Cafarnaum (Bahia)
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Vista parcial da cidade | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | cafarnauense | ||
Localização | |||
Localização de Cafarnaum na Bahia | |||
Mapa de Cafarnaum | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Morro do Chapéu e América Dourada (N) Mulungu do Morro (S) Bonito (L) Canarana (O) | ||
Distância até a capital | 430 km | ||
História | |||
Fundação | 7 de abril de 1963 (57 anos) | ||
Aniversário | 7 de abril | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Sueli Fernandes de Souza Novais (PR, 2017 – 2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 927,491 km² | ||
População total (IBGE/2010[2]) | 17 212 hab. | ||
Densidade | 18,6 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 700 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 44880-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [3]) | 0,584 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 70 718,683 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 3 903,01 | ||
Outras informações | |||
Padroeiro(a) | Nossa Senhora da Imaculada Conceição | ||
Sítio | www.cafarnaum.ba.gov.br (Prefeitura) www.cafarnaum.ba.leg.br (Câmara) |
Cafarnaum é um município brasileiro do estado da Bahia. Recenseada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população era de 17.212 habitantes.[2] Em 2015, ficou em terceiro lugar dentre os municípios baianos no Ranking da Transparência do Ministério Público Federal (MPF) Durante o mandato do prefeito Euilson Joaquim da Silva (2013 - 2016).[5]
História[editar | editar código-fonte]
O território do município era habitado pelos pataxós. No contexto da procura de ouro e pedras preciosas no século XVII, foi formado o arraial de Cafarnaum a partir da atração pelo solo fértil. O topônimo faz referência à cidade localizada na Galileia citada na Bíblia.[6]
Emancipação - A 7 de junho de 1961 entrou em tramitação na Assembléia Legislativa o projeto para sua emancipação. A 24 de julho de 1962, o Diário Oficial do Estado publicava o desmembramento do município de Morro do Chapéu. A 7 de abril de 1963, com as presenças de várias autoridades, foram realizadas as solenidades para a instalação da Câmara e para a posse do seu primeiro prefeito.
Administração[editar | editar código-fonte]
Estes foram os prefeitos que governaram a cidade de Cafarnaum:
- Djalma Oliveira Rios (7 de abril de 1963 a 7 de abril de 1967);
- Carlos Xavier de Oliveira (7 de abril de 1967 a 7 de abril de 1971);
- Gutemberg Lima de Oliveira (7 de abril de 1971 a 1° de fevereiro de 1973);
- Carlos Xavier de Oliveira - 2° mandato (1° de fevereiro de 1973 a 1° de fevereiro de 1977);
- Gutemberg Lima de Oliveira - 2° mandato (1° de fevereiro de 1977 a 1° de fevereiro de 1983);
- Eronides Souza Santos (1° de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988);
- Alexandre Faria da Silva (1° de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992);
- Edimário Neres de Souza (1° de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996);
- Evilásio dos Santos Brasil (1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000);
- Evilásio dos Santos Brasil - 2° mandato (1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004);
- Ivanilton Oliveira Novaes (1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008);
- Ivanilton Oliveira Novaes - 2° mandato (1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012);
- Euilson Joaquim da Silva (1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016).
Geografia[editar | editar código-fonte]
Situado a 430 quilômetros da capital baiana, o município de Cafarnaum localiza-se a uma latitude 11º 41' 37" sul e a uma longitude 41º 28' 06" oeste,[7] estando a uma altitude de 770 metros. Situada no nordeste do estado da Bahia, faz parte da Microrregião de Irecê e da Mesorregião do Centro-Norte Baiano. Limita-se com os seguintes municípios: ao Norte, Morro do Chapéu e América Dourada; ao Sul, Mulungu do Morro; a Leste, Bonito; e ao Oeste Canarana.
Arte e cultura[editar | editar código-fonte]
A cidade tem distinta vocação para Arte e cultura com destaque especial para literatura, festas tradicionais, música, danças regionais e artes visuais. Péricles Coelho, político e pesquisador local, foi o pioneiro na pesquisa e registro da história da cidade e da sua gente. Seus escritos são uma fonte segura de informações sobre os primeiros moradores e sobre as primeiras feições habitacionais de Cafarnaum. Focados na descrição primorosa da geografia e dos usos e costumes daquela incipiente comunidade agrícola e pecuarista, seus textos exaltam engenho de um povo simples e inserido nas adversidades climatéricas do sertão a forjar a grande roda da história. Situada no semiárido baiano de partem os rubros ventos serranos percorrendo o mundo e tingindo os cinzas da caatinga, dela pouco se soube e para lá jamais se lançaram os eólicos mensageiros do litoral. Nessa remota exclusividade germinou o gosto literário e artístico de uma geração de artístas e escritores empenhados não apenas em florear obras diversas mas também lançar sombra no cenário nacinal. A poesia do professor Ari Nascimento, os cordéis de José Martis e Moacyr Bernardes, a grande pesquisa histórica de Leandro Barreto, os estudos da música caipira e popular do professor José Ferreira Callado e os ensaios psicoemocionais de Elaine Montino são obras perfiladas no desenvolvimento econômico e cultural da cidade e lançam luz no pensamento das futuras gerações.
As artes visuais sempre lograram de amplo espaço e estão entre as primeiras expressões artísticas produzidas nessas terras como testemunha o rico acervo de pinturas rupestres, objetos ritualísticos e domésticos encontrados em seus sítios arqueológicos. As produções artísticas das mais recentes povoações abrangiam a confecção de adereços, máscaras, pinturas e instrumentos musicais que eram usadas em festejos tradiçionais e religiosos. Essas peças eram na sua grande maioria feitas por artistas e\ou artesãos autodidatas sem a tradicional formação acadêmica mas que, nem por isso, deixam de esbanjar devoção e significados típicos da arte "naif" como se vê ainda hoje nas produções atuais dos distristos rurais do município. Zeinho, um grande artesão que também era arte-educador, é autor de muitas peças elaboradas com a utilização de fibras de sisal e sementes da caatinga. Suas obras embelezavam lares e ambientes daquela época tomando parte no mobiliário e decoração. Pepeto, um outro artesão e contemporãneo do supracitado, trabalhava a madeira produzindo, carros de bois, jumentos, cangaceiros, lavadoras de roupas e parte da feroz fauna sertaneja, encantava as feiras livres ilustrando os costumes e labores daquela gente. São desse período também as primeiras obras onde se reconhece a consciência do fazer artístico. Manoel Rafflick, artista polivante e ainda em atividade, fez grande produção pictórica, musical, literária e escultórica inaugurando a imagem do artista questionador e engajado com as questões antropológicas e sociais tal qual a conhecemos hoje. Maria Parecida, Nêgo de Calubi além de alguns grupos estudantis escreveram novelas, contos, jograis e peças que eram frequentemente apresentadas no clube recreativo revelando a identidade cultural da juventude cafarnaumense. Atualmente a cidade tem sido agraciada com uma nova geração de artistas que além de buscaram séria formação profissional e acadêmica, estão estimulando a apreciação, o gosto e o consumo no novìssimo mercado de compra e venda de arte que aos poucos se estabelece na cidade.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ a b «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ Ministério Público Federal. «RANKING DA TRANSPARÊNCIA» (PDF). Consultado em 28 de Abril de 2016
- ↑ «IBGE» (PDF). Cafarnaum Bahia Histórico. IBGE. Consultado em 27 de abril de 2016
- ↑ http://www.geografos.com.br/cidades-bahia/cafarnaum.php