FN FAL: diferenças entre revisões
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O KADU FN FAL (Fuzil Automático Leve) (7,62mm [popularmente conhecido no Brasil como "sete meia dois"]) é um dos desenhos de [[fuzil]] militar mais famosos e usados no mundo, Desenvolvido pela empresa belga [[Fabrique Nationale]], é fabricado em pelo menos dez países, incluindo o [[Brasil]]. Seus dias de serviço estão no fim, mas ainda é amplamente utilizado em muitas partes do mundo, principalmente no Brasil. A história do FAL começou perto de [[1946]], quando a FN começou a desenvolver um novo [[fuzil de assalto]]. Usando o [[cartucho]] intermediário alemão 7,92X33[[mm]], o projeto foi liderado pela equipe de ''Dieudonne Saive,'' que ao mesmo tempo trabalhou no fuzil [[SAFN-49]]. Portanto não surpreende que ambos sejam mecanicamente bem semelhantes. Em finais de [[1940]] os [[engenheiro]]s belgas foram a [[Inglaterra]] e passaram usar o cartucho britânico .280 (7,43×43mm) que também é um cartucho intermediário, mas de desenvolvimento melhor e o seu impacto pode mutilar partes do corpo. |
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[[Ficheiro:Canadian soldier with C2 DA-SC-84-02213.JPEG|thumb|250px|right|C2, versão Canadense do FAP- Fuzil Automático Pesado]] |
Revisão das 18h57min de 13 de maio de 2017
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FN FAL | |
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FN FAL | |
Tipo | Fuzil Automático |
Local de origem | Bélgica |
História operacional | |
Em serviço | 1953 - atual |
Histórico de produção | |
Criador | Dieudonne Saive e Ernest |
Data de criação | 1947-1953 |
Período de produção |
1953 - atual |
Variantes | FAL 50.41 (FALO/FAP), FAL 50.42 (FALO), FAL 50.61, FAL 50.63 E FAL 50.64 |
Especificações | |
Peso | 4,93 kg (FAL) 6 kg (FALO/FAP) |
Comprimento | 1,10 m |
Comprimento do cano |
533 mm (21.0 in) |
Calibre | 7.62x51mm_NATO |
Ação | Ação direta de gases sobre êmbolo (pistão) |
Cadência de tiro | 650 - 700 tpm |
Velocidade de saída | 840 m/s |
Alcance efetivo | 200–600 m |
Sistema de suprimento | Carregador de 20 tiros |
Mira | Alça e massa de mira |
FN FAL (Fabrique Nationale, Fusil Automatique Léger - Fábrica Nacional, Fuzil Automático Leve) é um fuzil de combate concebido e produzida originalmente pela empresa belga Fabrique Nationale em Herstal.
Histórico
O KADU FN FAL (Fuzil Automático Leve) (7,62mm [popularmente conhecido no Brasil como "sete meia dois"]) é um dos desenhos de fuzil militar mais famosos e usados no mundo, Desenvolvido pela empresa belga Fabrique Nationale, é fabricado em pelo menos dez países, incluindo o Brasil. Seus dias de serviço estão no fim, mas ainda é amplamente utilizado em muitas partes do mundo, principalmente no Brasil. A história do FAL começou perto de 1946, quando a FN começou a desenvolver um novo fuzil de assalto. Usando o cartucho intermediário alemão 7,92X33mm, o projeto foi liderado pela equipe de Dieudonne Saive, que ao mesmo tempo trabalhou no fuzil SAFN-49. Portanto não surpreende que ambos sejam mecanicamente bem semelhantes. Em finais de 1940 os engenheiros belgas foram a Inglaterra e passaram usar o cartucho britânico .280 (7,43×43mm) que também é um cartucho intermediário, mas de desenvolvimento melhor e o seu impacto pode mutilar partes do corpo.
