dog [h’ɔt dɔg], cuja tradução em português é cachorro quente, hoje já ninguém se lembra que o seu significado e nome em português é sanduíche de salsicha, pois cachorro quente é apenas a tradução do seu nome corrente em inglês para o mesmo tipo de sanduíche. Repare-se sanduíche (aportuguesamento de Sandwich) em Portugal é um substantivo feminino enquanto no Brasil é masculino. Ainda que exista a tal tradução para hot dog ocorre com frequência entre os brasileiros o emprego do nome hot dog com a pronúncia rotundamente errada «ròtí-dòguí» para o tipo de sanduíche de salsicha chamado hot dog; esta corruptela de pronúncia foi bem retratada por contraste entre as falas de Elizabeth Savalla (como Márcia) e Mateus Solano (como Félix) na telenovela brasileira Amor à Vida. Ainda bem que até hoje ninguém se lembrou de registar em dicionário tal corruptela, senão havia outro problema como esfirra. Enfim, a melhor solução é renomear o artigo esfirra utilizando a forma sfiha, nome tão internacional quanto hot dog, pizza, menu e outros. Qualquer versão abrasileirada não vem ao caso. O que interessa é o conteúdo do artigo, pois a Wikipedia em português é uma fonte internacional de informação e conhecimento enciclopédico para os falantes do português em todo o mundo (mesmo). Como se vê as formas esfiha, esfia ou esfirra, que não constam do V.O.P. no Portal da Língua Portuguesa, são por isso soluções exclusivamente de índole nacional brasileira, logo não são soluções em comum dentro do português falado em todo o mundo como são os vocábulos pizza, hot dog, menu e muitos outros. Como é conhecimento geral, a maioria dos falantes do português sabe ou tem alguma noção do significado desses vocábulos. Como foi aqui atrás exemplificado, não é o seu aportuguesamento ou tradução que vai aumentar a compreensão do seu significado, antes pelo contrário em muitos casos até tende a diminui-la. Os brasileiros puristas do português que me perdoem, mas sou apologista de que o melhor é não aportuguesar (ou abrasileirar como se queira dizer) e tão pouco traduzir, mas manter a forma internacional mais intacta quanto possível, todavia apenas aqui na Wikipédia, em dicionários de língua portuguesa é outra louça. --Soldano (discussão) 12h03min de 7 de setembro de 2014 (UTC).Responder
Em tempo: não é com a grafia esfia (esfiha sem h) que se vai a bom termo, dado que esta forma corresponde à terceira pessoa do indicativo e imperativo do verbo esfiar, cujo significado, um entre outros, é reduzir a fios. Vide conjugação completa no Portal da Língua Portuguesa para o verbo esfiar.--Soldano (discussão) 16h51min de 7 de setembro de 2014 (UTC).Responder

Solano, mas a sua solução vai na contramão de tudo o que temos decidido aqui nos últimos tempos. Por exemplo, rato de computador no Brasil não existe, existe mouse (pronunciado "máuze"). Como artigo foi criado por um português, ele deve permanecer na versão do primeiro editor, com o título deste. Reconheço que aqui o artigo foi criado como sfiha e movido, mas qui, ainda tem a diferença que se trata de um nome comum (portanto, a forma aportuguesada é preferível) e "sfiha" não é dicionarizado nem no Brasil, nem em Portugal ou qualquer outro país lusófono. Se alguém comprovar que se grafa sfiha, quem sabe, nos dicionários de Timor Leste, então aí sim, que seja movido de volta. Matheus diga✍ 01h16min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Discordo de "sfiha", e Concordo que permaneça como "esfirra", que apesar de horrorosa, é uma forma dicionarizada. RafaAzevedo msg 02h49min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Os defensores da corruptela esfirra valorizam em excesso a dicionarização do vocábulo esfirra com a respectiva entrada nos dicionários online indicados, quando o aportuguesamento esfiha forma aportuguesada de sfiha é muito mais antiga e também está dicionarizado, pelo que se torna necessário explanar o seguinte:

1. O dicionário Aulete está inacessível desde 3 de Junho de 1914 (a priori não se consegue ter acesso, logo não é possível fazer qualquer consulta online).

2. O dicionário Priberam é um dicionário de consultas online em Portugal, os seus registos são feitos à base de pesquisa na Internet e/ou Corpus do português. De facto apresenta um registo de entrada (verbete) para o vocábulo esfirra com um significado bem definido, porém a origem (étimo) do vocábulo é pouco clara dado que consta apenas (árabe isfiha). Ver em esfirra. Não devolve qualquer resultado para os vocábulos esfiha e esfia, apenas a conjugação do verbo esfiar.

