Jaguaquara

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Jaguaquara
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Jaguaquara
Bandeira
Brasão de armas de Jaguaquara
Brasão de armas
Hino
Gentílico jaguaquarense
Localização
Localização de Jaguaquara na Bahia
Localização de Jaguaquara na Bahia
Localização de Jaguaquara na Bahia
Jaguaquara está localizado em: Brasil
Jaguaquara
Localização de Jaguaquara no Brasil
Mapa
Mapa de Jaguaquara
Coordenadas 13° 31' 51" S 39° 58' 15" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Norte: Irajuba, Sul: Jequié e Apuarema, Leste: Itaquara e Wenceslau Guimarães, Oeste: Itiruçu, Planaltino e Jequié
Distância até a capital 336 km
História
Fundação 18 de maio de 1921 (102 anos)
Administração
Prefeito(a) Edione Agostinone (PP, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 924,743 km²
População total (IBGE/2022[2]) 45 964 hab.
Densidade 49,7 hab./km²
Clima Subúmido a seco
Altitude 667 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 45345-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,58 baixo
PIB (IBGE/2016[4]) R$ 549 746 mil
PIB per capita (IBGE/2016[4]) R$ 9 860,74
Sítio http://www.jaguaquara.ba.gov.br (Prefeitura)
http://www.camarajaguaquara.ba.gov.br (Câmara)

Jaguaquara é um município localizado no Vale do Jiquiriçá, na Microrregião de Jequié, no Sudoeste do Estado da Bahia, no Brasil. Sua população é de 45 964 habitantes, de acordo com os dados do censo 2022 do IBGE.

Topônimo[editar | editar código-fonte]

"Jaguaquara" é um termo tupi que significa "toca de onça", através da junção dos termos îagûara (onça) e kûara (toca)[5].

História[editar | editar código-fonte]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Jaguaquara nasceu de uma fazenda chamada Toca da Onça e sua história tem como ponto de partida a chegada do casal Guilherme Martins do Eirado e Silva & Luzia de Souza e Silva no ano de 1896. O casal trabalhou incansavelmente durante muitos anos na fazenda.

Na sede da fazenda, havia algumas divisões: a casa da sede, residência do casal (posteriormente doada às Franciscanas Imaculatinas e, hoje, Colégio Luzia Silva), e uma casa de negócios com depósitos, dependências de empregados e rancharia para viajantes (que foi demolida para dar lugar à Praça J.J. Seabra) e uma casa de farinha (que foi reformada, transformada em residência em 1921 e, posteriormente, adquirida pelo então Prefeito Municipal Menandro Minahim, que após anos foi vendida pela família a um empresário local que, infelizmente, a demoliu).

No ano de 1912, foi iniciada a construção das primeiras casas que formariam o povoado Toca da Onça, cujo território fazia parte do município de Areia, atual Ubaíra.

Em 1913, após enfrentar árduas lutas políticas, Guilherme Silva conseguiu a passagem da Estrada de Ferro de Nazaré, pela sede do povoado, impedindo que a estação fosse construída no povoado da Casca.

A Lei n° 174, de 5 de Outubro de 1915, mudou a denominação do então povoado Toca da Onça para Jaguaquara, que tem o mesmo significado na língua tupi.

Em 16 de Maio de 1916, foi criado o distrito de Jaguaquara, pelo Decreto n° 1 540.

Através da Lei Estadual n° 1 472, de 18 de Maio de 1921, Jaguaquara foi elevada à categoria de vila, sendo, consequentemente, seu território desmembrado do município de Areia.

O Decreto n° 1 560, de 17 de Julho de 1922, criou o termo judicial Jaguaquara e, em 7 de Setembro de 1922, tomou posse o primeiro juiz do município.

A sede do município, então Vila de Jaguaquara, foi elevada à categoria de cidade pela Lei Estadual n° 1 673, de 30 de agosto de 1923.

