Cícero Dantas Martins: diferenças entre revisões

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Além da política, a marca de Cícero Dantas Martins foi a escrita de cartas. Entre os anos de [[1873]] e 1903, remeteu 44.411 cartas, uma média de 1.432 ao ano – meticuloso, tomava notas em seu caderno de todas as correspondências enviadas, além de mortes, nascimentos, e muitas outras informações com que se confrontasse. Muitas das cartas enviadas por Cícero Dantas Martins não se recuperou. Restaram, no entanto, todas as cartas recebidas pelo Barão de Jeremoabo e fotografias que vinham com estas, de personagens importantes da história do [[Brasil]] como [[José de Alencar]], [[Barão de Rio Branco]], [[Barão de Cotegipe]], [[Visconde de Niterói]], além de familiares, amigos e outros proprietários rurais. As cartas guardadas são uma recém-descoberta e rica fonte de informação sobre períodos da história brasileira como a [[Guerra de Canudos]].
Além da política, a marca de Cícero Dantas Martins foi a escrita de cartas. Entre os anos de [[1873]] e 1903, remeteu 44.411 cartas, uma média de 1.432 ao ano – meticuloso, tomava notas em seu caderno de todas as correspondências enviadas, além de mortes, nascimentos, e muitas outras informações com que se confrontasse. Muitas das cartas enviadas por Cícero Dantas Martins não se recuperou. Restaram, no entanto, todas as cartas recebidas pelo Barão de Jeremoabo e fotografias que vinham com estas, de personagens importantes da história do [[Brasil]] como [[José de Alencar]], [[Barão de Rio Branco]], [[Barão de Cotegipe]], [[Visconde de Niterói]], além de familiares, amigos e outros proprietários rurais. As cartas guardadas são uma recém-descoberta e rica fonte de informação sobre períodos da história brasileira como a [[Guerra de Canudos]].


Construiu o Solar do Camuciatá e foi avô do deputado que lhe era homônimo, Cícero Dantas Martins.
O Barão de Jeremoabo foi sepultado em 1903 na Igreja Matriz da cidade de Cícero Dantas. Os seus restos mortais até hoje se encontram nesta igreja<ref>SAMPAIO, Consuelo Novais (org.). Canudos: Cartas para o Barão. 2 ed. edUSP, São Paulo, 2001 (ISBN 85-3140-538-6)</ref>. Construiu o Solar do Camuciatá e foi avô do deputado que lhe era homônimo, Cícero Dantas Martins.


==Para saber mais==
==Para saber mais==
*CARVALHO JÚNIOR, Álvaro Pinto Dantas de. ''O Barão de Jeremoabo e a Política do seu Tempo''. EGB, Salvador, 2006 (ISBN 85-7505-147-4)
*CARVALHO JÚNIOR, Álvaro Pinto Dantas de. ''O Barão de Jeremoabo e a Política do seu Tempo''. EGB, Salvador, 2006 (ISBN 85-7505-147-4)

*SAMPAIO, Consuelo Novais (org.). Canudos: Cartas para o Barão. 2 ed. edUSP, São Paulo, 2001 (ISBN 85-3140-538-6)


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Revisão das 18h08min de 20 de janeiro de 2009

Barão de Jeremoabo, aos 30 anos (1868)

Cícero Dantas Martins, primeiro e único barão de Jeremoabo, (São João Batista de Jeremoabo, 28 de junho de 1838Bom Conselho, 1903) foi um político brasileiro e o maior latifundiário do Nordeste.

Biografia

Filho de Mariana Francisca da Silveira e do Comendador João Dantas dos Reis, provém, assim, da família Dantas, antigos procuradores da casa da Torre de Garcia d'Ávila. Foi administrando as terras da Casa da Torre que os Dantas acumularam grandes extensões rurais, até que Cícero Dantas Martins, já nascido em berço de ouro, tornasse-se o maior fazendeiro de toda a região Nordeste, com sessenta e uma propriedades na Bahia e em Sergipe.

Casou-se com sua prima, Mariana da Costa Pinto, filha do Conde de Sergimirim, Antônio da Costa Pinto, senhor de engenho, unindo, assim, o poder que exercia no sertão àquele exercido por seu sogro no Recôncavo. Tornou-se o homem mais poderoso de Alagoinhas a Juazeiro.

Formou-se bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas em Recife, em 1859. Foi vereador em Bom Conselho no ano de 1875; Deputado pela Bahia por quatro legislaturas (de 1869 a 1872, de 1872 a 1875, em 1877, e de 1886 a 1889); Senador Estadual na sua província da Bahia no ano de 1891. Também se tornou o 1.º Intendente eleito constitucionalmente no município de Itapicuru de Cima entre os anos de 1893 e 1896.

Além da política, a marca de Cícero Dantas Martins foi a escrita de cartas. Entre os anos de 1873 e 1903, remeteu 44.411 cartas, uma média de 1.432 ao ano – meticuloso, tomava notas em seu caderno de todas as correspondências enviadas, além de mortes, nascimentos, e muitas outras informações com que se confrontasse. Muitas das cartas enviadas por Cícero Dantas Martins não se recuperou. Restaram, no entanto, todas as cartas recebidas pelo Barão de Jeremoabo e fotografias que vinham com estas, de personagens importantes da história do Brasil como José de Alencar, Barão de Rio Branco, Barão de Cotegipe, Visconde de Niterói, além de familiares, amigos e outros proprietários rurais. As cartas guardadas são uma recém-descoberta e rica fonte de informação sobre períodos da história brasileira como a Guerra de Canudos.

O Barão de Jeremoabo foi sepultado em 1903 na Igreja Matriz da cidade de Cícero Dantas. Os seus restos mortais até hoje se encontram nesta igreja[1]. Construiu o Solar do Camuciatá e foi avô do deputado que lhe era homônimo, Cícero Dantas Martins.

Para saber mais

  • CARVALHO JÚNIOR, Álvaro Pinto Dantas de. O Barão de Jeremoabo e a Política do seu Tempo. EGB, Salvador, 2006 (ISBN 85-7505-147-4)


  1. SAMPAIO, Consuelo Novais (org.). Canudos: Cartas para o Barão. 2 ed. edUSP, São Paulo, 2001 (ISBN 85-3140-538-6)