3. O dicionário online Michaelis apresenta o registo de entrada para o vocábulo esfirra mas não apresenta qualquer significado nessa entrada e remete a leitura (V = vide) para o vocábulo principal que é esfia onde consta uma definição com um significado condizente e bem descrito. Em primeiro lugar veja o vocábulo esfirra e só depois ver esfia. Não devolve qualquer resultado para o vocábulo esfiha.

4. O dicionário de português online Dicio apresenta a entrada esfirra, onde existe apenas a palavra definição, não há qualquer definição do seu significado, só recortes e excertos de jornais. O mesmo sucede com o vocábulo esfiha sem qualquer definição de significado apenas recortes e excertos de jornais.

Todas estas omissões significam que a corruptela esfirra assim como o aportuguesamento esfiha mesmo na sua nova grafia esfia com a supressão da medial h não foram “dicionarizadas” segundo as normas vigentes da língua portuguesa. Todas parecem ter caído do céu por obra e graça do divino espírito santo, excepto no caso do dicionário online Michaelis, o qual só falha por não dizer que esfirra é uma corruptela formada a partir do vocábulo esfiha e que o vocábulo esfiha por sua vez havia sido aportuguesado a partir de sfiha, vocábulo representativo por transliteração em caracteres romanos da palavra em árabe com a mesma fonética. Era ainda necessário mencionar junto com o significado da sua entrada que o vocábulo aportuguesado esfiha - apesar de ser nome próprio estrangeiro está sujeito às regras de substantivo comum (base XI - n.º 39 do Formulário Ortográfico de 1943 - constitui uma excepção consagrada por uso com o h aspirado. Um bom dicionário de língua portuguesa era assim que registava um vocábulo que é uma excepção à norma ortográfica, a omissão é o negativo de um bom dicionário.

Quem discorda invocando só o argumento da dicionarização por isso discorda mal. Quem concorda baseado em factos verídicos que demonstram as ocorrências do vocábulo esfiha em nomes de estabelecimentos, listas de comidas (cardápios), anúncios e menções em jornais e invoca a sua prioridade no tempo por uso concorda bem, pois fundamentou a sua posição em factos verídicos documentados. Nunca se esqueçam! Quem fiscaliza a veracidade de tudo é o utente dos vocábulos que consome o alimento em casa ou no restaurante. Aliás, não se entende porque se faz tanto empenho e se tem tanto apego à corruptela esfirra, quando afinal o vocábulo esfiha também está dicionarizado pelo menos no dicionário de português online Dicio. As ocorrências nos jornais desde os anos 1950 e no Corpus brasileiro é que contam como prova documental não é só a dicionarização que até é recentíssima quando feitas as devidas comparações. A corruptela esfirra por constar de dicionários não significa que deixou de ser um erro por abuso de pronúncia e grafia. O dígrafo «rr» é e será sempre erro fonético e gráfico de interpretação da consoante h com pronúncia aspirada. Se a solução fosse assim tão fácil para se transpor a fonética da consoante h sonora aspirada em grafia, quem introduziu a sfiha no Brasil o teria feito logo no início do seu uso. O constar em dicionário não prova nada para além de que consta no próprio dicionário. E a corruptela esfirra consta em dicionário faz muito pouco tempo, pois ela começou por ser um abuso de pronúncia que os dicionaristas não queriam registar. Os dicionários não constituem qualquer livro de registro público (por ex., como os livros de notário público), antes sim são edições privadas que devem cumprir as normas do Formulário Ortográfico de 1945, e editados sempre de forma privada e unicamente pelos seus autores dicionaristas privados; portanto tal como aparece hoje publicado o registro de um vocábulo em determinada edição, o mesmo registro poderá já não aparecer amanhã na edição seguinte. Um dicionário depende muito do seu prestígio entre os seus consulentes.