Imigração[editar | editar código-fonte]

Em 1950, imigrantes vindos de diversas regiões da Itália desembarcaram em Jaguaquara. Eram 41 famílias, que receberam, do governo, um pequeno lote de terra para recomeçarem a vida. Introduziram a lavoura, ainda pouco incrementada, com produtos até então desconhecidos da população e técnicas mais avançadas de cultivo. Fundaram uma colônia que, hoje, encontra-se desativada. Além de hortigranjeiros, os italianos plantaram uva e trigo, que se desenvolveram bem graças ao clima. Jaguaquara também acolheu ainda imigrantes de várias outras nações, como Japão, Portugal, Espanha e Peru.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Bairros[editar | editar código-fonte]

Centro, Muritiba, Casca, Bela Vista, Palmeira, Urbis (Popular), Arco-Íris, Nova Jaguaquara, São Jorge (Ceará), São João Batista, Cruzeiro, Rua da Lagoa, Malvina I, Malvina II, Cidade de Deus, Residencial Jatobá, Residencial Jardim das Flores.

Distritos[editar | editar código-fonte]

Stela Câmara Dubois (Entroncamento de Jaguaquara), Baixão de Ipiúna, Itiúba, sendo estes os principais, além de vários povoados e vilarejos rurais[quais?].

Geografia[editar | editar código-fonte]

Situado na Região Sudoeste do Estado da Bahia, nas microrregiões de Jequié e do Vale do Jiquiriçá, encontra-se o município e cidade de Jaguaquara, que se destaca no contexto agrícola pela produção de hortifrutigranjeiros.

Clima[editar | editar código-fonte]

Caracteriza-se por possuir um clima frio no inverno e quente e seco no verão, mantendo uma temperatura média anual de 21 °C, e um índice pluviométrico de cerca de 800 milímetros.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes aos períodos de 1961 a 1964, 1966 a 1967, 1969 a 1970, 1973 a 1980, 1986 a 1989 e 1993 a 2016, a menor temperatura registrada em Jaguaquara, em uma estação meteorológica situada na divisa com o município de Itiruçu, foi de 9,4 °C em 24 de setembro de 1966.[6] Outro registro abaixo dos 10 °C, ocorreu em 16 de junho de 1994, com mínima de 9,8 °C.[6] O recorde de maior temperatura é de 35,6 °C em 3 de outubro de 1997.[7] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 157 milímetros (mm) em 21 de janeiro de 1964, seguido pelos 105,5 mm em 3 de maio de 1978. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 157 milímetros (mm) em 21 de janeiro de 1964, seguido pelos 123,1 mm em 21 de março de 1981 e por 105,5 mm em 3 de maio de 1978.[8]

Dados climatológicos para Itiruçu–Jaguaquara
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 35,4 35 35,2 34,1 32,5 30,8 31,3 32,1 33,5 35,6 34,6 35,4 35,6
Temperatura máxima média (°C) 29,1 29,3 28,6 27,3 25,8 23,6 23,3 23,9 25,7 27,5 28 28,6 26,7
Temperatura média compensada (°C) 22,6 22,7 22,5 21,7 20,5 18,8 18,2 18,3 19,6 20,9 21,7 22,3 20,8
Temperatura mínima média (°C) 18,4 18,5 18,6 18,4 17,2 15,8 15,1 14,8 15,7 17 17,8 18,2 17,1
Temperatura mínima recorde (°C) 10,8 12,4 12,4 13,5 10,4 9,8 10,5 10 9,4 12 12,4 12,4 9,4
Precipitação (mm) 67,4 76 97,5 64,1 52,5 64,3 62,1 47,3 44,3 47,1 103,1 90,5 816,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 8 8 10 10 11 12 13 10 8 6 8 6 110
Horas de sol 197,3 180,5 169,5 159 158,1 128,7 148,6 160,4 172,3 182,6 158,1 178,7 1 993,8
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[9] recordes de temperatura:
01/01/1961 a 30/11/1964, 01/05/1966 a 31/03/1967, 10/03/1969 a 31/12/1970 e 01/01/1973 a 30/01/2016)[6][7]

Política[editar | editar código-fonte]

Intendentes[editar | editar código-fonte]

