Enix

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Enix
Enix
Razão social Enix Corporation
Nome nativo 株式会社エニックス
Nome romanizado Kabushiki-gaisha Enikkusu
Nome(s) anterior(es) Eidansha Boshu
Service Center
Pública (KK)
Atividade Jogos eletrônicos
Editoração
Fundação 22 de setembro de 1975
Fundador(es) Yasuhiro Fukushima
Destino Fundida com a Square
Encerramento 1 de abril de 2003
Sede Tóquio,  Japão
Sucessora(s) Square Enix
Website oficial www.square-enix.co.jp
 Nota: Para o município espanhol, veja Enix (Espanha).

A Enix Corporation (株式会社エニックス Kabushiki-gaisha Enikkusu?) foi uma desenvolvedora e publicadora japonesa de jogos eletrônicos sediada em Tóquio. Foi fundada em setembro de 1975 por Yasuhiro Fukushima como Eidansha Boshu Service Center, sendo renomeada em 1982 para Enix,[1] uma mistura da palavra grega phoenix com ENIAC, o primeiro computador digital do mundo.[2] A empresa, durante sua história, desenvolveu vários títulos de sucesso, especialmente aqueles da série Dragon Quest. Ela existiu até abril de 2003, quando se fundiu com a Square a fim de formar a Square Enix.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Enix começou a sua incursão no mercado dos videojogos em 1982 com um concurso de programação de jogos para computadores pessoais.[3] Um dos vencedores foi Love Match Tennis, criado por Yuji Horii. Tornar-se-ia um dos primeiros jogos a ser lançados pela empresa para PCs.[4] Um do outros vencedores foi o quebra-cabeças Door Door por Koichi Nakamura, que viria a tornar-se num dos jogos para computador mais conhecidos da Enix. Posteriormente, o jogo foi portado para o NES da Nintendo, mas o jogo nunca viria a ser lançado fora do Japão. Nakamura ficaria como um dos programadores mais importantes da Enix.[3]

Ao longo dos próximos anos, a Enix publicou vários videojogos para várias consolas de videojogos japonesas. Em vez de produzir os seus próprios jogos, a Enix preferiu deixar o desenvolvimento destes a cargo de outros produtores concedendo royalties.[3] Enix é muito provavelmente mais conhecida como sendo a produtora da série Dragon Quest (conhecida na América do Norte como Dragon Warrior até 2005). Nesta altura, os programadores-chave da Enix eram o director Koicki Nomura, o argumentista Yuji Horii, o artista Akira Toriyama, e o compositor Koichi Sugiyama, entre outros. Dragon Warrior I foi lançado em 1986 e o primeiro RPG bem sucessido para a Famicom. O jogo acabaria por vender 1,5 milhões de cópias no Japão e daria começo ao franchise mais rentável da empresa.[4][5]

En 1991, Enix registou-se junto de Japan Securities Dealers Association, actual JASDAQ, passando a estar cotada em bolsa.[1] Pouco depois, a Enix começou a publicar manga na sua revista mensal, Monthly Shōnen Gangan. Criou contactos com mais produtoras de videojogos e iria publicar mais jogos para consolas da quarta geração, quinta e sexta. Apesar do anúncio da rival de longa data da Enix, Square Co., Ltd., de que iria produzir jogos exclusivamente para a PlayStation da Sony, a Enix anuncio que iria produzir jogos tanto para as consolas da Sony como para as da Nintendo..[6] Como consequência, as acções da Enix e da Sony subiram na bolsa.[7] Em Novembro de 1999, a Enix estava listada na primeira secção da Bolsa de Valores de Tóquio, dando-lhe o estatuto de "empresa de peso".[1][8]

Fusão com a Square[editar | editar código-fonte]

Em Junho de 2001, a Enix expressou interresse numa possível parceria entra a Square e a Namco nas suas incursões online, de modo a reduzir os crescentes custo de produção.[9] Nesse mesmo mês, a Enix investiou na empresa game Arts, adquirindo ¥99.2 mil milhões em acções e controlo majoritário com o intuito de vender a série Grandia sobre a marca da Enix.[10] Apesar da publicidade em torno de Dragon Warrior VII em 1999, o jogo sofreu sucessivos adiantamentos. As receitas do jogo foram, em última analise, boas, mas o seu sucesso não foi contabilizado no ano fiscal de 1999, cortando a razão entre lucro e receitas para metade em comparação com o ano anterior e reduzindo o valor das acções da Enix 40% em princípios de 2000.[3][11] A Enix sofreu outro revés com o atraso do Dragon Warrior Monsters 2 no Japão em 2001, cortando os lucros do primeiro semestre do ano fiscal de 2001 em 89,71%.[12]

