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Antônio de Sampaio: diferenças entre revisões

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==Biografia==
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Nasceu na ''Fazenda Vitor'', em [[Tamboril]], a 288 quilômetros de [[Fortaleza]]. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio, ferreiro, e Antônia Xavier de Araújo. Teve uma juventude normal como todo jovem de interior, na aspereza dos sertões nordestinos. Aos 20 anos de idade, no dia [[17 de julho]] de [[1830]], alistou-se como Praça voluntária nas fileiras do então 22.º Batalhão de Caçadores, sediado na [[Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção]] galgando todos os postos da carreira militar por mérito: [[Alferes]] comissionado ([[20 de maio]] de [[1839]]), Alferes confirmado ([[2 de setembro]] de [[1839]]), [[Tenente]] ([[2 de dezembro]] de [[1839]]), [[Capitão]] ([[8 de setembro]] de [[1843]]), [[Major]] ([[29 de julho]] de [[1852]]), [[Tenente-coronel]] ([[2 de dezembro]] de [[1855]]), posto no qual comandou o Corpo Policial da Corte, atual [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro]], [[Coronel]] ([[2 de dezembro]] de [[1861]]), e Brigadeiro, atual [[General-de-brigada]] ([[18 de fevereiro]] de [[1865]]). O seu filho, Olegário Antônio de Sampaio, foi [[general-de-brigada]] de Infantaria no Exército Brasileiro e teve atuação destacada na repressão à [[Revolta da Armada]] (1893) e na [[Guerra de Canudos]] (1897). O seu neto, [[Antônio Paiva de Sampaio]], também seguiu carreira militar, tendo distinta atuação em diversos conflitos na primeira metade do século XX, como na [[Revolução de 1924]] e na [[Revolução Constitucionalista de 1932|Revolução de 1932]]. Alguns descendentes ainda residem em sua cidade natal.<ref>{{citar web | titulo=Homenagem a Sampaio em Tamboril (CE) Abre Semana da Infantaria no Ceará | publicado=Legião da Infantaria do Ceará | url=http://www.legiaodainfantariadoceara.org/leginf_CNInf2013_eventosTamboril_18Mai13.html|acessodata=7 de Maio de 2014}}</ref><ref>{{citar web|url=http://legiaodainfantariadoceara.org/leginf_MuseuSampaio2012-paineis_11.html|título=Genealogia|publicado=Legião da Infantaria do Ceará|local=Fortaleza|ano=2012}}</ref><ref>{{citar notícia|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=388653&pesq=%22Ant%C3%B4nio%20Paiva%20de%20Sampaio%22&pasta=ano%20190|título=Registro Mortuário|publicado=A Federação|data=1911-04-17|acessodata=2020-05-26|local=Porto Alegre}}</ref>
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==Batalhas==
==Batalhas==

Revisão das 11h59min de 26 de junho de 2021

Antônio de Sampaio
Antônio de Sampaio
O Brigadeiro Antônio de Sampaio distinguiu-se nas principais revoltas do século XIX (Balaiada, Guerra dos Farrapos e Revolução Praieira).
Nascimento 24 de maio de 1810
Tamboril, Capitania do Ceará, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Morte 6 de julho de 1866 (56 anos)
Buenos Aires, Argentina
Nacionalidade
brasileiro
Ocupação Militar
Serviço militar
Patente Brigadeiro
Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro

Antônio de Sampaio (Tamboril, 24 de maio de 1810Buenos Aires, 6 de julho de 1866) foi um militar brasileiro, herói da Guerra da Tríplice Aliança. Considerado um dos maiores militares da história do Brasil independente, participou de muitas das principais guerras travadas pelo Exército Brasileiro ao longo do século XIX, vindo a falecer a bordo do navio Eponina, decorrente dos três ferimentos recebidos na Batalha de Tuiuti no dia 24 de maio de 1866. Pela sua bravura na Guerra, é o patrono da arma de Infantaria no Brasil.[1]