  • Guilherme Martins do Eirado e Silva - Ago 1921 a Dez 1923;
  • Abílio Procópio Ferreira - Jan a Maio 1924;
  • Serapião Guanais Mineiro - Mai a Set 1924;
  • João Andrade - Out 1924 a Ago 1926;
  • José Inácio Pinto - Set 1926 a Dez 1927;
  • Dr. Alyrio de Almeida - Jan 1927 a Dez 1929; e
  • Virgílio Pereira de Almeida - Jan 1930 a Out 1930;

Prefeitos[editar | editar código-fonte]

  • Lauro Mota - Nov 1930 a Nov 1937;
  • Virgílio Mota de Almeida - Dez 1937 a Jan 1939;
  • Beatriz Araújo Coutinho (Interinamente) - Jan 1939 a Mar 1939;
  • Everaldo Souza Santos - Mar 1939 a Jan 1951;
  • Lourival Castro (Interinamente) - Dez 1945 a Abr 1946;
  • Jaime Correia (Interinamente) - Mai 1947 a Jan 1948;
  • Gilberto Rebouças (Interinamente) - Nov 1950 a Jan 1951;
  • Menandro Minahim - 1951 a 1954;
  • Lourival Rosa de Sena - 1955 a 1958;
  • Leonídio Pinheiro Fernandes - 1959 a 1962;
  • Joaquim Nery de Souza - 1963 a 1966;
  • Lourival Rosa de Sena - 1967 a 1970;
  • René Dubois - 1971 a 1972;
  • Paulo Ovídio Nascimento Filho - 1973 a 1976;
  • Ítalo Rabêlo do Amaral - 1977 a 1982;
  • René Dubois - 1983 a 1988;
  • Osvaldo Cruz Morais - Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992;
  • Paulo Sérgio Oliveira Nunes - Janeiro de 1993 a Dezembro de 1996;
  • Ítalo Rabêlo do Amaral - Janeiro de 1997 a Dezembro de 2000;
  • Valdemiro Alves de Oliveira - Janeiro de 2001 a Dezembro de 2004;
  • Osvaldo Cruz Morais - Janeiro de 2005 a Março 2006;
  • Aldemir Moreira - Março 2006 a Dezembro 2008;
  • Aldemir Moreira - Janeiro 2009 a Dezembro 2012;
  • Giuliano Andrade Martinelli - Janeiro 2013 a Dezembro de 2016
  • Giuliano Andrade Martinelli - Janeiro 2017 a Dezembro de 2020.
  • Edione Agostinone - Janeiro 2021 a Dezembro de 2024.

Economia[editar | editar código-fonte]

Agricultura[editar | editar código-fonte]

Quinto produtor baiano de abacate, quinto em limão, quarto em maracujá, pimentão, oitavo em tomate e segundo lugar em produção de hortigranjeiros na Bahia.[carece de fontes?]

Pecuária[editar | editar código-fonte]

Na pecuária, destacam-se os rebanhos bovino, equino, asinino e muar.

Comércio e Serviços[editar | editar código-fonte]

Possui 111 indústrias, 55º lugar na posição geral do estado da Bahia e 1 261 estabelecimentos comerciais, 39ª posição dentre os municípios baianos. Seu parque hoteleiro registra 85 leitos. Registro de consumo elétrico residencial (Kwh/hab): 135,08 - 82º no ranking dos municípios baianos. Mas apesar dos avanços, um grande número de consumidores do município ainda fazem compras na cidade vizinha, de Jequié.

Mineração[editar | editar código-fonte]

Recentemente começou o estudo para exploração mineral no município, com a instalação da Mineradora Anglo-Australiana Rio Tinto, que começará a explorar Bauxita nas terras de Jaguaquara.

Referências

  1. IBGE; IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «estimativa_ibge_2022.xls». agenciadenoticias.ibge.gov.br. Consultado em 20 de abril de 2019 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 11 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 20 de abril de 2019 
  5. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo. Global. 2005. p. 287.
  6. a b c Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018 
  7. a b INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018 
  8. INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018 
  9. INMET. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Consultado em 16 de julho de 2018