Itapicuru (Bahia)
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itapicuruense | ||
Localização | |||
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Localização de Itapicuru no Brasil | |||
Mapa de Itapicuru | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Olindina, Crisópolis, Nova Soure, Ribeira do Amparo, Cipó e Rio Real, Tobias Barreto (SE) Poço Verde (SE) e Tomar do Geru (SE) | ||
Distância até a capital | 215 km | ||
História | |||
Fundação | 28 de abril de 1728 (295 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Moreira de Carvalho Neto[1] (PSD, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 1 550,832 km² | ||
População total (IBGE/2021[3]) | 36 173 hab. | ||
Densidade | 23,3 hab./km² | ||
Clima | Semi-Árido | ||
Altitude | 155 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,486 — muito baixo | ||
PIB (IBGE/2016[5]) | R$ 371 220 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2016[5]) | R$ 10 220,81 |
Itapicuru é um município brasileiro do estado da Bahia. Trata-se de um dos municípios mais antigos do estado, tendo sido criado em 1728.
Em 1876 foi visitado por Antônio Conselheiro e seus seguidores.
É o município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Bahia. É também um dos municípios com menor PIB per capita do país.
História[editar | editar código-fonte]
O território que compõe o atual município de Itapicuru era habitado originalmente pelas nações indígenas Cariris, Paiaiás e Tupinambás, os quais foram enfraquecidos pelos colonizadores portugueses em razão dos constantes ataques feitos a esses povos originários durante o século XVI pelo administrador colonial português Garcia D'Ávila que ocupou estas terras para incorporá-las à sesmaria que lhe havia sido doada por Tomé de Sousa, possivelmente um filho bastardo dele de acordo com a historiografia contemporânea, a exemplo do historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira.[6][7][8]
No século XVII começa a consolidar a colonização do território, com os indígenas remanescentes foram reunidos em 1636 em um aldeamento organizado pelos franciscanos denominado de Missão da Saúde (também chamada de Missão de Santo Antônio). Em 1698, foi construída uma capela que recebeu o nome (ou como dizia a linguagem da época "sob invocação") de Nossa Senhora de Nazaré do Itapicuru de Cima e a localidade foi transformada em uma freguesia no âmbito da estrutura administrativa da Colônia, consoante petição dirigida ao rei português pelo vigário Giraldo Correia de Lima, que começou a receber côngrua a partir de 1700.
No século XVIII, o rei português expede uma Carta Régia dirigida ao vice-rei do Brasil na qual ele solicitava notícias sobre a localidade de Itapicuru de Cima e autorizando que, a depender das condições existentes, ela poderia ser elevada vila. Em razão das informações dadas pelo governante colonial e das condições históricas e sociais verificadas, a freguesia foi elevada à categoria de vila pelo vice-rei do Brasil na época, o Conde de Sabugosa, em 28 de abril de 1728, o que a transformou em um poder local dotado de Câmara Municipal própria, ou seja, um município colonial português.[9]
De acordo com a historiadora Consuelo Pondé de Sena, Itapicuru é um topônimo de origem indígena na língua geral tupi que significaria "laje caroçuda", por causa das espécies de rochas que haviam sido encontradas pelos indígenas que habitavam a região. Sobre o antigo povoamento indígena, a mesma autora encontrou um depoimento do Presidente da Província da Bahia datado de 01 de março de 1851, no qual é encontrado um relatório sobre o estado das aldeias indígenas da Província da Bahia, em que se encontram informações sobre as populações originárias que viviam no território do município.
Demografia[editar | editar código-fonte]
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 36 173 habitantes.[3]
Desenvolvimento Humano[editar | editar código-fonte]
O IDH municipal de Itapicuru é 0,486, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano com o índice Muito Baixo.[4]
Componentes do IDH do município em 2010:
Organização Político-Administrativa[editar | editar código-fonte]

O Município de Itapicuru possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Itapicuru, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[10]
A administração pública municipal de Itapicuru é composta pelo chefe do Poder Executivo, pelos secretários municipais e pelos dirigentes de outros órgãos e entidades da administração direta e indireta, sendo que os ocupantes destes últimos cargos em comissão são nomeados pelo prefeito.[10]
Economia[editar | editar código-fonte]
Turismo[editar | editar código-fonte]
No município é de costume da população, ir a feira da cidade no dia de sexta-feira, onde pode se observar que o movimento de pessoas na cidade é muito grande. Como lazer os habitantes e visitantes podem ir ao balneário termal de Itapicuru que fica aberto de terça-feira a domingo.
O município de Itapicuru é muito visitado graças a presença de águas termais. O cenário cotidiano é de uma cidade tranquila onde a vida passa devagar e todos se conhecem pelo nome ou apelido .
Referências
- ↑ «Eleição para prefeitura de Itapicuru». Cidade Brasil. Consultado em 24 de abril de 2021
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Panorama». IBGE. Consultado em 29 de novembro de 2022
- ↑ a b c d e «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 23 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 4 de maio de 2019
- ↑ BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. O Feudo - A Casa da Torre de Garcia d’Ávila: da conquista dos sertões à Independência do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
- ↑ Pessoa, Angelo Emílio da Silva (2003). As ruínas da tradição: 'A Casa da Torre' de Garcia D' Ávila - família e propriedade no nordeste colonial (Tese de Doutorado em História Social). São Paulo: Universidade de São Paulo. Consultado em 29 de novembro de 2022
- ↑ Santos, Jamille Macedo Oliveira (2021). Entre aldeamentos, mocambos e engenhos: etnogêneses e reconfigurações sociais indígenas no Recôncavo da Bahia (1580-1697) (PDF) (Tese de Doutorado em História). Salvador: UFBA. Consultado em 29 de novembro de 2022
- ↑ «Histórico». IBGE. Consultado em 29 de novembro de 2022
- ↑ a b MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.