Sobrevalorizar em excesso a informação contida num dicionário online e subvalorizar a informação contida num sítio de restaurante é um critério de avaliação pouco aceitável. Senão vejamos: o sítio de um restaurante na web só tem publicidade (advertising) paga por um único anunciante (advertiser), enquanto o portal de um dicionário tem publicidade paga por vários anunciantes (advertisers). A medida de prestígio é quem tem mais publicidade? Então a via erudita mais culta e de maior confiança académica aonde vai? Quanto eu posso avaliar os donos dos restaurantes não são atávicos e nem despidos de cultura, senão de outro modo não abririam restaurantes. Os bons dicionários brasileiros do meu tempo já não existem (Aurélio, por exemplo) pagos pela venda de exemplares e não pela publicidade, ademais tinham um corpo de redacção excepcional. Repare-se, eu aprendi o bê-a-bá no Brasil, eu só acrescentei a parte portuguesa e europeia (alemã) aos meus conhecimentos adquiridos antes no Brasil, não ao contrário e à distância, por isso creio eu que posso dar a minha opinião. Onde está então a forma culta e erudita se ninguém (dos ditos cultos, principalmente dicionaristas) não respeita os usos e costumes da maioria dos consumidores brasileiros da mencionada comida que usa a forma popular esfiha (nome próprio sujeito às mesmas regras do substantivo comum) consagrada pelo tempo (desde os anos 50) e quer impor a voz de uma minoria que usa a corruptela esfirra (publicada na imprensa brasileira desde 1989, então ainda não em dicionários) como se diz agora por iliterácia (aportuguesamento de illiteracy), quando sabemos que o étimo de ambas é e será sempre o nome internacional sfiha por transliteração do árabe. Quem confirma o étimo são pelo menos dois dos quatro dicionários online indicados pelo Rena, não por mim. Se a forma nominativa internacional pizza é de consenso entre os falantes do português (brasileiros e portugueses), porquê não a internacional sfiha? Basta esclarecer os brasileirismos esfiha e esfirra no texto do artigo, e declarar a sua inexistência em outros países de língua portuguesa. Como se sabe, contra factos não há argumentos. --Soldano (discussão) 09h48min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder

Citação: Soldano escreveu: «O dicionário Aulete está inacessível desde 3 de Junho de 1914 (a priori não se consegue ter acesso, logo não é possível fazer qualquer consulta online).» Engraçado, eu o consigo acessar cotidianamente através do seu site... RafaAzevedo msg 13h26min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Obrigado por ter informado disso. Quando carrego no botão que o Rena colocou, de facto entra na página do Aulete, mas infelizmente ela desaparece imediatamente com qualquer tentativa de mexer na página. Já usei o Bing, Mozilla, Chrome e nada. Resulta sempre no mesmo. Já tentei entrar por outras vias também dá o mesmo resultado. Encontrei um sítio da web que informa a sua desactivação no servidor desde a data indicada por mim. Eu até gostava de saber o que está lá escrito sobre esfirra e esfiha ou esfia. Eu estou em Portugal e não no Brasil, talvez seja isso que faça diferença, pois o Aulete é um portal brasileiro. Se puder fazer o favor de transcrever um resumo fico grato. --Soldano (discussão) 14h56min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Olá Soldano, no Michaelis diz
  • esfia

es.fi.a sf (ár sfiHa) Cul Fritura de pastelaria, de farinha de trigo, em rodelas (aberta) ou em forma triangular (fechada), contendo carne moída, e temperada com vários ingredientes; esfirra. Pra dizer a verdade, é uma desinformação, porque a esfiha não é uma fritura de pastelaria, ela é assada em forno, tanto a aberta como a fechada. Quem escreveu o texto do dicionário nunca passou perto de uma cozinha.

  • es·fir·ra

(árabe isfiha) substantivo feminino [Culinária] Pastel de massa de trigo e recheios diversos, geralmente carne ou legumes, assado no forno, com origem na culinária do .Oriente Médio. "esfirra", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/esfirra [consultado em 10-09-2014]. Outra desinformação porque esfiha não tem nada a ver com pastel que é uma fritura de massa fina.

  • Definição de Esfiha no Dicionário online de português

Classe gramatical: substantivo feminino Separação das sílabas: es-fi-ha http://www.dicio.com.br/esfiha/ JMGM (discussão) 17h10min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder

PS:No SENAI São Paulo, tem um curso para padeiros e confeiteiros que ensina fazer todo tipo de comida inclusive esfiha. http://www.sp.senai.br/Senaisp/cursos/697/503/padeiro-confeiteiro.html JMGM (discussão) 17h10min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Jurema, pasteis não são somente os pasteis de feira brasileiros, que são fritos, também podem ser assados (o termo inclusive tem um significado muito diferente em Portugal e em diversas regiões do Brasil).
Soldano, o Aulete diz:


esfirra (es.fir.ra)

sf. 1. Cul. Espécie de pastel de forno, de origem árabe, com recheio de carne moída, verdura ou queijo, e temperos. [F.: Do ár. isfiha.]

