Jaguaquara
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | jaguaquarense | ||
Localização | |||
Localização de Jaguaquara na Bahia | |||
Localização de Jaguaquara no Brasil | |||
Mapa de Jaguaquara | |||
Coordenadas | 13° 31′ 51″ S, 39° 58′ 15″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Norte: Irajuba, Sul: Jequié e Apuarema, Leste: Itaquara e Wenceslau Guimarães, Oeste: Itiruçu, Planaltino e Jequié | ||
Distância até a capital | 336 km | ||
História | |||
Fundação | 18 de maio de 1921 (103 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Edione Agostinone (PP, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 924,743 km² | ||
População total (2024) [2] | 47 738 hab. | ||
Densidade | 51,6 hab./km² | ||
Clima | Subúmido a seco | ||
Altitude | 667 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 45345-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,58 — baixo | ||
PIB (IBGE/2021[4]) | R$ 678 165,20 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[4]) | R$ 12 349,81 | ||
Sítio | http://www.jaguaquara.ba.gov.br (Prefeitura) http://www.camarajaguaquara.ba.gov.br (Câmara) |
Jaguaquara é um município localizado no Vale do Jiquiriçá, na Microrregião de Jequié, no Sudoeste do Estado da Bahia, no Brasil. Sua população era de 47 738 habitantes, de acordo com a estimativa de 2024 do IBGE.[2]
Topônimo
[editar | editar código-fonte]"Jaguaquara" é um termo tupi que significa "toca de onça", através da junção dos termos îagûara (onça) e kûara (toca)[5].
História
[editar | editar código-fonte]Histórico
[editar | editar código-fonte]Jaguaquara nasceu de uma fazenda chamada Toca da Onça e sua história tem como ponto de partida a chegada do casal Guilherme Martins do Eirado e Silva & Luzia de Souza e Silva no ano de 1896. O casal trabalhou incansavelmente durante muitos anos na fazenda.
Na sede da fazenda, havia algumas divisões: a casa da sede, residência do casal (posteriormente doada às Franciscanas Imaculatinas e, hoje, Colégio Luzia Silva), e uma casa de negócios com depósitos, dependências de empregados e rancharia para viajantes (que foi demolida para dar lugar à Praça J.J. Seabra) e uma casa de farinha (que foi reformada, transformada em residência em 1921 e, posteriormente, adquirida pelo então Prefeito Municipal Menandro Minahim, que após anos foi vendida pela família a um empresário local que, infelizmente, a demoliu).
No ano de 1912, foi iniciada a construção das primeiras casas que formariam o povoado Toca da Onça, cujo território fazia parte do município de Areia, atual Ubaíra.
Em 1913, após enfrentar árduas lutas políticas, Guilherme Silva conseguiu a passagem da Estrada de Ferro de Nazaré, pela sede do povoado, impedindo que a estação fosse construída no povoado da Casca.
A Lei n° 174, de 5 de Outubro de 1915, mudou a denominação do então povoado Toca da Onça para Jaguaquara, que tem o mesmo significado na língua tupi.
Em 16 de Maio de 1916, foi criado o distrito de Jaguaquara, pelo Decreto n° 1 540.
Através da Lei Estadual n° 1 472, de 18 de Maio de 1921, Jaguaquara foi elevada à categoria de vila, sendo, consequentemente, seu território desmembrado do município de Areia.
O Decreto n° 1 560, de 17 de Julho de 1922, criou o termo judicial Jaguaquara e, em 7 de Setembro de 1922, tomou posse o primeiro juiz do município.
A sede do município, então Vila de Jaguaquara, foi elevada à categoria de cidade pela Lei Estadual n° 1 673, de 30 de agosto de 1923.
Imigração
[editar | editar código-fonte]Em 1950, imigrantes vindos de diversas regiões da Itália desembarcaram em Jaguaquara. Eram 41 famílias, que receberam, do governo, um pequeno lote de terra para recomeçarem a vida. Introduziram a lavoura, ainda pouco incrementada, com produtos até então desconhecidos da população e técnicas mais avançadas de cultivo. Fundaram uma colônia que, hoje, encontra-se desativada. Além de hortigranjeiros, os italianos plantaram uva e trigo, que se desenvolveram bem graças ao clima. Jaguaquara também acolheu ainda imigrantes de várias outras nações, como Japão, Portugal, Espanha e Peru.