Biografia

Nasceu na Fazenda Vitor, em Tamboril, a 288 quilômetros de Fortaleza. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio, ferreiro, e Antônia Xavier de Araújo. Teve uma juventude normal como todo jovem de interior, na aspereza dos sertões nordestinos. Aos 20 anos de idade, no dia 17 de julho de 1830, alistou-se como Praça voluntário nas fileiras do então 22.º Batalhão de Caçadores, sediado na Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção galgando todos os postos da carreira militar por mérito: Alferes comissionado (20 de maio de 1839), Alferes confirmado (2 de setembro de 1839), Tenente (2 de dezembro de 1839), Capitão (8 de setembro de 1843), Major (29 de julho de 1852), Tenente-coronel (2 de dezembro de 1855), posto no qual comandou o Corpo Policial da Corte, atual Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Coronel (2 de dezembro de 1861), e Brigadeiro, atual General-de-brigada (18 de fevereiro de 1865). O seu filho, Olegário Antônio de Sampaio, foi general-de-brigada de Infantaria no Exército Brasileiro e teve atuação destacada na repressão à Revolta da Armada (1893) e na Guerra de Canudos (1897). O seu neto, Antônio Paiva de Sampaio, também seguiu carreira militar, tendo distinta atuação em diversos conflitos na primeira metade do século XX, como na Revolução de 1924 e na Revolução de 1932. Alguns descendentes ainda residem em sua cidade natal.[2][3][4]

Batalhas

General Antônio de Sampaio (1810-1866). Morto em combate, foi proclamado patrono da infantaria (1962).

Destacou-se na maioria das campanhas militares do Período Regencial e do Segundo Reinado (os anos referem-se aos períodos em que Sampaio esteve em combate):

Guerra da Tríplice Aliança

À frente da 3ª Divisão do Exército Imperial, apelidada de Divisão Encouraçada, composta pelos lendários batalhões Arranca-Toco, Vanguardeiro e Treme-Terra, lutou nas operações de transposição do rio Paraná, na Batalha da Confluência e na Batalha de Estero Bellaco. Na batalha de Tuiuti (24 de maio de 1866, ironicamente a data de seu aniversário), considerada a maior batalha campal já travada na América do Sul, Sampaio foi gravemente ferido três vezes, por estilhaços de granada, gangrenando-lhe a coxa direita, além de outras duas vezes, nas costas.

Busto de Antônio de Sampaio.

Evacuado do campo de batalha, faleceu a bordo do vapor Eponina, que o conduzia para Buenos Aires. Sepultado naquela capital, em 8 de julho de 1866, seus restos mortais foram repatriados em 1869, para o Rio de Janeiro, sendo depositados na Igreja do Bom Jesus da Coluna, no Asilo dos Inválidos da Pátria, onde permaneceram até 14 de novembro de 1871, quando foram novamente trasladados para sua terra natal - o Ceará. Até 25 de outubro de 1873, seus restos mortais foram depositados na atual Catedral de Fortaleza, sendo sepultados no Cemitério de São João Batista, em Fortaleza. Em 24 de maio de 1966, por ocasião do Centenário de sua morte e da Batalha de Tuiuti, seus restos mortais são removidos para um mausoléu na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, onde permaneceram até 24 de maio de 1996, ocasião em que os seus restos mortais passaram a repousar em definitivo no Panteão Brigadeiro Sampaio, erguido na parte frontal da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, sede do Quartel-General da 10ª Região Militar.

Condecorações

Foi condecorado por seis vezes, no período de 1852 a 1865, pelo imperador D. Pedro II. Também, recebeu a comenda da Imperial Ordem da Rosa.

Homenagens

Estátua de Antônio de Sampaio na Praça Brigadeiro Sampaio, em Porto Alegre (RS).

Bibliografia

  • Moacyr Flores (2004). Dicionário de história do Brasil 3 ed. [S.l.]: EDIPUCRS. ISBN 9788574302096 
  • General Paulo de Queiroz Duarte. [S.l.]: Biblioteca do Exercito Editora. 1988 

Ligações externas

Referências

  1. «Patronos do Exército Brasileiro». Exército Brasileiro. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  2. «Homenagem a Sampaio em Tamboril (CE) Abre Semana da Infantaria no Ceará». Legião da Infantaria do Ceará. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  3. «Genealogia». Fortaleza: Legião da Infantaria do Ceará. 2012 
  4. «Registro Mortuário». Porto Alegre: A Federação. 17 de abril de 1911. Consultado em 26 de maio de 2020 
  5. Azevedo, Miguel Angelo de (2005). «Inaugura-se, na Praça Castro Carreira». Portal da História do Ceará. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  6. Giorgis, Luiz Ernani Caminha. «Patrono da Infantaria Brasileira - Brigadeiro Antônio de Sampaio». Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  7. Giorgis, Luiz Ernani Caminha. «Patrono da Infantaria Brasileira - Brigadeiro Antônio de Sampaio». Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  8. «Legião da Infantaria - Panteão Brigadeiro Sampaio». Legião da Infantaria do Ceará. Consultado em 7 de Maio de 2014 
  9. «Lei nº 11.932, de 24 de Abril de 2009». Presidência da Republica, Casa Civil. Consultado em 7 de Maio de 2014