Ele também registra a forma "esfiha", que aponta para "esfirra". RafaAzevedo msg 19h16min de 10 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Obrigado RafaAzevedo pela sua gentileza. Volto mais tarde sobre as minhas ilações tiradas disso.

Peço desculpas, se eu confundi alguém com as minhas palavras ao escrever: bem definido para o significado registado no Priberam, assim como condizente e bem descrito para o significado do Michaelis. Em ambos os casos, eu estava a referir-me à existência de uma definição e à forma de apresentação gráfica e não à qualidade e o mérito do seu conteúdo. Isto naturalmente quando comparado com o dicionário online Dicio que não insere qualquer significado e apresenta uma forma gráfica estranha e pouco usual com recortes e excertos de jornais. Como editor pontual na Wikipedia não me compete corrigir os erros dos outros em qualquer dicionário e até seria inútil tentar fazê-lo, tento sim evitar de cometer os mesmos erros nas edições que me proponho editar. Quando eu posso, alerto algum colega editor na Wikipedia sobre eventual erro encontrado por mim nas suas edições. E devo confessar, percebo muito pouco de culinária (excepto no caso do bolo alemão conhecido como Streuselkuchen), para aferir a qualidade do conteúdo em que se faz a definição do seu significado. Entendo sim é de comer as tais esfihas, muito embora eu já não o faça há uns 47 anos, ao comê-la pela última vez num restaurante especializado da Avenida São João em São Paulo. Se é como diz a JMGM, eu acredito que estes significados “talvez” possam ter sido escritos por quem não sabe nada de cozinha, dado que quem os fez, também tem o pecado original de ter registado a corruptela esfirra no dicionário como se tratasse de um vocábulo correcto. Há algo que eu sempre soube, a sfiha não é frita, mas assada no forno, e só sei isso como apreciador de sfiha, contudo é imperdoável que tenha sido assim descrito no Michaelis. O Priberam vá lá com os diabos, é um portal português e seguramente quem escreveu o significado nunca viu uma sfiha (esfiha). Todavia, creio que não está mal dizer pastel, pois aqui em Portugal não existe o pastel dito chinês conhecido no Brasil, e acresce que os nossos vizinhos peninsulares, os espanhóis dão aos bolos (cakes) o nome de «pasteles» e dizem que a pizza é um «tipo de pastel salado». Aqui em Portugal o pastel mais conhecido é o pastel de nata também conhecido como pastel de Belém. É uma tigelinha de massa tenra aberta por cima e recheada ao centro com creme, vai ao forno, portanto não é frito. Há também pastéis de massa folhada. Já agora, mais um pormenor para justificar a minha posição, eu provei muito cedo (em 1956) pela primeira vez a sfiha e o kibbeh em casa de um colega de escola e amigo chamado Ahmed que era libanês (para não dificultar ele dizia chamar-se Armand(o) porque um funcionário do consulado brasileiro em Paris lhe havia dito isto). O h do nome próprio dele era aspirado. Se alguém de hoje fosse aportuguesar o seu nome próprio certamente lhe dava a forma abrasileirada Arremede, neste caso o «rr» tem um som muito semelhante ao h aspirado consonante com a vogal e muda (daí a facilidade do funcionário do consulado). A língua portuguesa é uma língua que integrou imensos vocábulos de raiz árabe. Por exemplo: o topónimo Almeida significa a mesa, o topónimo Alcântara significa a ponte. Isto consta do Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado. A maioria dos vocábulos começado por al- em português tem raiz árabe. Não é impossível encontrar uma solução viável para o aportuguesamento correcto de sfiha, mas posso afirmar com muita certeza que não será a corruptela «esfirra» pelas razões expostas aqui anteriormente.Soldano (discussão) 09h21min de 11 de setembro de 2014 (UTC)Responder
Em causa própria