Em 1950 os engenheiros belgas e ingleses criaram um protótipo em formato bullpup, o EM-2. Esses fuzis foram testados pelo exército americano, esses protótipos impressionaram muito os americanos, mas a idéia de se usar um cartucho intermediário não era muito bem compreendida pelos americanos, que ainda usavam fuzis semi-automáticos, os M1 Garand em calibre .30-06 Springfield e .308 Winchester e insistiram para que a OTAN padronizasse o cartucho de alta potencia T65/ 7,62x51mm similar ao .308 em 1953-1954. A FN modificou o FAL por causa dessa padronização, os primeiros FAL’s 7,62 estavam prontos na Bélgica em 1953, mas a Bélgica não foi o primeiro pais a aprovar o FAL como fuzil padrão o país que provavelmente aprovou-o foi o Canadá, com ligeiras modificações sobre o nome C1. Em 1955 os canadenses começaram a produzir os fuzis C1 e C2, esse último uma versão com cano pesado, conhecido no Brasil, como FAP, em 1957 o exercito inglês seguiu o exemplo canadense e adotou o FAL com o nome L1A1, que eram fornecidos normalmente com miras ópticas de 4x. Em seguida foi a Áustria sobre o nome Stg.58 fabricado pela Steyr. O FAL foi adotado pelo exercito brasileiro em 1964.
Varias versões do FAL também foram aprovadas na Turquia, Austrália, Israel, África do Sul, Alemanha ocidental e vários outros países. O sucesso do FAL poderia ser maior ainda se a FN tivesse vendido os direitos de produção do FAL para a Alemanha ocidental, onde era conhecido como G-1, mas a FN rejeitou o pedido, por isso a Alemanha que comprou os direitos do CETME espanhol, com algumas modificações a Heckler & Koch criou o HK G3, o mais notável rival do FAL.
Parte técnica
Os únicos países que ainda produzem o FAL são o Brasil que fabricado pela IMBEL sob o código M964 e surpreendentemente os EUA, onde uma série de empresas privadas fabricam diversas versões e kit de peças recém-fabricadas. A maioria desses FAL’s são limitados a fogo semiautomático e disponíveis apenas para o mercado civil. O FAL é operado a gás, possui um seletor de fogo de três posições: segurança, semiautomático e disparo automático. É alimentado por carregador e usa um pistão de gás (êmbolo) alocado acima do cano. O pistão tem sua própria mola de recuperação. Após o disparo o gás empurra o pistão, o qual faz um rápido toque no transportador do ferrolho, o resto da operação é dado apenas pela inércia. O conjunto do ferrolho, possui ainda um regulador de gás para que ele possa ser facilmente adaptado para as diversas condições ambientais, ou para o lançamento de granadas de bocal de forma eficiente, aproveitando todo o gás produzido pela carga de projeção (pólvora) para impulsionar a carga explosiva. O sistema de trancamento do ferrolho utiliza uma cabeça de trancamento basculante, com isso a parte traseira encosta-se na caixa da culatra que era feita, inicialmente, em aço forjado, mas em 1973 começou-se a testar vários tipos de metal na fabricação desta, a fim de se reduzir o custo de produção e o peso, mas sua fabricação ficou limitada ao aço usinado por causa de seu sistema basculante que encosta na caixa da culatra.
Comparação com similar AK-47
O FAL tem vantagens e desvantagens sobre o AK-47, já que usa um calibre parecido. O FAL por ser um armamento mais longo do que o AK-47 tende a ser mais preciso nos seus disparos, e o Calibre 7,62 x 51 mm tem um projétil mais rápido do que o 7,62 x 39 mm do AK-47 que por sua vez perde em impacto do alvo. As vantagens do AK-47 para o FAL limitam-se às características operacionais de maneabilidade pelo seu tamanho, curto, mais adequado ao assalto e a sua manutenção incomparável entre os fuzis de assalto de todo o mundo, porém em detrimento da precisão do disparo, considerando a folga relativamente grande entre seus componentes móveis, visando a evitar que detritos venham a prejudicar seu funcionamento.
