Ernesto Pereira Carneiro
Ernesto Pereira Carneiro | |
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Nascimento | 1877 |
Morte | 21 de janeiro de 1954 |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista, político |
Ernesto Pereira Carneiro, conde Pereira Carneiro (Jaboatão, 1877 — Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 1954) foi um jornalista, empresário e político brasileiro.
Filho de um rico comerciante do Recife, estudou em Londres, Lisboa e Paris.[1] Concluiu os estudos no Saint George College, em Londres.[2] De volta ao Recife, em 1895, começou a trabalhar na firma do pai, a Pereira Carneiro & Companhia, da qual foi diretor até 1914. Nessa época foi vice-presidente da Associação Comercial de Recife, fundador do Clube Náutico Capibaribe e introdutor de vários esportes no estado.[2]
Mudou-se, em 1914, para o Rio de Janeiro, onde adquiriu a Companhia de Comércio e Navegação[1], que dirigiu até 1935. Durante a Primeira Guerra Mundial seus navios desafiaram o bloqueio dos submarinos alemães para transportar tecidos e alimentos para a Inglaterra, com o qual conseguiu grandes lucros.[1] Na mesma época era proprietário de um estaleiro, uma usina de sal e de uma fábrica de cimento. [1]
Fixou residência no Rio de Janeiro em 1914, onde adquiriu em 1918, o Jornal do Brasil. Desde a década de 1910 era investido no Jornal do Brasil.[3] Uma das consequências da Primeira Guerra Mundial foi o encarecimento dos produtos importados usados pela indústria gráfica, incluindo o papel jornal, que provocou uma séria crise financeira no Jornal do Brasil, já endividado com os investimentos em modernização feitos pouco tempo antes.[3]
O jornal, sem conseguir quitar as hipotecas feitas junto ao conde Pereira Carneiro, passou às suas mãos em 1919.[3] O conde passou a chefia de redação para Assis Chateaubriand que viera de Pernambuco.[3] Criador da Rádio Jornal do Brasil (1935). Foi deputado constituinte em 1933, pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, utilizando o jornal como veículo de divulgação.[3] Foi reeleito em 1935.
Presidiu a Associação Comercial do Rio de Janeiro[1]. Foi casado duas vezes, a segunda com Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, que herdou o comando do JB após sua morte.[3]
Recebeu em 1919 o título de conde papal, dado pela Santa Sé, ajudando o Rio de Janeiro a enfrentar a gripe espanhola em 1918.[4]
É homenageado com um busto em bronze, na praça Juarez Távora, no Rio, executado em 1962 por E. Bertozzi.[5]
Referências
- ↑ a b c d e CONNIFF, Michael L.. Politica urbana no Brasil: a ascensão do populismo, 1925-1945.
- ↑ a b Biografia Conde Pereira Carneiro.
- ↑ a b c d e f História do Jornal do Brasil: concepção e trajetória até a primeira metade do século XX.
- ↑ M. F. Nascimento Brito (1922-2003), Observatório da Imprensa.
- ↑ Monumentos do Rio - Ernesto Carneiro