Tanto quanto se consegue perceber a Wikipédia de língua portuguesa não é um dicionário enciclopédico, caso contrário não existia o Wiktionary. Tal como o seu título indica a Wikipedia em língua portuguesa é uma enciclopédia livre redigida em português, que se pretende o mais internacional possível. Tendo em conta este facto, a nomenclatura aplicada às entradas num dicionário enciclopédico de língua portuguesa não se aplica ao nome de artigo numa enciclopédia, pois o artigo enciclopédico não se compara com um registo de entrada em dicionário. Ainda mais, se o próprio texto da corruptela esfirra a define como um pastel, depreende-se disso que o seu étimo (sfiha) é o nome pelo qual é conhecido um pastel que está muito difundido em muitos outros países, e não só no Brasil. Se este étimo é o vocábulo árabe sfiha que se utiliza internacionalmente, então porque se usa a corruptela esfirra como nome do artigo se esta corruptela nem sequer é o vocábulo mais usado no Brasil, provado pelo simples facto de que os jornais da Hemeroteca Digital Brasileira e Corpus brasileiro atestarem a corruptela esfirra como o nome menos usado. Ademais é evidente que as categorias Culinária da Síria, Culinária do Líbano e Culinária do Iraque não estão inseridas na categoria Culinária do Brasil para ter um nome árabe tão abrasileirado quanto essa corruptela.
Além disso, no caso vertente, verifica-se que Sfiha não é um nome comum, mas um nome próprio de uso internacional como são os nomes pizza ou hot dog. O nome pizza é o nome próprio de um pastel que tem origem em Nápoles e se chama pizza; e hot dog é o nome próprio de um(a) sanduíche de salsicha com origem americana que se chama hot dog. O nome pizza não é sinónimo de pastel e tão pouco hot dog (cachorro quente) é sinónimo de sanduíche, pois cada qual se aplica exclusivamente a um tipo especifico de alimento (pastel e sanduíche). O nome comum para o caso da pizza é pastel e o nome comum para o caso de hot dog é sanduíche. Esclarecido isto, agora é preciso ser esclarecida a situação do substantivo próprio Sfiha.
Entre outros, os nomes próprios lahm-bi-ajin e sfiha estão atestados no site de receitas Dish-Away (Favorite Arabic, Middle Eastern and International Recipes) com a seguinte nota introdutória em inglês:
"Lahm Bi Ajin" or Sfiha pastries are among the most loved pastries (Muajanat) in the Middle East. Lahm Bi Ajin is very popular in the whole region from Armenia and Turkey in the north, through Syria, Lebanon, Jordan and Palestine, extending to the Gulf countries in the south, and spreading to north Africa. "Lahm bi Ajin" has many names including “Sfiha", "Lahmajun", "Lahmacun", "Meat Pies", "Meat Pizzas".
Esta nota introdutória pode ser traduzida por interpretação do inglês em português como:
Os pastéis "Lahm Bi Ajin" ou Sfiha são os pastéis (Muajanat) mais preferidos no Médio Oriente. O nome Lahm Bi Ajin é mais frequente (popular) em toda a região desde a Arménia e Turquia no norte, através da Síria, Líbano, Jordânia e Palestina, estende-se aos países do Golfo no sul, e se espalha para o norte de África. O pastel denominado "Lahm bi Ajin" tem muitas variações nominativas incluindo "Sfiha", "Lahmajun", "Lahmacun", "empanadas de carne", "Pizzas de carne".
Como se vê, o nome Sfiha não é substantivo comum porque se aplica exclusivamente aos Muajanat (pastéis) de um determinado tipo, portanto é um substantivo próprio. Ver a classificação de substantivos e adjectivos na parte de morfologia do Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa (Prof. Doutor José Joaquim Nunes), página 205.
Para afastar a ideia de que a proposta aqui em votação vem na «contra mão», pode-se afirmar que não é possível qualquer comparação entre «mouse» e «sfiha». O vocábulo «mouse» não só é traduzível em português como ainda é um substantivo comum tanto em inglês como em português. E a preposição «de» é uma forma de se qualificar por adjectivação o substantivo comum «rato» que no caso referido é rato «de computador». Esta é a razão pela qual a Wikipedia usa o nome rato em vez de «mouse» (estrangeirismo desnecessário), e não é pelo facto de ter sido um nome de artigo criado por um português, pois em Portugal também se usava e ainda se usa o termo em inglês mouse.
Dicionarização: o vocábulo sfiha está dicionarizado em três dos dicionários de português online aqui atrás mencionados e precisamente como étimo da corruptela esfirra e do aportuguesamento esfiha (esfia). O seu uso internacional é confirmado ainda tanto pelo site Dish-Awaycomo pelo site acessível através do artigo Habibs. A própria Wikipedia, em inglês, espanhol, italiano (até em árabe), cada qual tem um artigo cujo título é o nome internacional sfiha. E não se queira rotular os editores das referidas línguas com o epíteto de menos judiciosos do que os editores da Wikipedia em língua portuguesa, ao pôr no artigo o primeiro nome que lhes havia dado na veneta. Este é o motivo pelo qual não se justifica tanta relutância em corrigir um erro que só revela a existência de iliterácia na sua origem.--Soldano (discussão) 11h29min de 15 de setembro de 2014 (UTC)Responder