Subdivisões
[editar | editar código-fonte]Bairros
[editar | editar código-fonte]Centro, Muritiba, Casca, Bela Vista, Palmeira, Urbis (Popular), Arco-Íris, Nova Jaguaquara, São Jorge (Ceará), São João Batista, Cruzeiro, Rua da Lagoa, Malvina I, Malvina II, Cidade de Deus, Residencial Jatobá, Residencial Jardim das Flores.
Distritos
[editar | editar código-fonte]Stela Câmara Dubois (Entroncamento de Jaguaquara), Baixão de Ipiúna, Itiúba, sendo estes os principais, além de vários povoados e vilarejos rurais[quais?].
Geografia
[editar | editar código-fonte]Situado na Região Sudoeste do Estado da Bahia, nas microrregiões de Jequié e do Vale do Jiquiriçá, encontra-se o município e cidade de Jaguaquara, que se destaca no contexto agrícola pela produção de hortifrutigranjeiros.
Clima
[editar | editar código-fonte]Caracteriza-se por possuir um clima frio no inverno e quente e seco no verão, mantendo uma temperatura média anual de 21 °C, e um índice pluviométrico de cerca de 800 milímetros.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes aos períodos de 1961 a 1964, 1966 a 1967, 1969 a 1970, 1973 a 1980, 1986 a 1989 e 1993 a 2016, a menor temperatura registrada em Jaguaquara, em uma estação meteorológica situada na divisa com o município de Itiruçu, foi de 9,4 °C em 24 de setembro de 1966.[6] Outro registro abaixo dos 10 °C, ocorreu em 16 de junho de 1994, com mínima de 9,8 °C.[6] O recorde de maior temperatura é de 35,6 °C em 3 de outubro de 1997.[7] O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 157 milímetros (mm) em 21 de janeiro de 1964, seguido pelos 105,5 mm em 3 de maio de 1978. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 157 milímetros (mm) em 21 de janeiro de 1964, seguido pelos 123,1 mm em 21 de março de 1981 e por 105,5 mm em 3 de maio de 1978.[8]
Dados climatológicos para Itiruçu–Jaguaquara | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 35,4 | 35 | 35,2 | 34,1 | 32,5 | 30,8 | 31,3 | 32,1 | 33,5 | 35,6 | 34,6 | 35,4 | 35,6 |
Temperatura máxima média (°C) | 29,1 | 29,3 | 28,6 | 27,3 | 25,8 | 23,6 | 23,3 | 23,9 | 25,7 | 27,5 | 28 | 28,6 | 26,7 |
Temperatura média compensada (°C) | 22,6 | 22,7 | 22,5 | 21,7 | 20,5 | 18,8 | 18,2 | 18,3 | 19,6 | 20,9 | 21,7 | 22,3 | 20,8 |
Temperatura mínima média (°C) | 18,4 | 18,5 | 18,6 | 18,4 | 17,2 | 15,8 | 15,1 | 14,8 | 15,7 | 17 | 17,8 | 18,2 | 17,1 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 10,8 | 12,4 | 12,4 | 13,5 | 10,4 | 9,8 | 10,5 | 10 | 9,4 | 12 | 12,4 | 12,4 | 9,4 |
Precipitação (mm) | 67,4 | 76 | 97,5 | 64,1 | 52,5 | 64,3 | 62,1 | 47,3 | 44,3 | 47,1 | 103,1 | 90,5 | 816,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 8 | 8 | 10 | 10 | 11 | 12 | 13 | 10 | 8 | 6 | 8 | 6 | 110 |
Insolação (h) | 197,3 | 180,5 | 169,5 | 159 | 158,1 | 128,7 | 148,6 | 160,4 | 172,3 | 182,6 | 158,1 | 178,7 | 1 993,8 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[9] recordes de temperatura: 01/01/1961 a 30/11/1964, 01/05/1966 a 31/03/1967, 10/03/1969 a 31/12/1970 e 01/01/1973 a 30/01/2016)[6][7] |
Política
[editar | editar código-fonte]Intendentes
[editar | editar código-fonte]- Guilherme Martins do Eirado e Silva - Ago 1921 a Dez 1923;
- Abílio Procópio Ferreira - Jan a Maio 1924;
- Serapião Guanais Mineiro - Mai a Set 1924;
- João Andrade - Out 1924 a Ago 1926;
