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Palácio Cruz e Sousa: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Florianopolis Cruz e Sousa.JPG|thumb|300px|Fachada do Palácio Cruz e Sousa]]
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O '''Palácio Cruz e Sousa''', antigo '''Palácio Rosado''', é a sede do [[Museu Histórico de Santa Catarina]] (MHSC) desde 1986, e está localizado na cidade de [[Florianópolis]], no estado de [[Santa Catarina]], no [[Centro Histórico (Florianópolis)|centro histórico da capital]], defronte à principal praça da cidade, a Praça XV, tendo servido como Palácio do Governo do Estado.<ref name=guia />
O '''Palácio Cruz e Sousa''', antigo '''Palácio Rosado''', é a sede do [[Museu Histórico de Santa Catarina]] (MHSC) desde 1986, e está localizado na cidade de [[Florianópolis]], no estado de [[Santa Catarina]], no [[Centro Histórico (Florianópolis)|centro histórico da capital]], defronte à principal praça da cidade, a Praça XV de novembro, tendo servido como Palácio do Governo do Estado.<ref name=guia />


==A história==
==A história==

Revisão das 23h44min de 15 de junho de 2017

Fachada do Palácio Cruz e Sousa

O Palácio Cruz e Sousa, antigo Palácio Rosado, é a sede do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) desde 1986, e está localizado na cidade de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, no centro histórico da capital, defronte à principal praça da cidade, a Praça XV de novembro, tendo servido como Palácio do Governo do Estado.[1]

A história

Em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania da Ilha de Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da Silva Paes, foi também construído junto à praça da Vila de Desterro um prédio de três seções e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo".[1] Durante mais de um século, o palácio passou por diversas modificações, até que na mudança republicana uma grande reforma (1894–1898) foi realizada, adquirindo as características arquitetônicas preservadas até o presente.

Nele nasceram figuras ilustres, como o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, filho do Visconde de Taunay, ex-presidente da província (1876 — 1877), e o ex-governador Aderbal Ramos da Silva (1947 — 1951).[1] Além dos bailes ali realizados e outras solenidades, o palácio recebeu visitas ilustres, como D. Pedro I em (1826) e D. Pedro II em (1845 e 1865).[1]

O palácio foi palco de episódio dramático em função da Revolução Federalista quando, em 1891, foi tomado de assalto por revolucionários que se colocaram contra a política de Floriano Peixoto em Santa Catarina, o vice-presidente em exercício na época.

Entre 1894 e 1898, no governo de Hercílio Luz, o prédio foi reformado, perdendo, a partir de então, as características coloniais originais e assumindo linguagem eclética, repleta de elementos decorativos.

Dez estátuas alegóricas esculpidas pelo artista italiano Gabriel Sielva ornamentam a parte externa do prédio, coroando as platibandas. Entre elas, a padroeira do estado, Santa Catarina; a ninfa evocativa dos mares, Anfitrite; e o deus mitológico Mercúrio, compondo com duas barricas, alegoria alusiva ao comércio e à indústria catarinenses, respectivamente, sendo o último localizado no alto da fachada lateral, à direita. Os ladrilhos da calçada à frente do palácio foram importados e assentados no ano de 1910.

Dentro do palácio destaca-se a majestosa escadaria, com sua balaustrada e balcões em mármore de Carrara, peças trabalhadas na Itália.[1] Estátuas em bronze de cavaleiros medievais e um belo vitral art-nouveau enriquecem a decoração.

O palácio, tombado pelo estado e pelo município, deixou de sediar o gabinete do governador do estado em 1984. Funciona como sede do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) desde 1986.[1] Foi restaurado em 1977, em 1984 e 2005.[1] Em 1979 passou a ser denominado Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense Cruz e Sousa.[1]

Em frente ao palácio ocorreu uma grande manifestação contra o regime militar em 1979, que ficou conhecido como Novembrada.

Referências

  1. a b c d e f g h Museu Histórico de Santa Catarina no Palácio Cruz e Sousa Acessado em 27 de março de 2017