Utilização no Brasil
O FN FAL, no Brasil chamado de Fuzil Automático Leve, é fabricado integralmente pela IMBEL. Quatro versões são utilizadas pelo Exército Brasileiro, e recebem a nomenclatura de Fuzil 7,62mm M964 (FAL) para a versão com coronha fixa, versão mais comum no Exército, e utilizada em todas as suas tropas convencionais, também era o fuzil padrão do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, mas já foi substituído pelo M16A2 apenas nas instalações situadas no Rio de Janeiro, os demais grupamentos ainda utilizam o FAL. As outras versões são Fuzil 7,62mm M964 A1 (Pára-FAL) para a versão com coronha dobrável, e Fuzil Metralhadora 7,62mm M964, conhecido como Fuzil Automático Pesado (FAP) para a versão 2 kg mais pesada e com coronha fixa de madeira, versão mais apropriada para o apoio de fogo e também usada pelo Exército. A IMBEL também fabrica um modelo adaptado ao FAL em calibre .22LR, para treinamento militar.
Apesar do sucesso de seu uso, o Exército já utiliza este fuzil há quase cinco décadas, por isso o Exército Brasileiro está prestes a substituir o FN FAL pelo moderno fuzil brasileiro IMBEL IA2 5,56mm.
A versão M964 A1, no Brasil é conhecida como Para-FAL, devido a sua coronha rebatível, é apropriado o seu uso por unidades aerotransportadas, que tem menos espaço para o transporte de equipamentos, por isso a primeira unidade do Brasil a utilizar esta versão, foi a Brigada de Infantaria Pára-quedista, por isso começou a ser chamado no meio militar de Para-FAL, posteriormente passou a ser usado também pela Brigada de Operações Especiais, pelo Comando Militar da Amazônia, pela Força de Ação Rápida Estratégica e por unidades que operam no pantanal, como o 17º Batalhão de Fronteira. O seu uso em todas estas unidades é porque devido a coronha dobrável, o transporte fica facilitado, seja em aviões, helicópteros ou em pequenas embarcações na amazônia brasileira e no pantanal. Recentemente exercito brasileiro colocou em pratica o plano para a adoção total do Para-FAL, pelas suas unidades operacionais.
Também é usado em outras organizações, como a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, é visto com frequência em operações de seus batalhões convencionais e também do Batalhão de Operações Policiais Especiais, em sua maioria, na versão M964 A1 (Pára-FAL). Algumas outras organizações policiais militares estaduais e civis de outras unidades da federação também o utilizam.
Utilização em Portugal
O FN FAL foi utilizado pelo Exército Português a partir de 1962, em complemento à espingarda automática Heckler & Koch G3, para uso das suas forças empenhadas na Guerra do Ultramar em África. Em Portugal o FN FAL foi oficialmente designado por Espingarda Automática 7,62 mm FN m/962 (popularmente era conhecido simplesmente por "FN"). Na altura foram testados os dois modelos de armas, escolhendo-se a G3 para arma padrão em detrimento da FN. No entanto os quase 30.000 FN recebidos continuaram a ser utilizados até ao fim da guerra.
Variantes
Durante o tempo o FAL foi produzido em várias versões, no entanto existem quatro configurações básicas do FAL:
- FAL 50.00, ou simplesmente FAL com coronha fixa feita em plástico e cano padrão de 533mm;
- FAL 50.63 ou Para-FAL, com coronha dobrável feita em aço com cano padrão de 431mm;
- FAL 50.64 com coronha da versão Para e cano 533mm; e os FAL 50,41 com cano pesado também conhecido como FAL Hbar, FALO ou FAP essa para tiros automáticos como arma leve de apoio de fogo.
- FAL 50.41 (FALO): Também conhecido como FAL Hbar, versão de coronha plástica, com cano pesado e bipé, permitindo alguma capacidade de fogo sustentado, destinada a ser utilizada como arma de apoio colectivo das fracções elementares de infantaria. Também denominada C2A1 (no Canadá), L2A1 (em alguns países da Commonwealth) e FAP - Fuzil Automático Pesado (no Brasil); FAL 50.42 (FALO): igual ao FAL 50.41, mas com coronha de madeira;
Bibliografia
- Gerard, Henrotin, The FN FAL Explained, (ebook) H&L Publishing - HLebooks.com (2004)