A rival da Enix, Square Co., também sofreu prejuízos financeiros em 2001, muito em parte devido ao fracasso do seu filme Final Fantasy: The Spirits Within. Isto hesitou a Enix em fundir-se com a Square.[13] Contudo, a 26 de Novembro de 2002, foi anunciada que as duas empresas iria-se fundir no ano seguinte num esforço de diminuir custos e competir com empresas estrangeiras.[14] A fusão veio mais tarde a 1 de Abril de 2003 sobre o nome Square Enix, a sucessora de ambas as empresas.[1]

Produtos[editar | editar código-fonte]

Videojogos[editar | editar código-fonte]

De 1983 a 1993, a Enix distribui os seus jogos no Japão para computadores, tais como NEC PC-8801, MSX, Sharp X68000, e FM-7. Ao entrar no mercado da Famicom, a Enix publicou o bem sucedido Dragon Quest, que, após a formaçao da Square Enix, já havia vendido 35 milhões de cópias por todo mundo.[15] Apesar dos primeiros títulos desta série terem sido produzidos pela Chunsoft, outras empresas também produziram títulos principais, spin-offs e remakes para esta série, tal como a Heartbeat, ArtePiazza, e TOSE. Outras séries aclamadas da Enix são Star Ocean e Valkyrie Profile, que continuriam a ser publicadas sob a marca da Square Enix. A empresa Quintet desenvolveu outros RPGs para a Enix tais como ActRaiser, Robotrek, Soul Blazer, Illusion of Gaia e Terranigma para a Super Nintendo.

Mangás[editar | editar código-fonte]

Desde 1991 que a Enix tem publicado mangá na sua revista Gangan Comics, que inicialmente consistia na Monthly Shōnen Gangan, Monthly Gangan Wing e Monthly GFantasy.

Referências

  1. a b c d e Square Enix. «Square Enix History (timeline)». Square-Enix.com. Consultado em 8 de abril de 2009. Arquivado do original em 30 de maio de 2007 
  2. David Smith (16 de junho de 2005). «Feature: What's in a Name?». 1UP.com. Consultado em 8 de abril de 2009 
  3. a b c d Fujii, Daiji (janeiro de 2006). «Entrepreneurial choices of strategic options in Japan's RPG development» (PDF). Faculdade de Economia, Universidade de Okayama. Consultado em 10 de abril de 2009. Arquivado do original (pdf) em 30 de dezembro de 2008 
  4. a b Rusel DeMaria, Johnny L. Wilson (2004). «Across the Pacific». High Score!: The Illustrated History of Electronic Games 2nd edition ed. [S.l.]: McGraw-Hill Professional. 374 páginas. ISBN 0072231726 
  5. «Square Enix: February 2, 2004 - February 4, 2004» (pdf). Square Enix. 4 de fevereiro de 2004. 27 páginas. Consultado em 10 de abril de 2009 
  6. IGN staff (9 de janeiro de 1997). «Enix To Develop Titles For The PlayStation». IGN.com. Consultado em 10 de abril de 2009 
  7. IGN staff (16 de janeiro de 1997). «Enix/Sony Update». IGN.com. Consultado em 10 de abril de 2009 
  8. «Transfers to 1st section». TSE.or.jp. 2008. Consultado em 10 de abril de 2009. Arquivado do original em 28 de setembro de 2008 
  9. IGN staff (18 de junho de 2001). «Square, Enix and Namco Reveal First Tie-up Details». IGN.com. Consultado em 14 de abril de 2009 
  10. Long, Andrew (4 de junho de 2001). «Enix Acquires Share In Game Arts». RPGamer.com. Consultado em 14 de abril de 2009. Arquivado do original em 6 de novembro de 2006 
  11. IGN staff (28 de abril de 2000). «Dragon Quest VII Sells Like Crazy». IGN.com. Consultado em 14 de abril de 2009 
  12. Long, Andrew (14 de novembro de 2001). «Enix Announces Figures». RPGamer.com. Consultado em 14 de abril de 2009. Arquivado do original em 11 de março de 2005 
  13. Long, Andrew (2003). «Square-Enix Gives Chrono Break Trademark Some Playmates». RPGamer.com. Consultado em 14 de abril de 2009. Arquivado do original em 13 de novembro de 2014 
  14. Anoop Gantayat (25 de novembro de 2002). «Square and Enix Merge». IGN.com. Consultado em 14 de abril de 2009 
  15. «IR Roadshow Document» (pdf). Square Enix. 28–30 de junho de 2004. Consultado em 15 de abril de 2009 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]