- José Inácio Pinto - Set 1926 a Dez 1927;
- Dr. Alyrio de Almeida - Jan 1927 a Dez 1929; e
- Virgílio Pereira de Almeida - Jan 1930 a Out 1930;
Prefeitos
[editar | editar código-fonte]- Lauro Mota - Nov 1930 a Nov 1937;
- Virgílio Mota de Almeida - Dez 1937 a Jan 1939;
- Beatriz Araújo Coutinho (Interinamente) - Jan 1939 a Mar 1939;
- Everaldo Souza Santos - Mar 1939 a Jan 1951;
- Lourival Castro (Interinamente) - Dez 1945 a Abr 1946;
- Jaime Correia (Interinamente) - Mai 1947 a Jan 1948;
- Gilberto Rebouças (Interinamente) - Nov 1950 a Jan 1951;
- Menandro Minahim - 1951 a 1954;
- Lourival Rosa de Sena - 1955 a 1958;
- Leonídio Pinheiro Fernandes - 1959 a 1962;
- Joaquim Nery de Souza - 1963 a 1966;
- Lourival Rosa de Sena - 1967 a 1970;
- René Dubois - 1971 a 1972;
- Paulo Ovídio Nascimento Filho - 1973 a 1976;
- Ítalo Rabêlo do Amaral - 1977 a 1982;
- René Dubois - 1983 a 1988;
- Osvaldo Cruz Morais - Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992;
- Paulo Sérgio Oliveira Nunes - Janeiro de 1993 a Dezembro de 1996;
- Ítalo Rabêlo do Amaral - Janeiro de 1997 a Dezembro de 2000;
- Valdemiro Alves de Oliveira - Janeiro de 2001 a Dezembro de 2004;
- Osvaldo Cruz Morais - Janeiro de 2005 a Março 2006;
- Aldemir Moreira - Março 2006 a Dezembro 2008;
- Aldemir Moreira - Janeiro 2009 a Dezembro 2012;
- Giuliano Andrade Martinelli - Janeiro 2013 a Dezembro de 2016
- Giuliano Andrade Martinelli - Janeiro 2017 a Dezembro de 2020.
- Edione Agostinone - Janeiro 2021 a Dezembro de 2024.
Economia
[editar | editar código-fonte]Agricultura
[editar | editar código-fonte]Quinto produtor baiano de abacate, quinto em limão, quarto em maracujá, pimentão, oitavo em tomate e segundo lugar em produção de hortigranjeiros na Bahia.[carece de fontes]
Pecuária
[editar | editar código-fonte]Na pecuária, destacam-se os rebanhos bovino, equino, asinino e muar.
Comércio e Serviços
[editar | editar código-fonte]Possui 111 indústrias, 55º lugar na posição geral do estado da Bahia e 1 261 estabelecimentos comerciais, 39ª posição dentre os municípios baianos. Seu parque hoteleiro registra 85 leitos. Registro de consumo elétrico residencial (Kwh/hab): 135,08 - 82º no ranking dos municípios baianos. Mas apesar dos avanços, um grande número de consumidores do município ainda fazem compras na cidade vizinha, de Jequié.
Mineração
[editar | editar código-fonte]Recentemente começou o estudo para exploração mineral no município, com a instalação da Mineradora Anglo-Australiana Rio Tinto, que começará a explorar Bauxita nas terras de Jaguaquara.
Referências
- ↑ IBGE; IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação - IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 13 de setembro de 2024
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 11 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de setembro de 2024
- ↑ NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo. Global. 2005. p. 287.
- ↑ a b c Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018
- ↑ a b INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018
- ↑ INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Itiruçu (Jaguaquara)». Consultado em 16 de julho de 2018
- ↑ INMET. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Consultado em 16 de julho de 2018